domingo, 20 de maio de 2012

Crank - A Night In The Cave (1971)

Crank é uma banda americana que toca um Blues Rock/Hard Rock de primeira qualidade. A primeira canção "Let Go" é um blues rock sensacional, com uma gaita furiosa e acompanhando muito bem os riffs de guitarra.

Logo depois, temos "Give You My Love" ,  onde vemos a similaridade da banda com o Led Zeppelin. Com os mesmos vocais "rasgados"e guitarra forte, características da banda de Plant.

A canção "Don't Push Me Away" é a melhor canção do álbum, na minha opinião. Possui toda a força e energia da banda, com os já citados vocais muito bons e guitarra bem marcante. O solo da mesma na música é memorável.

Infelizmente este post foi um pouco curto, pois as informações sobre a banda são quase nulas. Não consegui achar informações sobre os integrantes, nem sobre ano exato do lançamento desse disco (foi lançado entre 1969 e 1971).

A única informação que consegui foi a tiragem inicial deste LP, com apenas 750 cópias prensadas. Ocorreu um relançamento em torno dos anos 2000 pela gravadora  Rockadelic e remasterizado pela  Master Tapes. Só temos um conhecimento deste som pela popularização dos sites de torrent por aí.



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Abraços Obesos!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ginger Baker's Air Force - Ginger Baker's Air Force (1970)

Após a dissolução do Cream em 1968 e a tentativa de manter o power trio de pé com a criação do grupo Blind Faith, cada um dos integrantes partiu para carreira solo. Eric Clapton tocou no Delaney & Bonnie, Derek And The Dominos e depois seguiu sua carreira solo. Jack Bruce lançou o álbum Songs Of a Taylor e obteve certo sucesso no ano de 1969. Ginger Baker se uniu a Steve Winwood (já haviam trabalhado  juntos no Blind Faith) e outros músicos para seguir um estilo bem diferente do Cream/Blind Faith.

O Ginger Baker's Air Force é uma banda de Jazz Fusion e possui apenas dois álbuns, este que irei comentar abaixo e mais um lançado também em 1970.
Neste álbum podemos ver como o time de músicos escolhidos por Baker é sensacional. Steve Winwood dispensa comentários, excelente organista. Ainda contamos com a presença de Ric Grech, baixista do Blind Faith e de Danny Lane, guitarrista do The Moody Blues e posteriormente participar do Wings de Paul McCartney.

O disco abre com a música "Da Da Man" que possui um tema sensacional, executado por um sax tenor com maestria pelo antigo colega de Ginger Baker, Chris Wood. É uma canção que foge do jazz fusion de Herbie Hancock , por exemplo. Ele possui uma energia diferente, dá vontade de sair cantando o tema e dançar escondido na sala de casa (haha).
A próxima canção "Early In The Morning" já é mais tranquila e conta com uma flauta muito bela. No final da mesma, acaba acelerando um pouco o ritmo, mas volta à calmaria do começo.

Ainda temos uma versão de "Toad" que é sensacional. Conta com um solo de bateria de mais de 6 minutos!

Enfim, é um álbum que foge do convencional de Ginger Baker. Podemos ver o jeito agressivo e inovador de Baker tocar, além da maneira mais calma de nosso ruivo.
Ele agrada a todos os amantes de Jazz, mas sem perder os seguidores de um bom e velho Rock

Formação:

Ginger Baker - Bateria, percussão e vocal
Steve Winwood - Órgão e vocal
Ric Grech - Baixo e violino
Jeanette Jacobs - Vocal
Danny Laine - Guitarra
Chris Wood - Saxofone Tenor e flauta
Graham Bond - Saxofone Alto
Harold McNair - Saxofone Tenor e flauta
Phil Searman - Percussão


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Abraços Obesos!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vashti Bunyan - Just Another Diamond Day (1970)


Este álbum de Folk é, na minha opinião, um dos mais importantes exemplos do Folk britânico. É disco de estréia de Vashti e contou com os arranjos de Robert Kirby, que trabalhou com ninguém menos do que Nick Drake. Conta com a participação de Simon Nicol do Fairport Convention, além de Robin Williamson e Mike Heron da Incredible String Band. Infelizmente o disco não foi um sucesso em seu lançamento, devido às duras críticas da imprensa que afirmavam ser um álbum de criança e que Vashti não possuía uma boa voz.

