quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Jethro Tull - Thick As A Brick (1972)

Bom, havia dito que ia postar um disco aqui da próxima vez e vou cumprir com o que falei.
O disco de hoje é de uma banda que nunca foi tão famosa assim e não está presente na mídia, pelo menos não hoje em dia, mas acho que todos já ouviram falar pelo menos alguma vez, o Jethro Tull.
O inglês Ian Anderson formou a banda em 1967, e de lá pra cá, já houveram diversas mudanças na formação e na sonoridade da banda, mas nunca afetando na sua qualidade ou essência, se é que da pra entender o que eu falo.
O Jethro Tull é uma banda que eu nunca consigo e nem nunca conseguirei classificar em algum gênero, alguns dizem que é progressivo, nem ferrando. Outros dizem que é folk, também não é. Há quem diga que eles tem um pouco de blues em sua mistura. Sim, de fato há isso, mas na verdade o Tull se classifica nesse gênero: mistura. Não há um albúm que não possa perceber-se uma variedade ou influência enorme de estilos, sons e instrumentos diferentes, o que e enriquece e dá uma originilidade incrível para a banda.
O albúm postado aqui agora é um dos grandes sucessos da banda, e não é o Aqualung, haha.

"Thick as a brick" é o disco sucessor do arrebatador "Aqualung", que jogou a banda para o reconhecimento artístico no final da década de 60 e começo da 70.
Como uma espécie de resposta para os críticos que disseram com fervor e certeza que o albúm antecessor da banda era um albúm conceitual, quando na verdade não era, Anderon e seus companheiros de banda decidiram fazer um albúm que girasse inteiramente em torno de um conceito.
Conceito esse que é baseado no poema de um garoto fictício que teme as mudanças que podem ocorrer em sua vida conforme vai envelhecendo, chamado Gerald Bostock, criado pelo multi-instrumentista, vocalista e dono da banda, Ian Anderson. O fato do flautista ter creditado todas as letras do albúm como sendo dele e de Gerald Bostock, só alimentou as crenças de que o garoto, de fato, existia. O que, diga-se de passagem, ainda há quem acredite que ele existe mesmo.

O fato de eu estar falando mais da letra do disco do que de sua música é meio incomum, geralmente eu falo mais sobre a música e quase nada de sua letra. Mas como esse é um albúm conceitual, sua letra é de extrema importância para poder se aproveitar ao máximo a experiência de ouvir tamanha fusão musical criada pelo grupo.
Mas já que é pra falar da música no geral, vou tentar dar uma rápido e completa explicação, tarefa muito difícil, já que o disco possui apenas uma música! Sim, apenas uma música com 40 minutos de duração e que é dividida em duas partes. Hoje em dia um disco desses não seria nem ouvido pela gravadora, mas na época chegou a ficar várias semanas no topo das paradas estadunidenses e ao redor do mundo.
Pra falar a verdade eu sou um cara meio chato quando o assunto é músicas demasiadas longas, você começa a ouvir e, mesmo se ela for boa, chega uma hora em que você já parou de prestar atenção há um tempo e acaba perdendo as melhores partes. Claro que há as genialidades a parte (Echoes > Pink Floyd; Mountain Jam > The Allman Brothers Band, etc) mas às vezes temos que concordar que muitas músicas épicas tem uma duração muito desnecessária.
Voltando ao disco, não consigo explicar o que Thick As A Brick tem, mas ele te prende de uma forma realmente interessante e você acaba ouvindo o disco inteiro e nem vê o tempo passar, as bases simpáticas e grudentas feitas no violão no começo, o peso do rock no meio, oscilações entre calmo e "nervoso", tudo isso contribui de um jeito magnífico no resultado final desse albúm único e maravilhoso, de uma banda que, com o tempo, acabou ocultando-se, mas que ainda hoje tem uma vasta legião de fãs fiés ao redor de todo o mundo, inclusive aqui, Brasil.

Se você detesta músicas longas, albúns conceituais e todo esse tipo de coisa, nem pense em baixar esse albúm. E também não o baixe achando que é algo progressivo à lá anos 70, é simplesmente um orgasmo musical com tudo o que se tem direito a ouvir e mais um pouco. Nada mais.

Download do disco

Abraços Obesos

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

[Vídeo] John Lennon - Happy Xmas (War is Over)

Prometo que vou postar um disco da próxima vez, sei que estou postando muitos vídeos ultimamente..mas esse aqui não tinha como não postar, principalmente hoje.


Essa música é muito conhecida e acho que todo mundo fã de Beatles já ouviu ela, né?
Não sei o motivo, mas todo o Natal eu passo o dia inteiro ouvindo-a e vendo esse vídeo que sempre achei bem forte e, ao mesmo tempo, maraviloso, uma combinação perfeita de uma bela música e com imagens fortíssimas da guerra, morte, destruição e miséria. Simplesmente genial a idéia de um clipe assim, mesmo que seja deprimente, coisa que muita gente gosta de ficar nessa época, depressivo, não entendo o motivo, sempre fico feliz no Natal. Mas voltando ao que estava falando..
No vídeo há imagens de muçulmanos, vietnamitas, estadunidenses, africanos e várias outras etnias do mundo, sempre mostrando cenas chocantes e tristes, crianças mortas, pais aos prantos com seus filhos mutilados no colo, pessoas sendo carregadas, conhecidos se abraçando após uma explosão..e tudo isso com a música esperançosa e linda de Lennon ao fundo, incrivelmente brilhante quem fez isso.

É, guerras e desgraças acontecerão no mundo pra sempre até o final de tudo e não adianta tentar mudar, mas quem sabe um dia, daqui centenas e centenas de anos as coisas não mudem =]


Feliz Natal.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Beck - Sea Change (2002)

Então, aqui é o Gabriel. Não sei me apresentar. Então as minhas postagens vão fazer o favor. Quem sabe com o tempo vocês não conhecem um pouco mais sobre quem eu sou. Porque a minha vida é a música. E para cada momento pelo qual passamos sempre haverá uma música presente, sempre haverá uma trilha sonora. Coisa parecida. Mas chega dessa bosta e vamos ao que interessa.

Talvez o melhor álbum da década passada. Mas com certeza o melhor álbum da carreira de Beck Hansen, ou só Beck. Você quem sabe. O álbum consegue retratar da maneira mais profunda o estado máximo de melancolia e solidão que uma pessoa consegue atingir (foi produzido pelo produtor do Radiohead, Nigel Godrich). O título e as músicas foram inspirados no fim do relacionamento de Beck com sua namorada de longa data. Os arranjos, melodias, letras também foram de muitas formas influenciadas por artistas como Serge Gainsbourg, Nick Drake e até pelo Blood On The Tracks do mestre Zimmerman.

Eleito como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos pela revista Rolling Stone, e recebendo 5 estrelas pelo allmusic, NME e pela própria Stone. É um bom álbum para se escutar nessa época de fim de ano, quando todas as pessoas tornam-se mais introspectivas e passam a pensar de alguma forma no futuro. Não é o tipo de música para se escutar em festas, coisas do tipo. Deve ser escutado em um lugar calmo, fechado, sozinho de preferência. Ou com alguma pessoa que tenha algum significado especial para você. De qualquer forma, aproveitem. Pois as melhores coisas nem sempre são ditas. Normalmente são expressadas pela melodia, pelas letras ou até em silêncio.

The Golden Age, é a faixa de abertura. “put your hands on the wheel, let the golden age begin...” chega a ser curioso e estranho ao mesmo tempo, já que nós nunca sabemos quando nossa “golden age” começa e sim quando ela termina. Abrace essa música. Sinta toda a melancolia que Beck tenta nos passar: “...the sun doesn’t shine, even when it’s day”. Com arranjos folk e vocais em harmonia, é uma boa música para se ouvir enquanto viaja.

Paper Tiger, a melodia não diz tanto nessa música, vale mais pela letra e pelos arranjos e a orquestra que acompanha. Beck mostra seu lado Nick Drake, com vocais baixos e harmonizados.

Guess I’m Doing Fine, é até difícil de falar sobre essa. Principalmente quando uma música diz alguma coisa para você. Acho que é a faixa que melhor define o estado de perda de Beck, de uma forma irônica e ao mesmo tempo triste: “it’s only you that i’m losing, guess i’m doing fine.” Seguindo os moldes do disco, com arranjos folk, segue com um piano acompanhando o violão e uma guitarra bem apagada chorando ao fundo. De longe a melhor do disco todo. A mais triste. E percebemos que apesar do sentimento de raiva pela perda, a revolta e a ironia; ainda há um sujeito triste, decepcionado e infeliz: see the things that i’ve been missing, missing all this time...

Lonesome Tears, o nome já diz por tudo. Beck se questiona e procura as respostas pelo fim do relacionamento. Segue os moldes de Paper Tiger com vocais harmonizados seguidos por uma orquestra.

Lost Cause, a mais conhecida. Sei lá. Não tem muito o quê falar sobre ela. É o tipo de coisa que você precisa escutar para saber. Você precisa ter passado por algo parecido pra poder entender. Senão vai achar que tudo isso é um monte de merda. Nela percebemos o cansaço, a fadiga de continuar a insistir em algo que se tornou uma causa perdida. i’m tired of fighting, fighting on a lost cause” pode ser o pensamento suicida ou a desistência de insistir em um amor perdido.

End Of the Day, nos conta sobre os dias que passam rápido ou os que demoram a eternidade para poder terminar. Que no caso do nosso Beck diante do seu sentimento, diante da sua perda, é algo torturante. E no final das contas, o final vai ser sempre o mesmo para o broken-hearted. Tem uma melodia calma, acompanhada por uma slide guitar e maracás. É boa para se ouvir antes de dormir. No verdadeiro End of The Day.

It’s All In Yout Mind, já havia sido lançada antes no One Foot In The Grave (a versão com bonus tracks). Segue uma linha folk melancólica. Não há muito para se falar sobre essa faixa.

