quarta-feira, 24 de novembro de 2010

The Brian Jonestown Massacre - Thank God For Mental Illness (1995)

Antes de mais nada (Ou de acabar esquecendo), quem escreveu esse post não fui eu (Hernan) nem o Bruno e sim nosso amigo Gabriel, o maior fã de BJM (um dos únicos) e já que ele estava me pedindo pra escrever algo sobre a banda desde que criamos o blog, decidi dar as honras à ele e deixa-lo escrever o post para postar nesse maravilhoso blog. Mas antes vou dar uma introdução básica sobre a banda e etc.
O Brian Jonestwon Massacre é uma banda criada em meados dos anos 90 em San Francisco na Califórnia, e é até que bastante conhecida lá fora, principalmente nos EUA, enquanto que aqui no Brasil é raro você achar alguém ouvindo-a (mas, claro, sempre acha)
A banda ganhou bastante fama por causa de seus concertos barulhentos e das muitas brigas entre os integrantes durante as apresentações (sempre por culpa do vocalista e multi-instrumentista, Anton Newcombe)
A banda tem váários integrantes para as mais variadas funções, da guitarra até a meia-lua, dando um som bem único e extremamente rico para o grupo.

Agora fiquem com a parte do Gabriel. Abraços obesos =]

O disco começa com a hispânica “Spanish Bee”.  Com grande influência do flamenco, o que mostra a grande mescla de ritmos e sons que formam o subestimado BJM. Como de costume Anton Newcombe, vocalista e multi-instrumentista (ele consegue tocar aproximadamente 80 instrumentos haha) gravou essa música sozinho, os violões, percussão e vocais.
“It Girl” é a segunda faixa e cria uma atmosfera mais folk, lembrando ao começo de carreira dos Stones. Também nela percebemos o uso da famosa Vox teardrop, guitarra favorita de Anton Newcombe, que era usada  por Brian Jones entre os anos iniciais dos pedras rolantes.
“13” é uma mistura de blues e country. A letra aborda um tema um tanto quanto machista e pedófilo (haha), percebemos isso só por esse trecho: “you’re the girl I’d marry, if you’d only take my hand. well i know you’re only 13 honey, but i hope you understand“
Vamos agora a minha faixa favorita, não apenas do disco mas da carreira inteira do BJM. “Ballad Of Jim Jones”. Seu título faz referência ao reverendo Jim Jones, fundador da Jonestown na Guiana, também responsável pelo suicídio coletivo de aproximadamente 900 pessoas (seus seguidores eram capazes de se matar por ele, e alguns homens chegavam a ter casos homossexuais com o sujeito). Anton Newcombe nunca foi um cara normal. Percebemos isso porque ele faz cultos a pessoas como Charles Manson e o próprio Jim Jones, e acabou por dedicar essa música ao seu “ídolo”. O uso de gaitas cria uma aproximação a harmônica desafinada de Bob Dylan. “Ballad Of Jim Jones” dá um ar bem folk 60’s ao disco.
“Those Memories” é um folk-country bem simples com os vocais emprestados de Miranda Lee Richards que entram em harmonia com o timbre desafinado de Anton Newcombe.
“Stars” faz referência ao folk-psicodélico do final dos anos 60, tais como Donovan, The Incredible String Band, entre outros...  Provavelmente a mais melancólica do disco inteiro. Mas não por isso que não é boa.
“Free and Easy, Take 2” segue os moldes de “Those Memories” e dá uma animada no disco por ter uma base no folk e no country. Com vocais bem harmonizados entram em conjunto com o violão e a harmônica. É uma boa música, apesar da simplicidade nas letras e nos acordes.
“Down” , a música mais chata do disco inteiro, é algo que ao ouvir nós pensamos e percebemos o quão inútil é sua presença no álbum. Talvez a mais melancólica depois de “Stars”.
“’Cause I Love Her” é usada também no álbum “Their Satanic Majesties’ Second Request” só que com o nome de “(Baby) Love Of My Life”. Sua melodia cria uma nostalgia e é o tipo de música que conseguimos escutar 200 vezes seguidas, e sem se cansar, talvez por ter apenas 1:14 de duração.
“Too Crazy To Care” sem sair da linha e dos moldes do “Thank God...” (e começando com o típico 1-2-3, 1-2-3. Haha). Essa música com suas guitarras psicodélicas nos lembram do folk rock e o rock psicodélico dos anos 60, e mesmo sendo instrumental consegue dizer tudo sem letra alguma.
“Talk-Action=Shit”, nessa faixa Anton critica a música do cenário atual (no caso dos anos 90), e provavelmente faz uma crítica a Courtney Taylor-Taylor, ao mesmo tempo seu melhor amigo e pior inimigo, vocalista dos Dandy Warhols que aparece no documentário DiG! mostrando a desastrada e subestimada carreira do BJM enquanto os Dandies seguiam rumo ao sucesso e mainstream.
“True Love” Aos moldes de “Stars” segue uma linha melancólica voltada ao folk psicodélico dos anos 60.
“Sound Of Confusion” é a faixa mais longa com seus poucos 33:03 de duração. Anton reuniu todo o BJM no estúdio e juntos eles gravaram sua introdução que imita uma rua movimentada. O barulho dos carros foram feitos por Anton, Joel e Matt com as próprias bocas (como eles conseguiram isso, eu não sei. Porque os sons de carros são muito parecidos com carros reais). A música engloba 5 outras músicas, “Fire Song”, “Fuck You For Fucking Me”, “Spun” (que seria lançada mais tarde sozinha no Strung Out In Heaven de 98), “Kid’s Garden” (lançada no seu ep inicial Spacegirl & Other Favorites) e “Wasted” (também lançada anteriormente no depressivo Methodrone). Apesar de longa é uma faixa interessante e faz uma mescla de estilos que abordam desde o shoegaze e jangle pop.

Abraços (não tão) obesos. 

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