A música de abertura "Diamond Day" nos revela a suave voz que a cantora possui, embaladas por flautas ao fundo junto com o violão, nos dando o perfeito clima Folk, bem suave e gostoso de se ouvir.
Em "Swallow Song" vemos aparticipação de Robert, colocando instrumentos de corda de fundo, trazendo aquela sensação de calma e paz de espírito que procuramos ao ir ao campo.

Enfim, apesar de ser um álbum extremamente simples, mostra toda a intimidade de uma cantora Folk. Nos diz como realmente é seu estado de espírito, calmo, sereno, meio melancólico e mesmo assim, em paz com o mundo que nos circunda.

É um disco para se ouvir no entardecer de domingo, para se pensar na vida. Imprescindível para os fãs de Folk music.

Formação:

Vashti Bunyan: Violão, Vocal
Mike Crowther: Guitarra
John James: Dulcitone (uma espécie de teclado, muito usado em músicas Folk)
Robin Williamson: Violino
David Swarbrick: Bandolim e banjo
Robert Kirby: Gravação e instrumentos de corda

PS: a versão disponibilizada contém quatro canções que foram lançadas pela cantora antes de Just Another Diamond Day.

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Abraços Obesos!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Chicken Bones - Hardrock In Concert (1975)

O Chicken Bones é uma banda de Hard Rock alemã. Infelizmente, não possuo a informação de quando a banda foi formada haha.
O álbum é excelente para os fãs de guitarra, pois possui frases muito bem elaboradas e cheias de técnica. O vocalista Rainer Geuecke possui um timbre muito parecido com o Rory Gallagher, além de duelos de guitarra muito bem feitos. A maioria dos arranjos é bem simples, mas não exclui o poder deles e com certeza agradarão até os maiores fãs de Hard Rock.

A primeira faixa " Feeling" possui um riff martelante e meio blueseiro que ficará na sua cabeça.
Seguida de "I'm Falling" , música que começa bem swingada e logo está num solo memorável com uma marcação de contrabaixo muito forte. Nessa faixa, as frases de Rainer e Himar Szameitat lembram muito Ritchie Blackmore, guitarrista do Deep Purple e Rainbow.

A música "Water" já tem um lado mais progressiva, com sons de mar como introdução, acompanhados por violões nessa grande viagem. Logo após, temos um solo muito bom e retornamos ao violão do início.

Este é um dos álbuns mais raros do rock alemão, pois foram prensadas apenas 300 cópias em seu lançamento. Apesar de ter sido relançado em CD em 1997 pelo Second Battle, ainda é muito difícil de ser encontrado.

Se você procura um Hard Rock como Grand Funk Railroad com pitadas de blues e progressivo, baixe este álbum sem medo!

Formação:

Rainer Geuecke - Guitarra e Vocal
Himar Szameitat - Guitarra
Werner Hofmann - Baixo
Wolfgang Barak - Bateria

PS: Disponibilizarei no link de download um link que contém o álbum acima descrito e a partir da 8ª canção, começa o álbum do grupo que deu origem a banda, chamado "Revanche". É um pouco mais simples que "Hardrock In Concert" , mas mesmo assim, é um excelente trabalho!

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Abraços Obesos!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Playing For Change






O projeto "Playing For Change" trata-se de uma iniciativa pra juntar o mundo através da melhor coisa do mundo. Música. Aqui, mostra-se que todos somos iguais,independentemente de raça, religião, região...
O projeto quer apenas dizer que a música deve e pode ultrapassar qualquer barreira criada por nós mesmos.
Ao longo do projeto, decidiram que não era suficiente apenas gravar músicas e divulgá-las para o mundo; queriam criar uma maneira de retribuir tudo que os músicos e suas comunidades haviam compartilhado conosco. Em 2007 criaram a fundação Playing For Change, uma empresa sem fins lucrativos cuja missão é fazer exatamente isso.

Este será um post com pouco material escrito,mas o importante é a mensagem que ele está passando. Deixem preconceitos de lado, caros amigos, e apenas curtam o que a vida/o blog tem melhor para oferecer, MÚSICA!

Abraços Obesos!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Especial Manguebeat: Caranguejos com cérebro de Recife.