Round The Bend, acho que é a mais Nick Drake. Nos lembrando Way To Blue. É um tanto quanto perturbadora, pelos seus vocais baixos e pela orquestra que segue massacrando o violão.

Already Dead, confirma o verdadeiro desapego pelo amor perdido. Ele prefere que morra logo esse sentimento, do que o ver sendo desfeito aos poucos. É uma ode à auto-destruição, ao desapego amoroso.

Sunday Sun, acho que é a mais alegre. Tem coisa mais confortante que o sentimento pelo domingo de manhã? Tudo bem que ele vai sendo perdido ao longo do dia. Mas é um sentimento de calma. Tal como essa música tenta nos passar. Como se o pior tivesse passado. Como se ele soubesse que haveria melhoras e um futuro menos obscuro que o presente. Os vocais seguem harmonizados com todos os outros instrumentos.

Little One, parece que ao final do disco as letras tornam-se menos obscuras e pessimistas. Como se a vitalidade retornasse aos poucos para o corpo morto e despedaçado de Beck. Não há o que explicar, a letra é vaga. Para mim não significa nada, mas para Hansen pode dizer tudo e mais um pouco.

Side Of The Road, com o violão em destaque nos lembra Nick Drake. Ele pede ajuda para poder fugir. Fugir do dia a dia massacrante e assassino. Mas também nos cria uma idéia de que todos os seus problemas estão passando pelo lado da estrada principal. Estão indo embora. Aos poucos de forma gradual.

Ship In a Bottle, bonus track. Mas não por isso a menos importante. Segue com vocais harmonizados e sintetizadores moog entre os outros instrumentos padrões. Uma das faixas mais bonitas. E deixada para ser uma bonus track japonesa. Haha.

Acho que esse trecho da Ship In A Bottle define o disco inteiro: "but I know you’re gonna try to live without a love, by and by... but that’s not living, that’s just time going by." Quanto mais tentamos viver sem amor, mesmo que seja amor-próprio, mais perdemos tempo. Não é o tipo de coisa para tentar compreender, se você fica tentando entender e decifrar o que é amar, parabéns, você é um retardado. Nunca vamos conseguir pegar os verdadeiros significados das letras, quanto mais tentarmos explicar aqui, mais confuso vai se tornar. De qualquer forma, aproveitem.


Abraços (não tão) obesos.


Download do disco

domingo, 19 de dezembro de 2010

[Vídeo] U2 - News Year's Day


Uma música bem com a cara do U2, assim que resumo essa faixa do disco War, de 1983, que é uma das minhas preferidas da banda.
Esse show que peguei  o vídeo é do DVD da banda gravado na Irlanda (terra natal dos músicos) e com um nome bem apropriado, Go Home, se você assistir ao show inteiro conseguirá perceber uma energia bem diferente do que dos shows como em Chicago e no Rose Bowl, no Slane Castle(onde o show foi gravado) a banda parece que está mais a vontade, realmente se sentindo em casa.

Mas falando da música..
Uma coisa que sempre admirei em canções de qualquer tipo, é quando um dos músicos começa fazendo um riff ou frase no seu  instrumento e a continua por toda a canção, com poucas variações. Claro que disso o mundo da música está cheio, mas me refiro a aquelas em que o som fica na sua cabeça o dia inteiro..e é exatamente isso que o baixista Adam Clayton faz em "News Year's Day", uma linha simples que se repete e se nivela sobre as outras, ainda mais na versão ao vivo, que fica com uma distorção beem de leve pra dar mais ganho no som. Depois do baixo temos o piano tocado simplória e maravilhosamente pelo The Edge, que também deixa sua marca no microfone, com backing vocals sempre de qualidade e, em algumas músicas, até cantando mais do que o Bono, com a bateria simples e bem marcada de Larry..e quando chega a voz de Bono com sua mais do que incrível presença de palco, aí sim a música se completa de forma maestral.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Morphine - Yes (1995)


Boa noite pra todos os leitores! (: Primeiro acho que devo me apresentar, afinal, eu não sou o Hernan ou o Bruno. Pra quem não me conhece, Viviane, mas faça o favor de só chamar de Viviz. Maaais uma gordinha pro Som de Peso.
E agora sim, vamos ao que interessa: as honras musicais.
Escolhi como álbum pra minha primeira postagem o Yes, o terceiro de estúdio da banda americana Morphine. Um álbum tão bipolar, excêntrico e alternativo quanto eu mesma. haha
Falando um pouco mais sobre a banda: O Morphine foi uma banda formada no finalzinho dos anos 80 pelo gênio musical Mark Sandman que representava uma raridade: um dos poucos baixistas que são vocalistas também. Além dele integravam a banda o saxofonista Dana Colley e o baterista Billy Conway.
O disco sobre o qual vou falar, conta com 12 faixas intensas e extremamente fáceis de gostar. A primeira "Honey White" é a mais animada e contagiante do disco, tendo na sua introdução um solo de sax daqueles que fazem até morto sentir vontade de dançar. É a partir da segunda faixa, "Scratch" que dá pra começar a sentir porquê eu chamo o disco de bipolar. Se Honey White era só felicidade, Scratch apresenta versos que traduzidos para o português diriam algo como "Eu perdi tudo o que eu tinha / Estou começando do zero". Em seguida, é apresentado ao ouvinte a sequência "Radar / Whisper" que é a dose blues do álbum. Ambas as faixas são carregadas desse estilo tanto musicalmente quanto nas letras. E então finalmente chegamos na faixa que dá nome ao álbum. "Yes" é uma mistura de tudo o que você ouviu até agora: tão contagiante quanto Honey White, tão impregnante quanto a letra de Scratch e tão blues quanto Radar ou Whisper. Aprecio demais a escolha dela para denominar o disco, afinal, pra mim, Yes diz muito sobre toda a essência do Morphine enquanto banda. E é então que depois de um bom blues, vem o pop. É só se atentar a maneira como Sandman canta a próxima canção "All Your Way" de letra menos dramática, e melodia mais simples que as demais. O lado sexy (posso chamar de sexy? haha) vem com "Super Sex" em que todos os elementos da música, com o perdão da expressão, dão vontade de transar. (é sério ...) Desde o sax tocado de maneira extremamente sensual até a voz de Mark, super sussurrada. Um deleite (transem com essa faixa, vão por mim). E aí então, quando você não espera mais nenhuma surpresa ... você realmente não tem! "I Had My Chance" parece ser uma daquelas faixas que as bandas colocam nos álbuns apenas pra preenchê-los. Mas então, no melhor estilo poético, vem "The Jury" uma melodia simples, mas perfeita com uma letra inteira declamada. Sandman não dá nenhuma entonação mais cantada a The Jury, apenas pega as palavras e fala, como em um diálogo. Depois disso, você está quase morrendo. Tantas letras profundas, tanto espírito blues/jazz que você já nem mais vê o céu tão azul (dramatizei lindamente, falaê), aí o disco te apresenta "Sharks", uma música que te levanta novamente do mais profundo blues pro espírito em que o negócio começou: o jeito feliz-enjoy the life da primeira faixa. E então faltando apenas duas músicas para o fim é que vocês vão poder perceber e sentir comigo a bipolaridade genial desse disco. A penúltima "Free Love" é uma daquelas melodias agonizantes, que você não sabe o por que, mas sente o porquê de estar sendo puxado aos seus pensamentos mais loucos. O álbum poderia acabar assim ... mas não acaba. Ele guarda para o final, para a última canção, a melhor letra, melodia, interpretação: "Gone for Good" é tão linda, é tão um agrado aos seus ouvidos, é tão pulsante, que eu prefiro nem comentá-la. Vê se pega o link aí e baixa, vai.

Beijos (quase) Obesos.

Download do disco

domingo, 12 de dezembro de 2010

[Vídeo]Red Hot Chili Peppers - Californication


Vou comentar hoje sobre minha banda favorita, o Red Hot Chili Peppers.A banda se formou em 1983, ganhando sucesso e reconhecimento merecido somente em 1988 com o lançamento do disco "Mother's Milk".A canção do vídeo é do álbum "Californication", de 1999, mas a apresentação é do DVD "Live At Slane Castle".

Acho a introdução dessa música uma das melhores já feitas em um show ao vivo.O entrosamento entre John Frusciante, Flea, Chad Smith e Anthony Kiedis é ímpar.
Uma linha de guitarra simples e acompanhada por um contrabaixo frenético, característico de Flea.

Abraços Obesos!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Pata De Elefante - Um Olho No Fósforo, Outro Na Fagulha (2007)

O Pata de Elefante é uma banda brasileira de rock instrumental formada em Porto Alegre.
A banda vem crescendo bastante no cenário independente desde o lançamento de seu primeiro disco, em 2004, e está sempre presente nos principais festivais de música independente do país. O trio já ganhou, em 2009, o VMB de melhor banda instrumental.

