quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Morphine - Yes (1995)


Boa noite pra todos os leitores! (: Primeiro acho que devo me apresentar, afinal, eu não sou o Hernan ou o Bruno. Pra quem não me conhece, Viviane, mas faça o favor de só chamar de Viviz. Maaais uma gordinha pro Som de Peso.
E agora sim, vamos ao que interessa: as honras musicais.
Escolhi como álbum pra minha primeira postagem o Yes, o terceiro de estúdio da banda americana Morphine. Um álbum tão bipolar, excêntrico e alternativo quanto eu mesma. haha
Falando um pouco mais sobre a banda: O Morphine foi uma banda formada no finalzinho dos anos 80 pelo gênio musical Mark Sandman que representava uma raridade: um dos poucos baixistas que são vocalistas também. Além dele integravam a banda o saxofonista Dana Colley e o baterista Billy Conway.
O disco sobre o qual vou falar, conta com 12 faixas intensas e extremamente fáceis de gostar. A primeira "Honey White" é a mais animada e contagiante do disco, tendo na sua introdução um solo de sax daqueles que fazem até morto sentir vontade de dançar. É a partir da segunda faixa, "Scratch" que dá pra começar a sentir porquê eu chamo o disco de bipolar. Se Honey White era só felicidade, Scratch apresenta versos que traduzidos para o português diriam algo como "Eu perdi tudo o que eu tinha / Estou começando do zero". Em seguida, é apresentado ao ouvinte a sequência "Radar / Whisper" que é a dose blues do álbum. Ambas as faixas são carregadas desse estilo tanto musicalmente quanto nas letras. E então finalmente chegamos na faixa que dá nome ao álbum. "Yes" é uma mistura de tudo o que você ouviu até agora: tão contagiante quanto Honey White, tão impregnante quanto a letra de Scratch e tão blues quanto Radar ou Whisper. Aprecio demais a escolha dela para denominar o disco, afinal, pra mim, Yes diz muito sobre toda a essência do Morphine enquanto banda. E é então que depois de um bom blues, vem o pop. É só se atentar a maneira como Sandman canta a próxima canção "All Your Way" de letra menos dramática, e melodia mais simples que as demais. O lado sexy (posso chamar de sexy? haha) vem com "Super Sex" em que todos os elementos da música, com o perdão da expressão, dão vontade de transar. (é sério ...) Desde o sax tocado de maneira extremamente sensual até a voz de Mark, super sussurrada. Um deleite (transem com essa faixa, vão por mim). E aí então, quando você não espera mais nenhuma surpresa ... você realmente não tem! "I Had My Chance" parece ser uma daquelas faixas que as bandas colocam nos álbuns apenas pra preenchê-los. Mas então, no melhor estilo poético, vem "The Jury" uma melodia simples, mas perfeita com uma letra inteira declamada. Sandman não dá nenhuma entonação mais cantada a The Jury, apenas pega as palavras e fala, como em um diálogo. Depois disso, você está quase morrendo. Tantas letras profundas, tanto espírito blues/jazz que você já nem mais vê o céu tão azul (dramatizei lindamente, falaê), aí o disco te apresenta "Sharks", uma música que te levanta novamente do mais profundo blues pro espírito em que o negócio começou: o jeito feliz-enjoy the life da primeira faixa. E então faltando apenas duas músicas para o fim é que vocês vão poder perceber e sentir comigo a bipolaridade genial desse disco. A penúltima "Free Love" é uma daquelas melodias agonizantes, que você não sabe o por que, mas sente o porquê de estar sendo puxado aos seus pensamentos mais loucos. O álbum poderia acabar assim ... mas não acaba. Ele guarda para o final, para a última canção, a melhor letra, melodia, interpretação: "Gone for Good" é tão linda, é tão um agrado aos seus ouvidos, é tão pulsante, que eu prefiro nem comentá-la. Vê se pega o link aí e baixa, vai.

Beijos (quase) Obesos.

Download do disco

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