O símbolo do Manguebeat.
Um dos estilos e movimento mais maravilhosos e marcantes da história do nosso país. Essa é uma frase que defino o Manguebeat, um movimento criado no começo dos anos 90 por jovens amigos que queriam acabar com a depressão social generalizada que encontrava-se em Recife, cidade que, na época, foi eleita como a quarta pior para se viver no MUNDO.
O Manguebeat contém influências de ritmos originais de Pernambuco, como o famoso Maracatu, frevo e etc, ao rock, hip hop, funk, punk, hardcore e música eletrônica. Resumindo, o estilo era incrivelmente rico em estilos musicais, culturais e ideológicos.
Chico Science
E o principal difundidor desse movimento e principal cérebro por trás de toda a maravilha desse gênero musical, é o saudoso Chico Science, que tinha como seguidores de suas idéias o grupo Nação Zumbi. Outro grande nome do Manguebeat que, junto com Chico, formou tal cena em Recife, foi Fred 04, da banda Mundo Livre S/A. Ele é o que poderíamos dizer que deu início verdadeiramente ao chamado Manguebit, depois que publicou em 1992 o primeiro Manifesto do Mangue, no qual explicava as propostas do movimento. Foi chamado de Caranguejos com cérebro.
O nome Mangue, vem do fato de que o mangue de Pernambuco apresenta uma das maiores bio-diversidades do planeta, e a situação de Recife na época estava acabando com toda essa cultura de seres vivos incríveis. A proposta dos músicos era fazer uma música que fosse tão diversificada e rica culturalmente que nem o mangue, daí que podemos ver as mais diversas influências. Do Maracatu ao Punk rock, passando pelo samba, rock, frevo e funk.
O Manguebeat sofreu uma baixa lastimável no ano de 1997, quando o vocalista, gênio e um dos maiores artistas do Brasil contemporâneo, Chico Science, morreu em um acidente de automóvel.

Nação Zumbi
Bom, como vocês poderão perceber, o post de hoje será um tanto quanto diferente dos outros. Não irei dissecar um álbum faixa a faixa, e sim tentar resumir (bem humildemente) todo um estilo musical, um dos mais importantes do nosso Brasil, como já mencionei acima. Tentei contar um pouco do mestre Chico Science, um dos últimos gênios que a arte brasileira teve, e da influência de Fred 04 para a cena de Pernambuco nos anos 90.

Na verdade, meu resumo sobre o estilo já foi escrito. O que pretendia fazer era postar um trecho do Primeiro Manifesto do Mangue, escrito em 1992, pelo Fred 04, e colocar mais alguns links para download de pelo menos três bandas importantíssimas na formação do Manguebeat no início dos anos 90. O Mundo Livre S/A, o Sheik Tosado e, obviamente, Chico Science e Nação Zumbi.

Antes de linkar os álbuns aqui para vocês, gostaria de colocar o trecho final do Manifesto.
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Mangue, a cena
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.
Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.
Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.
Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.
Leia o Manifesto na íntegra
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Fred ZeroQuatro, uma das mais importantes figuras do Movimento
Acho que lendo esse trecho final do texto de Fred 04, podemos ver bem a situação em que os moradores de recife se encontravam social e psicologicamente. Recomendo que leiam todo o texto, que não é nada grande, e tentem entender mais sobre esse estilo incrível que é o Manguebit, ou Manguebeat, ou Mangue.
Mundo Livre S/A


segunda-feira, 18 de abril de 2011

The Vaccines - What Did You Expect From The Vaccines? (2011)

Comentei, via twitter, que ia postar alguma coisa mais puxada para o indie na próxima postagem do blog. Escolhi uma banda nova (conheci há pouco mais de três semanas) no estilo e no cenário musical, o The Vaccines, e o seu primeiro e único disco até agora, "What Did You Expect From The Vaccines?"
Comecei a dar mais atenção a esse estilo recentemente, praticamente na mesma época em que comecei a ouvir a citada banda, e estou realmente viciado no indie atual, haha. Eu andava meio desacreditado com o andamento que a música contemporânea havia levado, mas são com bandas jovens como The Vaccines e etc, que até pensamos que há um pouco de esperança na música.