"Carpeto Volatore" é a música que da início a esse disco instrumental brasileiro, um slide distorcido puxa a música junto com uma bateria contínua e baixo. Acredito que nos primeiros minutos de música você percebe que a banda já tem uma gama bem grande de estilos que tocam, é possível ver influências do blues, do alternativo, do rock clássico e progressivo. Os licks no slide são muito bem feitos e precisos, e a música tem um peso muito interessante. Uma música surpreendetemente ótima.
A faixa "Solitário" começa com um ar bem anos 80, sabem? Aquela bateria batendo, com um violãozinho no fundo e a guitarra fazendo um solo meloso hahaha. E a música continua dessa forma, apesar de curta, a guitarra tem um som bem marcante e a melodia é bem bonita.
Acho que, por ser uma banda instrumental, muitas músicas tem suas levadas semelhantes. Em "Hey", a base mais rock n' roll entra e acho que todo os instrumentos conseguem equilibrar bem o peso. Não há um instrumento se sobressaindo, apesar da guitarra estar sempre solando. Uma atmosfera meio espanhola está presente nela também, bom, pelo menos me lembrou haha.
A faixa-título tem um estilo diferente de suas antecessoras, com o som de alguns metais acompanhando os outros instrumentos, dando uma bela destacada na música e uma sonoridade muito mais agradável e calma e também.
A curta "Pesadelo Hippie 3" da uma certa tristeza em ser tão curta (47 seg)porque eu realmente gostaria de ouvir ela em uma versão bem longa =/
"Estranha" tem uma introdução meio caipira e a soma disso com o slide resulta numa música bem interessante e com um ritmo mais lento e meio "irônico".
 A música "Marta" tem um riff muito pegajoso que se repete durante toda a música, e novamente tem um ritmo mais lento, só que com um ar mais misterioso na canção, com alguns momentos em que fica bem mais pesada, com viradas nervosas na bateria e finalmente retornando ao lento riff.
Uma atmosfera mais alternativa prevalece na "Presente para Mary O", apesar de ter as bases mais puxadas para o alternativo, os solos  na guitarra podem lembrar bastante o Surf Music dos anos 60.
"Dorothy" tem um orgão no fundo mais destacado, que faz base para uma guitarra bem melodiosa. Essa é uma daquelas que relaxam você por completo quando você está ouvindo. Uma ótima música também.
"Gigante" sim é um ótimo Surf Music, os acordes cheios de Reverb já dão a entender o estilo da música, mas para diferenciar das tradicionais, essa tem uma bateria bem pesada, diferente do surf music habitual, com uma bateria mais de leve e o baixo acompanhando ou fazendo um riff que segue por toda a música. Nessa o baixo da uma mudada incrível na música, não vou saber explicar como. E o solo de guitarra também é de se admirar, apesar de curto.
"Pesadelo Hippie 4" é uma continuação do 3 (obviamente) e eu acredito que tenha o 1 e 2, mas não ouvi o primeiro disco da banda ainda, então não vou falar nada hahaha.
"Da tua irmão eu também gosto" tem novamente o slide puxando a música, e bateria e baixo dando um ritmo muito country, só quebem mais acelerado e com mais viradas, os licks no slide me lembram bastante os de Billy Gibbons, do ZZ Top. Acho que as melhores músicas desse albúm são as com slide.
"Bolero das Arábias" apesar do nome, tem um som bem agressivo, mesmo sendo uma música lenta e com influências do bolero..faltou bem pouco pra essa faixa não virar outro surf music, faltou mais reverb haha, ótima música também, solos de guitarra muito bem colocados e com oscilações mais "psicodélicas" ou progressivas.
O clima havaiano de "Breve visita de Wilson a Nova Orleans" tem um nível de tranquilidade é soberbo hahaha, nessa música só temos a presença de violões e um slide solando.
"Bang Bang" tem o mesmo estilo de sua antecessora, um clima mais relaxante, só que dessa vez com bateria fazendo o ritmo mais lento. Só que é mais longa que a sua anterior.
Um riff pesadíssimo à lá Dick Dale & His Del Tones dá início à "Satuanograso", outra surf music só que mais pesada que as outras, bastante reverb como sempre, para dar o  som único do estilo, provavelmente fizera essa música inspirados no Rei Da Surf Music, Dick Dale. Uma pena ela ser tão curta =/
A música mais longa do disco, com 6:32min de duração, "Don Genaro" é completamente diferente das outras, com influências até da música indiana, podemos ouvir a cítara claramente enriquecendo gradativamente o som da canção. Simplesmente incrível a mistura dos solos de guitarra com a cítara e outros sons indianos mesclando com partes mais psicodélicas, dando um ar bem anos 60, só que contemporâneo. A música indiana é, sem dúvida, uma das mais ricas do mundo. Ah sim, essa música me é familiar também com algumas do The Brian Jonestown Massacre, que tem o mesmo estilo psicodélico dessa faixa.
"Até mais ver" tem um riff bem simpático, e o título da música é bem apropriado, você com certeza vai querer ouvir e "ver" mais sobre essa banda nacional incrível, que com certeza vale a pena ser prestigiada pelos fãs de música de verdade. Uma banda que não mantém nenhum rótulo e toca o que quer do jeito que quer e com uma qualidade de dar inveja em muitos músicos famosos por ae. Recomendo mesmo que procurem ouvir mais essa banda e outros do mesmo gênero!


Download do disco

Abraços obesos!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Point Blank - Second Season (1977)


O Point Blank é uma banda texana formada em 1974, super desconhecida, mas com um country rock de primeira linha.Infelizmente, a banda acabou em 1982.

Este álbum é de 1977 e lembra muito outras bandas mestras do contry rock como Lynyrd Skynyrd e Crosby, Stills, Nash e Young.

O disco começa com "Party Time Lover" com uma bela introdução no violão combinada com a distorção da guitarra de uma forma muito boa.
Temos depois " Back In The Alley" que parece mais um bluesão caipira, à lá CSNY.

A próxima canção "Rock And Roll Hideaway" poderia ser encaixada facilmente num álbum do Cream, famosa banda de Eric Clapton, se não fosse pelos vocais extremamente rasgados de John O'Daniel's que, não sei por que, me faz lembrar do falecido Bon Scott.

Aí vem minha música favorita "Stars And Scars", num clima mais fim de tarde texano, onde se fica deitado na rede vendo o sol se pôr.Esta é uma canção muito bem trabalhada, com backing vocals bem encaixados e letra muito bonita.Tem ainda a canção "Tattoed Lady" com certeza a mais pesada do álbum,dando uma vontade de pular de bungee jump com a cara e coragem xD.

Enfim, este álbum é uma das pérolas ocultas do country rock e vale a pena ser escutado!

Download do Disco

Abraços Obesos!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Andwella's Dream - Love And Poetry (1969)


O Andwella's Dream foi uma banda surgida na Irlanda, mais ou menos na metade dos anos 60.
O nome surreal veio de um sonho do líder da banda, David Lewis.

Este álbum retrata muito bem o final dos anos 60, o clima da psicodelia no ar, com canções pop e cheias de ácido combinadas com belas melodias.

Apesar de ser muito pouco conhecido, é um dos melhores discos psicodélicos da época.Ele é repleto de criatividade e habilidade dos integrantes.

A primeira faixa " The Days Grew Longer For Love " já mostra bem esse lance, começando como uma típica canção do rock sessentista, mas com a entrada de duas guitarras se intercalando de forma extremamente arrepiante.

Depois vem a faixa " Sunday " , a mais rock and roll de todo o disco.A seguir temos " Lost A Number Found A King " é pura psicodelia,um loucura total.

O resto deste maravilhoso disco é meio difícil de descrever, pois são muito boas, com um instrumental excepcional.

Pode ter certeza, você irá baixá-lo meio receoso por causa da capa e da minha falta de comentários, mas dou minha palavra que vocês ficarão de boca aberta com o nível da banda.

Download do disco


Abraços Obesos!

Desculpas

Venho pedir desculpas por ficar afastado um mês do blog,por motivos de estudo ( fim do 3º ano e o principal,vestibular).

No final deu tudo certo,passei no que eu queria.Vou voltar a fazer as postagens normalmente.

Só tenho a agradecer ao blogger/brother Hernan, por ter segurado essa barra pra mim.

Abraços Obesos!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

[Vídeo] Zakk Wylde - Machine Gun Man



Parei pra pensar há dois minutos e me toquei que não havia coloca ele aqui ainda, não sei como, já que eu já até decorei o que acontece em cada segundo desse vídeo e dessa música hahaha.
Esse vídeo com certeza é um dos que eu mais gosto, dentre os vários que eu costumo assistir regularmente sobre música.
Trata-se da versão acústica da música "Machine Gun Man", música que aparece no único disco do projeto que Zakk Wylde fez há alguns anos atrás, o Pride & Glory. Um disco que cobria vários estilos diferentes, ao contrário do metal que estamos acostumados a ouvir com Zakk no Black Label Society ou no seu ex-parceiro, Ozzy Osbourne. Nesse disco o músico abrange desde o rock pesado até o leve country e o blues.
Como eu disse, essa é a versão acústica que Wylde tocou em um programa da MTV da música Machine Gun Man, eu acho que a versão acústica simplesmente arregaça qualquer outra coisa que Zakk Wylde fez na sua ótima e extensa carreira. Ok, sei que muita gente vai discordar disso e dirão que bom é o Black Label e blablabla, mas é o que eu acho, né. Mas todos concordarão que esse vídeo é incrível.
 
Acho que muita gente ainda não viu o músico fazendo esse tipo de coisa com suas músicas, transforma-las em acústicas, deixando-as com um leve ar de blues-rock fascinante que, ao somado com sua poderosa e marcante voz, dão um toque mais do que único na música. As bases complexas do violão intercaladas com licks rápidos e precisos junto com o guitarrista e vocalista que por incrível que pareça consegue cantar tranquilamente, com todo o seu feeling e técnica mesclados numa só música..tudo isso feito por um só cara. Isso é o mais impressionante desse vídeo.

Espero que um dia desses o sr. Zakk Wylde volte a fazer discos como o Pride & Glory!
Abraços obesos

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

[Vídeo] Green Day - Longview


Acho que todo mundo já ouviu falar de Green Day e até quem está por fora já deve ter ouvido umas músicas deles, né?
O problema é que muita gente anda ouvindo só o que o Green Day faz hoje em dia e não o que eles fizeram lá pros anos 90, que foi, na minha opinião, a melhor fase da banda.
No vídeo que estou disponbilizando aqui, dá pra ver que os caras eram bem novos ainda..ta certo que eles não são senhores hoje em dia, mas nesse vídeo da pra ver que não estavam nem perto dos 30 anos de idade e pulavam muito mais do que pulam agora, levando em conta que eles ainda agitam MUITO em seus shows ate hoje. Mas acho que back to the 90's a gente podia perceber aquela energia somada com a rebeldia das letras, da música e dos caras.

Não sei ao certo de que ano que é esse vídeo, acredito que seja entre 1993/1995, alguma coisa por ae, me corrijam se eu estiver errado, por favor =D.
Acho que o principal motivo por ter escolhido essa música foi a linha de baixo inconfundível e completamente, absurdamente, abundantemente maravilhosa..apesar de um tanto quanto simples. Mike Dirnt realmente se superou nessa música, com uma linha que se repete por quase toda a música e que tem um poder na sua cabeça que te faz pegar seu baixo ou seu violão ou qualquer outra coisa que emita sons e tentar tirar e tocar junto.
E o fato da canção começar só com uma introdução de bateria que antecede esse baixo poderoso de Mike, dá mais destaque ainda ao trabalho desse baixista simples e incrível.
Dá pra perceber claramente o som do Fender Precision diferenciando de vários outros modelos de baixos, os agudos do P-Bass realmente encaixam com maestria no punk.
A voz de Billie Joe entra "limpa", sem sua guitarra blue extremamente distorcida, o que da continuidade ao baixo de Dirnt e à bateria de Tré Cool.
Acho que o mais bacana dessa música são as "oscilações" de velocidade, agressividade e tempo..coisa que muda bastante a atmosfera dando um toque bem original.

Ah sim, uma curiosidade pra lá de interessante: Mike Dirnt escreveu essa linha de baixo que eu vangloriei e "endeusei", sob o efeito de LSD. Billie Joe conta a experiência que foi bem engraçada em um programa de entrevistas estadunidense no qual não me vem o nome à cabeça no momento, mas um dia eu coloco-o aqui..se eu achar em uma qualidade bacana. =]

Abraços obesos!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

The Brian Jonestown Massacre - Thank God For Mental Illness (1995)

Antes de mais nada (Ou de acabar esquecendo), quem escreveu esse post não fui eu (Hernan) nem o Bruno e sim nosso amigo Gabriel, o maior fã de BJM (um dos únicos) e já que ele estava me pedindo pra escrever algo sobre a banda desde que criamos o blog, decidi dar as honras à ele e deixa-lo escrever o post para postar nesse maravilhoso blog. Mas antes vou dar uma introdução básica sobre a banda e etc.
O Brian Jonestwon Massacre é uma banda criada em meados dos anos 90 em San Francisco na Califórnia, e é até que bastante conhecida lá fora, principalmente nos EUA, enquanto que aqui no Brasil é raro você achar alguém ouvindo-a (mas, claro, sempre acha)
A banda ganhou bastante fama por causa de seus concertos barulhentos e das muitas brigas entre os integrantes durante as apresentações (sempre por culpa do vocalista e multi-instrumentista, Anton Newcombe)
A banda tem váários integrantes para as mais variadas funções, da guitarra até a meia-lua, dando um som bem único e extremamente rico para o grupo.

Agora fiquem com a parte do Gabriel. Abraços obesos =]

O disco começa com a hispânica “Spanish Bee”.  Com grande influência do flamenco, o que mostra a grande mescla de ritmos e sons que formam o subestimado BJM. Como de costume Anton Newcombe, vocalista e multi-instrumentista (ele consegue tocar aproximadamente 80 instrumentos haha) gravou essa música sozinho, os violões, percussão e vocais.
“It Girl” é a segunda faixa e cria uma atmosfera mais folk, lembrando ao começo de carreira dos Stones. Também nela percebemos o uso da famosa Vox teardrop, guitarra favorita de Anton Newcombe, que era usada  por Brian Jones entre os anos iniciais dos pedras rolantes.
“13” é uma mistura de blues e country. A letra aborda um tema um tanto quanto machista e pedófilo (haha), percebemos isso só por esse trecho: “you’re the girl I’d marry, if you’d only take my hand. well i know you’re only 13 honey, but i hope you understand“
Vamos agora a minha faixa favorita, não apenas do disco mas da carreira inteira do BJM. “Ballad Of Jim Jones”. Seu título faz referência ao reverendo Jim Jones, fundador da Jonestown na Guiana, também responsável pelo suicídio coletivo de aproximadamente 900 pessoas (seus seguidores eram capazes de se matar por ele, e alguns homens chegavam a ter casos homossexuais com o sujeito). Anton Newcombe nunca foi um cara normal. Percebemos isso porque ele faz cultos a pessoas como Charles Manson e o próprio Jim Jones, e acabou por dedicar essa música ao seu “ídolo”. O uso de gaitas cria uma aproximação a harmônica desafinada de Bob Dylan. “Ballad Of Jim Jones” dá um ar bem folk 60’s ao disco.
“Those Memories” é um folk-country bem simples com os vocais emprestados de Miranda Lee Richards que entram em harmonia com o timbre desafinado de Anton Newcombe.
“Stars” faz referência ao folk-psicodélico do final dos anos 60, tais como Donovan, The Incredible String Band, entre outros...  Provavelmente a mais melancólica do disco inteiro. Mas não por isso que não é boa.
“Free and Easy, Take 2” segue os moldes de “Those Memories” e dá uma animada no disco por ter uma base no folk e no country. Com vocais bem harmonizados entram em conjunto com o violão e a harmônica. É uma boa música, apesar da simplicidade nas letras e nos acordes.
“Down” , a música mais chata do disco inteiro, é algo que ao ouvir nós pensamos e percebemos o quão inútil é sua presença no álbum. Talvez a mais melancólica depois de “Stars”.
“’Cause I Love Her” é usada também no álbum “Their Satanic Majesties’ Second Request” só que com o nome de “(Baby) Love Of My Life”. Sua melodia cria uma nostalgia e é o tipo de música que conseguimos escutar 200 vezes seguidas, e sem se cansar, talvez por ter apenas 1:14 de duração.
“Too Crazy To Care” sem sair da linha e dos moldes do “Thank God...” (e começando com o típico 1-2-3, 1-2-3. Haha). Essa música com suas guitarras psicodélicas nos lembram do folk rock e o rock psicodélico dos anos 60, e mesmo sendo instrumental consegue dizer tudo sem letra alguma.
“Talk-Action=Shit”, nessa faixa Anton critica a música do cenário atual (no caso dos anos 90), e provavelmente faz uma crítica a Courtney Taylor-Taylor, ao mesmo tempo seu melhor amigo e pior inimigo, vocalista dos Dandy Warhols que aparece no documentário DiG! mostrando a desastrada e subestimada carreira do BJM enquanto os Dandies seguiam rumo ao sucesso e mainstream.
“True Love” Aos moldes de “Stars” segue uma linha melancólica voltada ao folk psicodélico dos anos 60.
“Sound Of Confusion” é a faixa mais longa com seus poucos 33:03 de duração. Anton reuniu todo o BJM no estúdio e juntos eles gravaram sua introdução que imita uma rua movimentada. O barulho dos carros foram feitos por Anton, Joel e Matt com as próprias bocas (como eles conseguiram isso, eu não sei. Porque os sons de carros são muito parecidos com carros reais). A música engloba 5 outras músicas, “Fire Song”, “Fuck You For Fucking Me”, “Spun” (que seria lançada mais tarde sozinha no Strung Out In Heaven de 98), “Kid’s Garden” (lançada no seu ep inicial Spacegirl & Other Favorites) e “Wasted” (também lançada anteriormente no depressivo Methodrone). Apesar de longa é uma faixa interessante e faz uma mescla de estilos que abordam desde o shoegaze e jangle pop.

Abraços (não tão) obesos. 

sábado, 20 de novembro de 2010

The Velvet Underground - Loaded (1970)

Já que Lou Reed fará apresentações aqui esses dias e que ontem eu peguei autógrafo e foto com ele e estou empolgado por conta disso até agora, vou colocar aqui um disco do mesmo, na verdade não é exatamente só do Lou Reed, é da banda que fez ele ficar famoso, a famosa The Velvet Underground. E não vou colocar o mais do que clichê Peel slowy and see porque senão não teria graça hahaha, vou colocar um que é um pouco menos conhecido se comparado com esse, mas é igualmente bom, pessoalmente é o meu favorito da banda. O Loaded de 1970.
Nesse 4º disco do Velvet que já não tem a presença de Nico (que foi expulsa da banda depois da gravação do The Velvet Underground and Nico, em 1967), dá pra perceber uma sonoridade diferente se comparado ao primeiro da banda, que era bastante experimental. Acho esse um pouco mais pop do que os seus 3 antecessores. Nesse albúm há também algumas músicas que acabaram trazendo mais fama ainda para a banda, "Who loves the sun", "Sweet Jane", "Oh! Sweet Nuthin'" são alguns exemplos.