Os ingleses do Vaccines abrem seu álbum com uma música perfeita para tal. "Wreckin' Bar (Ra Ra Ra)" é uma daquelas músicas que qualquer tipo de pessoa gosta. Animada, rápida, com vocais entusiasmados e bem curta. Não tem como não ouvir ela dezessete vezes por dia, vão por mim. O refrão com certeza ficará na sua mente por umas duas semanas seguidas.
Uma das características da banda é a habilidade de fazer refrões grudentos junto com músicas simples. "If You Wanna" é um bom exemplo disso, com vocais cantados um tanto quanto arrastados, como se estivesse cansado ou com sono (outra marca deles. De todo o estilo, na verdade.) com letras que falam de relacionamentos, festas e outras coisas no gênero.
Achei o riff de "Blow It Up" bem harmonioso, bem legal e tal. O refrão dessa música, não sei o motivo, me lembra DEMAIS a música "I Should Have Known Better", dos Beatles.
"Wetsuit" tem um começo que me parece feito por um violoncelo, ou um teclado/sintetizador bem no grave, mas não vou me arriscar a afirmar nada, porque não tenho ouvido absoluto. haha. A música mantém o ritmo mais parado e com refrão grudento, uma música mais calma que suas antecessoras.
O riff de "Norgaard" deixa claro a influência de Garage Rock da banda, mantendo um estilo mais agitado e animado, podemos ver nessa as diversas inspirações da banda.
Um dos singles do disco, "Post Break Up Sex" é outra com uma levada contínua e refrão grudento, letra bem interessante (aposto que muitos (as) jovens vão se identificar com essa) uma música e letra que abrangem bem o que muitos jovens sentem muitas vezes.
Um riff bem interessante em "Wolf Pack", que mostra mais um pouco das influências sessentistas e oitentistas da banda. O riff dá suas caras apenas no começo da música, como se quisessem mostrar para todos que não é só o indie e o alternativo que os inspiram. Deixam o riff no começo e depois partem para o que eles tocam normalmente. Utilizam suas influências de modo bem interessante. Pegando referências diretas e colocando em suas músicas, no começo, meio ou fim. Não se apegando diretamente ao estilo que tocam e esquecendo dos que fizeram sua formação musical.

Não sei se escrevi pura bobagem aqui ou se alguma coisa do meu texto tem coerência com a realidade. Aposto que muito indie/hipster vai meter o pau na minha avaliação, mas não posso fazer nada quanto a isso. De qualquer modo, apenas baixe o álbum e curta o som. Porque é bom, e é pra isso que eu escrevo nesse blog.

Abraços obesos!

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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Voodoo Zombie - Voodoo Zombie (2008)

 Um estilo inédito no blog dará a sua cara finalmente. Gênero bem diferente de todos os que estamos acostumados a divulgar aqui nesse espaço, apesar de que os outros gêneros que o formam (punk e rockabilly) já terem sido postados no Som de Peso.
Psychobilly é um estilo musical que, geralmente, mistura o punk e o rockabilly (às vezes uma pitada de surf music nisso tudo), e suas letras tem temas geralmente direcionados à filmes de terror, violência e sexualidade, entre outros tabus da sociedade que só se é possível comentar aberta e descontraidamente na música.
A banda que aqui será apresentada não é tão conhecida, principalmente por quem frequenta o blog, imagino, assim como todas do mesmo gênero. Se chama Voodoo Zombie. E é do Chile.
O Voodoo Zombie, por enquanto, tem apenas um disco oficial de estúdio e uma demo lançada em 2006, suas composições são clássicas do psychobilly, mas a voz feminina da vocalista, a lindíssima Katona, consegue dar o ar único da banda. Para dar mais um ar rockabilly ainda, a vocalista se veste à la pin up durante os shows da banda (maravilhosamente, diga-se de passagem haha).
A primeira música do único álbum lançado pela banda até agora, "Manicomio", tem a mistura do punk, com o rockabilly (o baixo faz essa parte com excelencia) e o reverb e notas prolongadas do surf music. Outra coisa interessantíssima é o fato do vocal ser em espanhol, o que deixa o som muito melhor, a voz da vocalista combina perfeitamente com sonoridade, que combina perfeitamente com o estilo e o peso equilibrado do disco.
Em "Abduccion" percebemos o quão difícil é definir pra que lado o som da banda é mais puxado, visto que conseguem mesclar 3 estilos diferentes tão bem, distorção do punk, baixo do rockabilly e momentos com uma pegada mais "praiana". Temos um solo curto, porém, bem destacado na música que segue com vocais um tanto quanto desesperados da vocalista.
"Tierra de Zombies" tem a influência clara do surf music que tanto comento aqui nessa postagem e, acredito, de Dick Dale. Além de, claro, ter uma letra que resumi bem o principal tema da banda e de todo o gênero musical num todo. ótima música, ótima!
Temos uma demonstração bem convincente da melodia na voz de Kata Zombie em "La Noche de San Juan", uma música mais "lenta", lembrando bastante músicas mexicanas e latinas no geral, com vocais femininos muito bonitos. Não se engane pela aparência e sonoridade da banda! Apresentam bastante talento para outros ritmos também.
Outro riff de surf, desta vez em "El twiste de La Pin Up Zombie", uma das grandes músicas do álbum, vocais de fundo bem simpáticos e a voz sexy de Katona Zombie enriquecendo a música com suas letras tenebrosas e variações do surf com o punk durante a canção, uma bateria muito precisa e com viradas clássicas completam essa incrível música.
A próxima música é, sem dúvida, uma das melhores do álbum, pelo menos para mim, é claro. "Pandemia" começa com outro riff básico da banda, letras sobre zumbis e vírus que contagiam todo o planeta e etc. Mas essa música tem algo de especial que a deixa diferente das outras, não sei dizer, é muito legal mesmo Tem um clipe bem bacana e independente, que eu recomendo que assistam logo depois de ouvi-la. Mas parece que a banda mostra seu entrosamento nessa música, não sei dizer. A distorção das guitarras dá mais ênfase nessa canção, com uma ótima performance da vocal e do restante da banda. Completamente viciante, sem dúvida alguma. Ouvirá a mesma várias outras vezes durante o dia, com certeza, haha.
"Camino de Sangre" tem uma velocidade impressionante e também é uma das minhas preferidas da banda, com um baixo bem destacado ao longo da banda e com uma melodia que gruda na cabeça, a pegada punk da banda mostrasse canaliza por completo nessa música, mas com a voz feminina diferenciando de todas as outras.