"Who loves the sun" é a primeira música do disco e tem um ar bem pop, se você estiver levando em consideração os anos 60 e começo dos 70, obviamente. Tem aquele ar bem hippie, com um instrumental calmo e backing vocals bem sossegados. A voz bem relaxante de Lou é de estranhar um pouco, pelo menos pra mim que to acostumado a ouvir a voz dele oscilando mais para os graves e tal.
Uma música que fez um bom sucesso quando foi lançado o disco foi "Sweet Jane", essa faixa me lembra um pouco ainda as do primeiro LP do grupo, apesar do ar pop ainda estar bem perceptível ana atmosfera da música, mas acho que a levada da música ainda tem bastante influência do albúm de 1967 e também de Andy Warhol. O que difere principalmente uma coisa da outra é a voz que é meio "limpa" e não aquela coisa mais arrastada dos primeiros albúns do conjunto.
Na sequencia temos "Rock & Roll", essa canção me pareceu bem moderna para a época em que foi lançada, muitas bandas de rock n roll decente de hoje em dia fazem um som "novo" muito igual ao som dessa música, claro que o som das guitarras e da gravação no geral ainda tem aquele nível meio baixo da época, mas quando você ouve essa faixa você consegue ter mais ou menos uma idéia da influência de Reed e do VU para toda a música até hoje, e não só a alternativa.
"Cool it Down" começa já com Lou Reed e a banda cantando juntos a letra com um instrumental bem básico numa bateria mais básica ainda, novamente a influência do pop da época prevalece, principalmente na parte do refrão e do instrumental, não dá pra ver quase nada do estilo que os fizeram ficar famosos nos anos 60. Falando dessa forma, quem lê acha que estou criticando negativamente a canção e até o albúm, muito pelo contrário..se eu não gostasse dessa música tem teria comentando sobre ela, mas é só pra ver se da pra perceber melhor a diferença de um albúm para o outro =D
A "New Age" é uma um pouco mais demorada e lenta, nessa sim podemos ver mais do Velvet antigo, a mescla do alternativo com o pop nessa ficou bem legal, como se fosse uma espécie de balada alternativa e tal.
O instrumental de "Head Held High" é rápido e seus vocais um pouco mais gritados me lembram um pouco o som do Creedence, a música é bem acelerada e tem uma energia bem legal se comparada com as outras do albúm.
Acho que a próxima é uma das melhores do disco, "Lonesome Cowboy Bill" tem aquele ar bem pop dos anos 60/70 e com o instrumental bem simplório enquanto Reed divide os vocais com o  resto da banda nos backing vocals, a diferença dessa música acredito que seja no refrão que é bem grudento e repetitivo, com uma letra bem simpática também.
Outra que puxaram bastante para a influência do primeiro albúm é "I found a Reason", na verdade ela é mais puxada pro pop-rock mais lento, tipo aquelas bandas mais hippies mesmo e coisa assim, mas acho que devido a lenta progressão da musica, nos da a impressão de ser mais alternativo.
Um riff no baixo muito bom abre "Train round the bend", acho que nessa música podemos ver uma sonoridade bem parecida com a sua anterior, tirando que não é lenta, é um pouco mais acelerada e com vocais mais entusiasmados. Bem rock n roll essa, outra que me lembra o Creedence Clearwater Revival.
Para fechar esse albúm que eu achei relativamente moderno para a época na qual o mesmo foi lançado, a banda toca outra que fez bastante sucesso na época, "Oh! Sweet nuthin'" é a mais longa do disco, com quase 7 minutos e meio de duração, essa sim acho que fica bem claro a mistura do pop com o alternativo de um jeito bem bacana e avançado pra época, acho que nessa eles fizeram coisa que só iam virar moda mesmo nos anos 90 pra cima.

Abraços obesos

Download do disco

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jackass Number Two - Soundtrack (2006)

Mais uma trilha sonora será postada aqui no blog, dessa vez é de uma série que virou filme e que tooodo mundo com certeza já conhece, já assistiu aos filmes e possivelmente já fez alguma peripécia inspirado nesses idiotas sem noção que fazem até o cara mais sério dar risada hahahaha.
O disco é da trilha sonora do segundo filme da série, o Jackass Number Two, no albúm tem diversos estilos de música e bandas que vou comentar aqui uma por uma (vou tentar fazer isso ficar bom)


A primeira música do disco é a "If You're Gonna Be Dumb" do Smut Peddlers, uma espécie de punk com uma pitada de rockabilly no meio, com uma letra que combina mais do que perfeitamente com a natureza de todo o elenco de Jackass!! Uma daquelas músicas divertidas que combinam perfeitamente com skate.
Agora é a música do "Party Boy", uma espécie de personagem de Chris Pontius que fica dançando com uma sunga minúscula no meio da rua....e a trilha sonora dessa pérola ficou com Karen O. e sua música "Backass", num vou saber explicar como é o estilo dessa música, mas ela é bem viciante, principalmente após você ver o Pontius dançando com umas indianas ao som dessa música hahaha.
Um riff bem pesado é o começo da "MF From Hell" do The Datsuns, outra que é meio punk com rock clássico, com vocais gravados em um daqueles microfones especiais pra gaita (o som pelo menos é bem parecido). Essa música me da uma estranha sensação de querer fazer uma merda bem ao estilo Jackass mesmo..
"All my friends are dead" do Turbonegro tem como introdução um riff mais pesado ainda seguido de uma música mais hardcore que tem um refrão incrivelmente repetitivo e grudento, que é muito foda! Depois ainda há um solo muito bom na guitarra, uma música que te faz viajar bastante e com uns vocais bem legais também.
A próxima faixa é a da cena da gangorra com o touro e que fica a cargo do The Vandals com a música "Urban Struggle", ela é meio que um country-punk muito louco, até os vocais são mais puxados ainda para o country, rápidos e com um sotaque bem característico, com o um instrumental bem clássico do country só que com a distorção e peso da música punk, uma puta música da hora!
Um começo que lembra o The Prodigy começa, mas não são eles, e sim o Cakecutter tocando "Fly", essa música me lembrou bastante algumas das músicas que tocavam na Road Rash e no Gran Turismo, da época que eram de Playstation 1 ainda (viajei demais), mas enfim, uma música bem bacana que tem os vocais com aquele ar de microfone mais antigo e com um vocal feminino muuuito bom.
Impossível alguém não conhecer a próxima, nem eu me lembrava disso, mas no filme temos a clássica "A little less conversation" de Elvis Presley, e não aquela versão que vemos no Ocean's Eleven que é toda mixada(mas é muito boa também), essa é a versão original desse clássico do Rei do Rock. Acho que ela meio que dispensa comentários, né?
"Cut Your Hair" do Pavement é aqueles músicas de bandas americanas de filme adolescente, a música é muito acima de média dessas músicas, tem um ar até meio que cult misturado com um ritmo bem relaxante e tal, não sei muito bem o que está fazendo num filme desses, mas que é bem legal..ela é.
"Karazy" é cantada pelo próprio integrante do grupo, Chris Pontius, uma música meio curta mas que é muito legal, a voz mais rouca e meio boba de Pontius da um destaque nela, e é mais uma que me lembra as do jogo Road Rash.
Acho que essa é a mais pesada do albúm, pelo menos a banda dispensa apresentações.."Spill The Blood" do Slayer começa com um riffizinho dedilhado como se num quisesse nada e logo podemos ouvir as bases distorcidas e pesadíssimas de Kerry King entrando com Lombardo, Jeff e Tom Araya. Tenho quase certeza de que quem solicitou essa música foi Bam Margera, skatista mundialmente conhecido que também faz parte do grupo e já teve sua própria série, meio parecida com Jackass..o Viva La Bam! Mas voltado para a música, basicamente é um típico Slayer, toda a distorção casando com a voz do baixista Tom Araya de um jeito incrível (só fui parar pra perceber esse detalhe ouvindo essa música agora).
Se me lembro bem a próxima música é a da cena das cobras na piscina de bolinha, com Josie Cotton catando "Johnny, are you queer?" uma música bem divertida, da parte instrumental até as letras podemos perceber o ar bem satírico da faixa. Muito boa também.
Finalmente temos um puro country aqui, Roger Alan Wade cantando "Sometimes I don't know if i'll make it", música que tem só a voz de Roger com dois violões bem simpáticos tocando uma levada muito boa, quem ouvir vai tentar tirar no violão depois.
E na última música do disco temos também uma última pérola, todo o elenco de Jackass cantando e interpretando (em vídeo) a música "The Best Of Times", a música ficou boa e engraçada, ainda mais com as incríveis desafinadas de metade dos caras, especialmente Steve-O. Mas o engraçado mesmo é o vídeo, se possível procurem no YouTube que vocês com certeza acharão.

Abraços Obesos!

Download do disco

"Hi! I'm Johnny Knoxville! Welcome to Jackass!"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

[Vídeo] Chico Buarque - Tanto Mar


Estou colocando outro vídeo aqui no blog, um que eu estava querendo postar já fazia um tempo e sempre acabava me esquecendo ou adiando.
Bom, como nunca havia postado nada do Chico aqui no blog, achei que já tinha passado da hora de fazê-lo.

O vídeo é de sua música "Tanto Mar", música que Chico Buarque compôs para homenagear a Revolução dos Cravos, que ocorreu em 25 de abril de 1974, em Portugal, revolução que pôs fim ao regime ditatorial  que estava no poder desde 1933.
A música foi censurado nos dois países, Brasil e Portugal..já que falava de uma revolução social que, de fato, havia dado certo, mas que ao final não resultou em absolutamente nada, já que os que tomaram o poder acabaram fazendo o mesmo que os seus antecessores e a revolução "acabou mudando de caminho", usando as palavras do músico.
Em conta desses dois fatos que escrevi acima, Chico Buarque decidiu alterar a letra da música, para tentar projetar uma imagem do presente e do futuro de Portugal após esse acontecimento histórico.

Mas nem preciso mais tentar explicar história, já que antes da música o próprio Chico conta um pouco da história da revolução e da composição.

Abraços obesos.

"Manda urgentemente algum cheirinho de alecrim"

terça-feira, 9 de novembro de 2010

[Vídeo] Nando Reis - Mantra



Uma música bem conhecida por todos, mas decidi postar aqui pra quem não lembrava poder relembrar e pra alguém que não conhece ou conhece e quer ouvir de novo apreciar essa canção de um dos grandes compositores brasileiros da atualidade.
Nando Reis após sair do Titãs se lançou em uma incrível e promissora carreira solo com sua banda de apoio Os Infernais. Nesse vídeo e nessa música podemos ver um pouco da poesia do compositor combinada com a diversidade de estilos, culturas, músicas e etc que existem em todo o mundo, mas principalmente em larga escala em nosso país, que agrega a todos de forma igual (pelo menos segundo a lei)

Bom, a música chama-se Mantra e nela podemos claramente ver a presença do Movimento Hare Krishna, associação religiosa e filosófica criada em Nova York em 1966 pelo indiano Srila Prabhupada e que foi trazida para o Brasil nos anos 70.
Na canção temos uma mescla de tabla, violão, sitar, bateria, slide guitar, teclado, pratos e vários outros instrumentos indianos e alguns ocidentais, tudo isso com a voz propagadora de tranquilidade de Nando Reis e os vocais mais do que alegres e estimulantes das "backing vocals" do Movimento Hare Krishna.

Bom, a música é simplesmente demais..uma daquelas que alegre até o maior dos enfermos que está trancafiado em algum quarto de hotel sem visitas de familiares e esquecido pelos amigos.

Abraços obesos!

domingo, 7 de novembro de 2010

Raul Seixas e Marcelo Nova - Panela do Diabo (1989)

Esses dias me toquei que não havia postado absolutamente nada do Raul no blog até agora!
Então procurei entre meus vinis algum dele pra postar e achei o Panela do Diabo, último disco da carreira de Raulzito, lançado no mesmo ano em que nos deixou, e com a parceria de ninguém menos que Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus..que foi e ainda é uma das grandes bandas do nosso país.

A primeira música do disco é uma só com vocais e tem menos de 30 segundos..uma versão dos dois para a música "Be Bop A Lulla".
Colada na que acabei de comentar, temo a "Rock N' Roll" que abre com um riff de guitarra e depois podemos ouvir uma pegada meio de blues e depois a voz de Raul Seixas, já muito debilitada devido a sua doença que o venceria alguns meses mais tarde. As letras desse disco contam histórias dos músicos, na vida pessoal, na profissional e etc. Nessa faixa, por exemplo, Marcelo Nova canta "Eu não podia aparecer na televisão pois minha banda era nome de palavrão", referencia ao nome do Camisa de Vênus, que tinha muita censura na época. Contam também das mulheres, dos fãs chatos e de tudo o que eles passaram desde que entraram no mundo da música e do Rock N' Roll principalmente.
Seguindo, vem a belíssima "Carpinteiro do Universo", de novo temos os músicos dividindo os vocais, como se estivessem conversando e lamentando sobre seus modos de viver, de escrever e de como quiseram levar a vida de um jeito difícil de aceitar. Há um solo de slide muito bonito e muito bem tocado nessa música, com violões no fundo e a voz muito cansada de Raul dando um ar mais melancólico à faixa com as frases "O meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar". Essa música fala, principalmente, do jeito dos dois de sempre procurarem ajudar alguém mesmo nas situações impossíveis.
Outra faixa com um som lento e triste, "Quando eu morri" começa tem a voz de Marceleza e a letra me parece que fala do uso e abuso de drogas de ambos, principalmente por parte do vocalista do Camisa.
"Banquete de lixo" tem uma história bem engraçada que aconteceu com Raul quando estava em Nova York. Estava ele bêbado, como sempre, no meio da cidade e com fome, quando avistou uma lata de lixo e foi procurar o que comer lá dentro, encontrou e coisas que, como disse para Jô Soares, eram muito chiques: Ketchup, coxa de frango e coisas assim, quando de repente aparece um sujeito vestido de palhaço e começa a acompanha-lo no verdadeiro banquete de lixo de Raulzito. Mas a letra não fala somente desse causo hahaha. Raul também canta sobre o seu show em Serra Pelada, quando, minutos antes da apresentação começar, o músico teve uma dor de barriga terrível e foi pro lado de fora pela porta dos fundos do estabelecimento se aliviar no meio da rua, quando alguns fãs o avistaram e foram pedir autógrafos, Raul, com toda sua simpatia, começou a autografar o que eles pediam enquanto relaxava agachado na escuridão do beco onde se encontrava. No meio da música, Raul Seixas manda um abraço e um "até logo" para Marcelo Nova, meio como se fosse uma despedida de verdade..acho que só ouvindo pra você perceber como é triste esse adeus de Raul. Mas a música é muito boa! E quanto a essas histórias, você pode entende-las melhor e mais detalhadamente se procurar pela entrevista que Raul deu a Jô Soares em 89, essa foi a última entrevista de Raul antes de partir.
Um piano da início em "Pastor João e a Igreja Invisível", uma crítica escancarada a igreja, religiões e os pastores pedófilos e ladrões que estão em todo o nosso país roubando todo o dinheiro do povo que faz suas doações com a melhor das intenções. A música é no estilo gospel (não podiam ter achado outro mais apropriado xD) e Raul e Marcelo fazem o papel de pastores nessa música que tem uma letra simplesmente incrível e com um refrão pegajoso que nem Trident quando gruda no canto da nossa boca..e também há um solo muito bom de orgão na música. Versos como "..vendo barato a minha água benta, 3 prestações qualquer um pode pagar" e "O sucesso da minha existência está ligada ao exercício da fé, pois se ela remove montanhas, também trás grana e um monte de mulher". Na minha opinião, essa é a melhor música desse grande albúm e a que tem a letra mais atual.
Mais uma com ritmo lento, a letra de "Século XXI" me parece falar de que o mundo está a mesma merda sempre, não importa a época: "Se você correu, correu, correu tanto e não chegou a lugar nenhum, baby, oh baby. Bem vindo ao século 21"
Outra música muito boa desse albúm é a que falarei agora, "Nuit" começa com a bateria fazendo uma pequena introdução e depois Raul começa com as palavras "Eu, eu ando de passo leve pra não acordar o dia, sou da noite o companheiro mais fiel que ela queria" esse refrão se repete diversas vezes pela faixa que tem uma letra muito boa e é cantada só por Raulzito. E a canção tem também uns backing vocals femininos que dão um lindo toque nela.
De novo temos uma pequenina introdução de bateria em "Best Seller" e um ritmo bem de rock nacional e com as vozes de Raul e Marcelo juntas de novo. Essa música tem um ar bem tranquilo e o ritmo é daqueles que todos simpatizam, com um toquezinho bem de leve do blues-rock nacional que esses caras faziam nos anos 80.
"Você roubou meu vídeo cassete" fala de mulheres muito ciumentas com qualquer coisa, e podemos ver váárias metáforas no meio da composição e uma atmosfera bem engraçada nessa penúltima música do albúm.
A última música desse LP é "Cãibra no pé" tem somente a voz de Marcelo Nova e percebo que meio que ele manda uma mensagem para todos os ouvintes serem rápidos e espertos nesse país em que todo mundo quer levar vantagem em cima dos outros (foi o que eu entendi). "Se você vacilar, neguinho vai chupar sangue do pescoço"

Panela do Diabo é um dos discos mais importantes da carreira de Raul Seixas e Marcelo Nova e, principalmente, um dos discos mais importantes do rock n roll nacional e da música brasileira no geral. Marca o encontro de duas lendas da composição e do rock brasileiro, dois músicos que mudaram o modo de pensar de toda uma sociedade e que trouxeram esse estilo musical maravilhoso para o nosso amado país. Dois baianos que mostraram para todo o Brasil que a Bahia não tem apenas axé e carnaval.


Download do disco

Abraços obesos!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

[Vídeo] Bob Marley & The Wailers - Stir It Up



Hoje vou colocar aqui um vídeo do grande homem que foi Bob Marley, um dos músicos mais conhecidos e adorados do mundo todo.
Em todos os lugares você vai achar alguém ou um grupo de pessoas que são apaixonadas por esse cara. E não só em todos os lugares mas como dentro de todos os estilos..rock, metal, thrash metal, progressivo, psicodélico e etc, todos conhecem Marley e muitos o admiram como músico e ser humano.

Estou postando aqui um vídeo dele junto com o The Wailers, banda que o acompanhou grande parte de sua carreira e que, ao lado de Bob, escreveram e lançaram grandes sucessos do Reggae.
A música não é desconhecida, acho que até os que não são muito familiarizados ou chegados em reggae já devem te-la ouvido uma vez, chama-se "Stir It Up" e apesar de o vídeo acabar meio que de repente, podemos ver o talento de Peter Tosh na guitarra com seu wah - wah e do resto dos Wailers te "brisando" por tabela com toda sua habilidade musical. hahaha
Essa música, como quase todas de reggae e principalmente as de Marley, te deixa extremamente relaxado e alegre com seu ritmo lento e pegajoso e sua batida típica desse estilo incrível que quase todos simpatizam.
Você gostando ou não do reggae, tem que respeitar a influência positiva que Bob Marley  deixou para todos.


Abraços obesos.

"Stir it up, little darling, stir it up.."

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dropkick Murphys - The Warriors Code (2005)

Dropkick Murphys é uma banda estadunidense de Celtic Punk/Hardcore Punk formada em Massachusetts. O som da banda é muito influenciado pelo hardcore e, principalmente, pela música irlandesa. Apesar de haver bastante controvérsia sobre o nome da banda e sua origem, a explicação mais convincente é de que o nome veio de uma clínica de reabilitação, a "Dropkick Murphys".