Voodoo Zombie é sem dúvida uma banda que DEVE continuar a fazer discos no mesmo estilo, mesma qualidade e com a mesma formação. Ótima banda, ótimo desempenho e um incrível primeiro álbum.
Obs. Tocarão na Virada Cultural em São Paulo esse ano, as 4h da manhã na Julio Prestes, ao lado de bandas como Irmandade do Blues, Misfits, Edgar Winter, Texas Hippie Coalition, Blitz e RPM. Vou tentar não perder, porque vai ser FODA!

Download do disco

Abraços obesos.

terça-feira, 29 de março de 2011

[Video] Flávio Guimarães e Donny Nichilo - Rock This House



Já estava para desligar o computador encerrar meu dia para começar outro acordando cedo e me preparando para o metrô lotado, quando peguei para ver esse vídeo que o meu primo havia me passado ontem pelo Orkut, pensei em deixar o vídeo para ver no dia seguinte mas comecei a ver e não conseguir pausa-lo de jeito nenhum, tinha que ver aquilo de novo.
Na verdade se trata de mais um blues, mais um vídeo de blues que posto aqui e acabo meio que fechando o blog um pouco mais dentro de um único gênero, mas prometo que vou acabar com essa espécie de segregação musical que ando criando, haha

Flávio Guimarães é um dos primeiros gaitistas profissionais que tivemos aqui no Brasil e, junto com o incrível Blues Etílicos, foi de ajuda indispensável para a popularização desse grande estilo musical no nosso país. E não estou falando apenas do blues, falo também da gaita, já que o músico e sua banda não tocam apenas o velho som norte-americano, o Blues Etílicos tem uma grande gama de sons, ritmos e vozes em suas músicas, dando um toque bem único ao som deles.
Nesse vídeo de um projeto solo de Flávio, temos as ilustres participações de grandes músicos nacionais tais como: Igor e Yuri Prado (do Prado Blues Band) e um dos grandes baixistas do blues nacional, que tive conhecimento de sua música recentemente e fiquei impressionado, Rodrigo Mantovani.
A gravação do DVD de Flávio foi feita ao lado de outro pianista do blues, só que desta vez  é um gringo! Donny Nichio.

Enfim, deleitem-se em mais uma pérola do blues, e com todo um toque do Brasil nele.
Dica: procurem ouvir o Blues Etílicos, uma das minhas bandas nacionais favoritas.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Stevie Ray Vaughan - Texas Flood (1983)

Finalmente voltei a postar aqui no Som de Peso, depois de um loongo período sem dar as caras por aqui e prometendo semanalmente ao Bruno que postaria algo toda semana. Mas, finalmente, estou de volta no blog e vou recomeçar aqui com um disco obrigatório para verdadeiros amantes do blues e da boa música e boa guitarra. O disco é Texas Flood, do mestre Stevie Ray Vaughan

O disco começa com a 'suave' Love Struck Baby, uma blues comum, que tem sua introdução em um grudento riff de guitarra e que abre muito bem o álbum. Acho que a sacada de SRV em colocar uma música mais calminha e sem tanta pegada no começo conseguiu enganar direitinho os que acreditavam que o disco seria mais um de blues, mais um clichê do blues. A música que procede Love Struck Baby entra nas suas bolas com toda a força e pegada de Ray Vaughan, 'Pride and Joy' foi um dos maiores sucessos da curta e brilhante carreira de Stevie Ray Vaughan e é uma música que resume perfeitamente bem todo o estilo e alma do músico, uma voz marcante e rouca com uma guitarra plugada em um amplificador valvulado e usando todo o peso e feeling que trouxe consigo do Texas.
Texas Flood dá continuação ao brilhantismo musical de Stevie Ray Vaughan e mostra todo o seu talento quando se trata de músicas mais longas e lentas, com diversas frases incríveis em sua guitarra que estala em seus ouvidos com toda a força, fazendo-o fechar os olhos, curtir e sentir a musicalidade do artista.
Em "Tell Me" podemos ver mais um blues comum, ao estilo da música que abre esse disco, porém, dessa vez, com toda a pegada de SRV de sua maravilhosa banda que o acompanhava, o Double Trouble. O solo da música é bem rápido e com um ritmo um tanto quanto frenético e bastante extenso. Ótima música.
"Testify" é outra bastante conhecida dele, um instrumental muito bem tocado, um espécie de blues rock muito diferente do que estavam acostumados na época e até os dias de hoje. A cada faixa que passa parece que a musicalidade desse incrível texano não acaba ou desce um nível, está sempre ascendendo e surpreendendo. Pegada completamente única e velocidade simplesmente incrível, o riff de entrada ficará na sua cabeça por horas e te fará ouvir várias e várias vezes de novo
Um dos melhores instrumentais da carreira de SRV está nesse disco, e se chama "Rude Mood". A música com claras influencias de mestres como Clapton e Albert King (como o próprio músico disse em entrevista uma vez) música tem uma sonoridade meio que especial, um som sujo, como o próprio nome propõe, um gigante solo de guitarra com uma música de fundo só dando base para tudo aquilo, não tem como não abrir a boca de impressionado com a velocidade que os dedos do cara possuem, e tudo isso somado aos mais profundos sentimentos desse texano.
Outra que era presença constante nos shows do SRV & Double Trouble é "Mary Had A Little Lamb", música tradiconal que a banda musicou com maestria e permanece sendo adorada por muitos e tocada em muitos filmes até hoje, nessa podemos ouvir a voz mais calma de Stevie, não tão rouca ou estalada como sua guitarra, frases e solos se destacam durante toda a duraçao da canção.
Mais um slow blues dá a sua cara com "Dirty Pool" e temos um longo e maravilhosamente bem tocado solo de guitarra do mestre, e temos solos constantes durante toda a música.
A introdução de "I'm Cryin'" vai fazer-te lembrar muito da guitarra de "Pride and Joy", a música no geral lembra muito a já citada acima, mas o solo tem toda a característica diferenciada de Ray Vaughan.
A última e brilhante música desse incrível disco é belíssima "Lenny", outra que é, pra mim, um dos melhores instrumentais de Stevie e tem um feeling de dar inveja em qualquer músico que você imaginar, essa música longa e absurdamente bem tocada fecha esse disco fodido com maestria, um disco que todo fã de verdade de blues deve ouvir e ama-lo com todas as forças, as frases e solos que Vaughan apresenta nessa última faixa te fazem relaxar e ouvir pelo menos mais duas vezes seguidas o disco e procurar ouvir mais desse Gigante da música, o cara que revolucionou o blues nos anos 80, uma época em que o eletrônico dominava e saturava todo o mundo, músicos como Stevie Ray Vaughan mudaram toda uma época.

Download do disco.

Abraços obesos!