O disco que mostrarei aqui hoje é o The Warriors Code, de 2005, que foi um dos discos mais vendidos da banda e que alcançou consideráveis posições nos ranking's através do mundo, ainda mais para uma banda de celtic punk.
A gaita de foles e o piano dão início a "Your Spirits Alive" de um jeito bem calmo e te lembra bastante alguma música dos anos 80..aquelas bem broxantes hahaha. E essa imagem permaneceria em sua mente se não fossem os próximos segundos, quando a gaita e o piano dão espaço para o peso do punk e a voz berrada dos vocalistas (muitas das músicas do Dropkick Murphys tem seus vocais divididos entre os integrantes). Com essa canção você, brasileiro, percebe que vai começar a ouvir uma coisa bem diferente do que está acostumado, a incrível e inusitada mistura de punk com a música irlandesa (mistura inusitada para nós, brasileiros) parecem se dar tão bem que você fica louco pra achar algum amigo que toque gaita de foles pra te acompanhar em alguma nova banda.
Com a música "The Warriors Code" você consegue confirmar que a mescla de estilos da primeira faixa não era só uma coisa passageira, como uma experiência do grupo pra ver se ficava legal (apesar da banda tocar esse estilo há anos). Aqui temos outra que mistura vários vocais, com o punk e a fabulosa gaita de foles, bem aguda, fazendo toda a diferença do mundo na sonoridade da banda.
"Captain Kelly's Kitchen" é uma música que me lembra um pouco o som do Matanza...letras falando de piratas, embarcações, bebida e etc. Tirando o seu final bem clichê do blues, a música segue o mesmo estilo das outras mas só que dessa vez com mais influência "das docas", você com certeza se lembrará de Piratas do Caribe ouvindo-a hahahaha.
Um riff de guitarra abre "The Walking Dead" e nessa canção temos a ausência dos instrumentos celticos e da música irlandesa, mas claro que não totalmente. Mesmo só com o básico (guitarra, baixo, bateria) ainda conseguimos perceber um som bem diferente do punk e hardcore cru.
E como se fosse uma continuação de sua antecedente, "Sunshine Highway" se parece muito com a que acabei de comentar, mas nessa temos a volta da gaita de foles no fundo dando uma atmosfera bem diferente e um ritmo um pouco diferente de sua anterior.
Em "Wicked Sensitive Crew" a bateria e a gaita entram de um modo que me lembrou bastante aqueles festivais americanos que acontecem mais no interior (to falando besteira demais) mas ela segue a levada de suas antecedentes, mas senti que nessa a gaita de foles prevalece um pouco sobre os outros instrumentos.
"The Burden" é um punk clássico, apesar de não ter todo o peso do punk, mas tem um refrão muito grudento e um ritmo bem simpático que combinam bem com as vozes dos vocalistas. Essa é mais uma que não ouvimos a influência irlandesa dos integrantes do grupo.
Tendo a mesma sonoridade da anterior, "Citizen CIA" se difere da que falei agora na questão do peso. Uma música com um peso bem marcante das guitarras distorcidas e rápidas, tão rápidas quanto a duração da música que te faz colocar pra ouvir de novo, porque é muito boa.
"The Green Fields of France" não tem absolutamente nada de punk e praticamente tudo de céltico e irlandês, uma música que se destaca bastante das outras do disco devido a ausência do hardcore, apesar de ser muito mais parada do que as anteriores..é uma música muito agradável e igualmente boa a suas companheiras de albúm. Cheia daquelas flautas célticas das quais os nomes não saberei dizer agora e uma gaita beem lá no fundo.
Pra voltar ao som mais original da banda, temos "Take It And Run", outra das poucas músicas do albúm que se trata apenas do simples, rápido e conhecido punk rock
Agora teremos a música mais conhecida e, particularmente a minha preferida, do Dropkick Murphys "I'm Shipping Up To Boston" é uma música de Woody Guthrie, que também compôs a letra, e o Dropkick Murphys fez sua versão da canção. Apesar de ser um cover, a música apresenta uma sonoridade simplesmente incrível, o mais puro hardcore com o melhor da música irlandesa. Abrindo com o som de violencelos, baixos, banjos e cordas no geral..a música continua só o instrumental por um tempo com uma verdadeira salada dos mais variados instrumentos, instrumentos que já apareciam em outras horas durante o albúm, só que dessa vez com muito mais destaque. E quando as vozes entram podemos ver o mesmo peso das outras faixas do albúm , só que dessa vez tudo se casa com a maior perfeição..não há uma pessoa que eu conheça que ouviu essa música e não a tenha gostado ou colocado pra ouvir mais umas 3 vezes após. E quando terminarem de ouvir esse albúm, procurem a versão de "Im Shipping Up To Boston" ao vivo no youtube, simplesmente incrível..postarei aqui depois.
Seguindo com o albúm, "The Auld Trianglehahaha. E ela tem um refrão bem pegajoso também com várias das flautas célticas que já citei anteriormente.
Um acorde bem distorcido e misturado com a gaita de foles abrem "The Last Letter Home" de uma forma muito boa, o "riff" feito na gaita começa muito bem a faixa, aliás, a gaita nessa música tem um destaque bem bacana que vale a pena destacar junto com as vozes.
"Tessie" é a última faixa do albúm e começa com a voz de uma narrador de futebol americano que dá espaço  para um piano típico daqueles salloons e a voz de Al Barr, e logo depois entra a banda com guitarras, baixos, gaitas de foles, banjos e tudo mais. Nessa música que fecha o disco acho que eles queriam dar uma misturada final nos estilos que tocam durante todo a gravação, e fazem isso com sucesso.

Dropkick Murphys é uma banda que aqui no nosso país não é tão conhecida infelizmente, mas mesmo assim tem uma qualidade sonora única, até mesmo entre as bandas do gênero e que merece ser ouvida pelo menos uma vez. Eu recomendo a todos que ouçam todos os discos, pois todos são ótimos
.
Curiosidade: A versão da banda de "I'm Shipping Up To Boston" foi usada diversas vezes em muito eventos, filmes e seriados. Faz parte da trilha sonora do filme 'Os Infiltrados' e já tocou também em um episódio dos Simpsons (que tem um tem parecido com o do filme citado)

Download do disco

Abraços obesos!

sábado, 30 de outubro de 2010

Captain Beyond - Captain Beyond ( 1972 )

O Captain Beyond é uma banda de progressivo/hard rock de uma qualidade exímia, pena que é muuuuuito pouco conhecida.
Esse disco foi lançado em 1972( e é o primeiro do Captain Beyond) e apresenta três ex-integrantes de bandas: Rod Evans, o primeiro vocalista do Deep Purple, Larry " Rhino " Reinhardt e Lee Dorman, ambos do Iron Butterfly.

O lado A se inicia com a bateria de Bobby Caldwell numa ótima e super-suingada levada em " Dancing Madly Backwards (On a Sea of Air) ".

Continuamos com " Myopic Void " com certeza uma grande viagem musical, que alterna momentos muito bem trabalhados com outros mais pauleira.

Logo depois vem minha faixa favorita do disco " Mesmerization Eclipse ".O riff dessa música é sem sombra de dúvida um dos mais bem feitos e psicodélicos de todos os tempos.
O outro lado do disco consegue ser mais psicodélico do que o primeiro( sinceramente não sei como eles conseguiram xD ).Temos outros riffs e temas extremamente complexos,cheios de viradas nos tempos e etc,como podemos ver em " Thousand Days of Yesterdays "," As the Moon Speaks " e " I Can't Feel Nothin' " todas elas divididas em duas partes.

Uma curiosidade sobre esse disco é que nos EUA e capa dele era em 3D,algo muito a frente de seu tempo( assim como o disco).

Resumindo,este é um dos melhores discos da psicodelia.Você o coloca para tocar e fica extasiado ouvindo essa maluquice que é o Captain Beyond e nem vê o tempo passar.

Download do disco

Abraços obesos!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

David Allan Coe - Penitentiary Blues (1969)

Aqui está outro disco do D.A.C, mas dessa vez é um albúm solo e o primeiro de sua longa carreira
Em Penitentiary Blues, o músico de outlaw country se revela, na verdade, um músico de blues. Foi após esse albúm que ele começou a puxar suas músicas e composições para o country, apesar de suas letras sempre terem a mesma estrutura.
Tendo lançado dezenas de albúns ao longo da vida, o cantor sempre compõe com bastante humor e sempre ligando ele a coisas "fora-da-lei", daí o nome outlaw country (obviamente).

Bom, mas pra começar a falar desse albúm de blues que é de uma lenda viva do country/blues, eu digo que não há muito o que dizer sobre esse albúm, não é um albúm que marcou muitas vidas, salvou relacionamentos, inspirou pessoas ou vendeu zilhões de cópias. Esse disco é simplesmente uma modesta gravação de blues, sem nada de muito especial ou super foda.
E é isso mesmo o que faz diferença, pelo menos nesse blog..
David Allan Coe deixou uma esse LP com um jeito tão simples e cool, como se ele quisesse simplesmente gravar o seu blues sem mais nada pra atrapalhar, como se estivesse querendo se livrar de seus demônios ou apenas falar o que sentia ou gostava através da música. Sim, isso é uma coisa que todos os músicos fazem..mas acho que a maioria se esquece que muitas vezes o que é simples é tão bom quanto o que é cheio de firulas e nunca dão o merecido valor a discos e artistas como David Allan Coe.

Nessa gravação que foi feita entre 1968/1969, podemos ver não apenas o blues seco, puro com o qual devem estar imaginando, em músicas como "Penitentiary blues" podemos ouvir um blues daquele tipo os de salloon, com pianos de fundo e guitarras calmas mas com muito sentimento. Em "Cell 33"  temos um blues que lembra muito aquele blues inglês dos anos 60, de bandas novas que surgiram na época..a mistura do pop com o blues.
"Monkey David Wine" é um blues típico, com uma gaita continua no fundo e um slide que vai acompanhando a voz agitada de D.A.C.
Em "Walkin' Bum" temos um som que me lembra um pouco Little Walter e Muddy Waters, a voz de Coe cantando e a gaita plugada num amplificador valvulado que faz até uns solinhos mais longos durante a música, apesar de ser simples a gaita, como eu falei...o que é simples é tão bom quanto as firulas. hahahaha
Não vou ficar aqui falando quais são os músicos que tocam com D.A.C nesse albúm, porque são vários..só de guitarristas e gaitistas nós temos seis, ainda com baterista, pianista, baixista e David nos vocais.
Em "One Way Ticket To Nowhere" temos uma introdução puxada pelo baixo e seguida pela gaita que com toda certeza tem uma influência de Sonny Boy Williamson. A voz e a guitarra entram juntas e você agradece a alguma força superior pela existência dos amplificadores valvulados e se pergunta "por que hoje em dia eles são tão caros e impossíveis de se achar?!" hahahahaha
A letra de "Funeral Parlor Blues" me lembra MUITO  a de "St. James Infirmary", música famosíssima estadunidense que ficou conhecida por todos na voz de Louis Armstrong, a música lembra bastante essa interpretada por Armstrong, tirando as referências à cocaína no meio da letra! A música tem uma ar muito familiar, daqueles blues bem clichês..mas depois ela segue bem diferente e os teclados prevalecem nela.
"Death Row" é tão inspirada em Muddy Waters que só faltou o próprio fazer uma participação no meio, solando com seu slide. Uma música que tem um solo de guitarra muito agradável e simples, como se tivesse sido tocado com uma guitarra de marca bem inferior, apesar da qualidade do guitarrista ser bem elevada.
Pra falar a verdade acho que todos os instrumentos desse disco não deviam lá ser Fender ou Gibson, me parece que todos os músicos deviam estar na pior e nem tinham coisa de qualidade pra fazer música, mas fizeram bem como ninguém.
"Oh Warden" é uma canção pra se ouvir quando se está na pior , e isso acho que dá pra ficar claro logo no começo, quando o slide puxa a voz de Allan Coe, uma gravação muito singela e reconfortante, com bateria e uma guitarra base fazendo a base mais simples de blues que se pode imaginar e só os vocais, gaita e slide guitar se ressaltando, outro blues típico perfeito para se ouvir quando se está na merda.
em "Age 21" temos uma harmonica bem acentuada e novamente se intercalando com a voz de David enquanto guitarra, baixo e bateria fazem uma base muito modesta..
"Little David" segue um estilo parecido com o de suas antecedentes, um blues com bastante gaita e a completa ausência do country pelo qual o músico ficou conhecido nos EUA.
E para terminar esse albúm, o músico toca outro blues pra lá de modesto em "Conjer Man", mas com uma gaita cheia de feeling para o deleite de nossos ouvidos.
O que eu poderia dizer desse disco que fiz questão de não criar nenhuma expectativa em alguém que esperava um super disco?
Que é o tipo de disco perfeito para você ouvir quando está se sentindo mal por alguma coisa..mas também é perfeitamente aceitável ouvi-lo quando se está incrivelmente feliz com algo.
Com seu blues modesto e calmo, esse albúm de David Allan Coe te anima até quando você achava impossível isso acontecer em algum momento e também te acalma quando você acha que tudo vai desmoronar em cima da sua cabeça. Talvez seja esse o segredo das coisas simples nos agradarem tanto, não precisamos pensar ou prestar muita atenção nos detalhes pra saber quão maravilhosas elas são.


Download do disco

Abraços obesos!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

[Video] Como é fácil fazer música!





Esse é mais um vídeo de comédia do que de música,mas não deixa de ser super interessante.A ideia é mostrar como se constrói uma música com simples quatro acordes.
E não pense que são somente baladinhas que tocam nas rádios.O vídeo aborda desde Beatles até Lady Gaga,passando por Journey,Elton John,Red Hot Chili Peppers entre outros!

Para aqueles que sabem tocar algum instrumento,os quatro acordes que compõem a melodia são: E / B / C#m / A.

Abraços obesos!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Easy Rider - Soundtrack (1969)

Os anos 60 mudaram o jeito do mundo ver as coisas, não importa se você é conservador ou radical, a opinião de todos os que viveram nessa época maluca mudou drasticamente em relação a sexo, drogas, guerras, preconceito e claro, a música. Uma enorme fatia da "culpa" dessa mudança toda, se deu claramente ao surgimento da contracultura, movimento criado pelos jovens do pós-guerra que estavam cansados do conservadorismo padrão imposto pelos americanos e queriam dar um fim em todo o preconceito racial e social com os quais estavam costumados e protestavam frequentemente contra as guerras, principalmente a do Vietnam.
E o filme Easy Rider, dirigido e co-estrelado por Denis Hoper, mostra exatamente o que foi a contracultura ao contar a história de dois amigos que saem pelos Estados Unidos em cima de suas motos para chegarem ao Mardi Gras, espécie da carnaval estadunidense que ocorre todo ano em Nova Orleans. Durante as viagens e tomadas gravadas na estrada em cima das motos, podemos ouvir um  verdadeiro festival de pérolas da contracultura americana sendo executadas, de Steppenwolf até Jimi Hendrix passando por The Byrds e The Weight.
No filme ainda temos a presença de Peter Fonda, que estrela o filme ao lado de Dennis Hoper, e do mestre Jack Nicholson que faz o papel de um simpático e ingênuo advogado que os acompanha na viagem durante parte do filme em uma atuação que quase lhe rendeu prêmios de ator revelação do ano de 1969.

Na trilha sonora começamos com a lenta "The Pusher", do Steppenwolf, música que abre bem o disco e o filme já que fala dos traficantes e dos muitos usuários de drogas psicodélicas da época. Com um riff bem marcante e um ritmo muito tranquilo com a voz rouca de John Kay, a música tem um peso perfeito e com uma letra bem polêmica pra época : "You know I've smoked a lot of grass/O' Lord, I've popped a lot of pills".
Na sequencia temos outra do Steppenwolf, essa é praticamente impossível alguém nunca ter ouvido, "Born To Be Wild" é praticamente um hino desde a época em que o Steppenwolf a lançou, nem vou comentar sobre esse clássico porque todos já ouviram pelo menos uma dúzia de vezes na vida! E não, você nunca enjoará dela hahahaha.
 Mais uma com a cara dos anos 60 aparece, o The Weight toca a cool "Smith", cheia de backing vocals com um piano de fundo bem agradável..pra falar a verdade toda a música é muito agradável, daquelas que você pode fechar os olhos e se imaginar numa estrada ensolarada dirigindo sem rumo.
Uma das faixas mais marcantes do disco vem com o The Byrds e sua canção "Wasnt born to follow", música que abre com um riff bem amigável e mais uma vez nós vemos uma música muito agradável de se ouvir, com vocais divididos em mais uma canção que se pode imaginar viajando por uma longa estrada.
A completamente sem noção"If you want to be a bird", do "The Holy Modal Rounders", apesar de ser uma música muito lunática devido a sua letra sem nexo, é ótima e engraçada, principalmente na cena do filme..com Jack Nicholson imitando um passarinho em cima da Harley-Davidson no meio da estrada.
A cheia de slides "Don't Bogart Me" do Fraternity Of Man, vem novamnte com uma letra falando de drogas, mas especificamente da marijuana, outra música que contém um tema que é um tabu e consegue ser engraçada e ao mesmo tempo não ser "vulgar".
Outra música muito conhecida que é tocada no filme e está presente na trilha sonora que postarei, é "If six was nine", do The Jimi Hendrix Experience. Outra letra bem psicodélica, coisa que era mais do que comum na época. Os graves de Noel Redding lembram muito os walking bass do jazz nessa música, casando com a bateria acelerada de Mitch Mitchell e a guitarra mais do que dispensável de comentários de Jimi Hendrix, no final da música ainda temos uma espécie de improviso psicodélico muito elétrico e lisérgico.
Uma das mais psicodélicas do disco ficou a cargo do The Eletric Prunes, com a música tradicional "Kyle Eleison/Mardi Gras", os vocais nessa música lembram muito um coro religioso somente com vozes e mais nada, só que ae chega a psicodelia após cada estrofe da música, e eles não deixam a desejar nesse aspecto, vem a toda força com guitarras distorcidas e muitos pratos para fazer um efeito mais "misterioso" na canção, e conseguem fazer isso com sucesso..apesar da música não ser nem um pouco enjoativa ou coisa do gênero.
Agora vem uma música que, para mim, é a melhor do filme. Roger Mcguinn canta  a sua versão de "It's alright ma(I'm only bleeding)", de Bob Dylan. Apesar de ser um grande fã do mestre Bob Dylan, tenho que assumir que a versão de Roger Mcguinn é centenas de vezes melhor do que a de Dylan, o peso que ele conseguiu colocar na música somente usando sua voz, um violão e uma gaita é coisa que te faz pensar a respeito quando compara com a de Bob. Sem dúvida vale a pena dar destaque a essa canção que você vai ouvir de novo quando acabar.
E para fechar esse albúm-chave da contracultura, mais uma vez teremos Roger McGuinn tocando uma letra de Bob Dylan, e dessa vez o compositor fez a letra especialmente para o filme. "The Ballad Of Easy Rider" aparece nos créditos finais do filme e segue o mesmo estilo de sua antecedente; violão, gaita e a voz incrivelmente semelhante de Roger a de Bob Dylan. Uma música que termina perfeitamente um albúm que fez parte de um dos filmes mais importantes dessa época cheia de freaks nos quais todos já quiseram ser um dia.


Download do disco

Abraços obesos!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

[Vídeo] The Ukulele Orchestra of Great Britain - The Good, The Bad and The Ugly




Um vídeo bem diferente e provavelmente o melhor que postei aqui. Ukulele Orchestra Of Great Britain é um grupo de sete pessoas que excursionam por vários países do mundo tocando versões de músicas conhecidas (e umas desconhecidas) no ukulele, instrumento havaiano que a primeira vista lembra muito o nosso cavaquinho (mas o som de um é totalmente diferente do som do outro)
O grupo é formado por seis músicos que tocam diferentes tipos de ukulele e um sétimo que toca um baixolão para fazer a base.

São também muito conhecidos por seu bom humor em suas apresentações, que divertem a todo o público que está assistindo com versões inusitadas e surpreendentes de músicas como "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana e vários outros músicos, como David Bowie
Enfim, esse pessoal é muito bom e TODOS os vídeos dele são impossíveis de se ver uma vez só, principalmente esse que postarei agora, que é uma versão que eles fizeram para a música-tema do filme "The Good, The Bad and The Ugly" um western mundialmente conhecido.
Simplesmente incrível todos os músicos desse vídeo.
 E recomendo que assistam a todo os vídeos relacionados da Ukulele Orchestra e admirem um pouco esse grupo.


Abraços obesos!