quarta-feira, 4 de maio de 2011

Playing For Change






O projeto "Playing For Change" trata-se de uma iniciativa pra juntar o mundo através da melhor coisa do mundo. Música. Aqui, mostra-se que todos somos iguais,independentemente de raça, religião, região...
O projeto quer apenas dizer que a música deve e pode ultrapassar qualquer barreira criada por nós mesmos.
Ao longo do projeto, decidiram que não era suficiente apenas gravar músicas e divulgá-las para o mundo; queriam criar uma maneira de retribuir tudo que os músicos e suas comunidades haviam compartilhado conosco. Em 2007 criaram a fundação Playing For Change, uma empresa sem fins lucrativos cuja missão é fazer exatamente isso.

Este será um post com pouco material escrito,mas o importante é a mensagem que ele está passando. Deixem preconceitos de lado, caros amigos, e apenas curtam o que a vida/o blog tem melhor para oferecer, MÚSICA!

Abraços Obesos!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Especial Manguebeat: Caranguejos com cérebro de Recife.

O símbolo do Manguebeat.
Um dos estilos e movimento mais maravilhosos e marcantes da história do nosso país. Essa é uma frase que defino o Manguebeat, um movimento criado no começo dos anos 90 por jovens amigos que queriam acabar com a depressão social generalizada que encontrava-se em Recife, cidade que, na época, foi eleita como a quarta pior para se viver no MUNDO.
O Manguebeat contém influências de ritmos originais de Pernambuco, como o famoso Maracatu, frevo e etc, ao rock, hip hop, funk, punk, hardcore e música eletrônica. Resumindo, o estilo era incrivelmente rico em estilos musicais, culturais e ideológicos.
Chico Science
E o principal difundidor desse movimento e principal cérebro por trás de toda a maravilha desse gênero musical, é o saudoso Chico Science, que tinha como seguidores de suas idéias o grupo Nação Zumbi. Outro grande nome do Manguebeat que, junto com Chico, formou tal cena em Recife, foi Fred 04, da banda Mundo Livre S/A. Ele é o que poderíamos dizer que deu início verdadeiramente ao chamado Manguebit, depois que publicou em 1992 o primeiro Manifesto do Mangue, no qual explicava as propostas do movimento. Foi chamado de Caranguejos com cérebro.
O nome Mangue, vem do fato de que o mangue de Pernambuco apresenta uma das maiores bio-diversidades do planeta, e a situação de Recife na época estava acabando com toda essa cultura de seres vivos incríveis. A proposta dos músicos era fazer uma música que fosse tão diversificada e rica culturalmente que nem o mangue, daí que podemos ver as mais diversas influências. Do Maracatu ao Punk rock, passando pelo samba, rock, frevo e funk.
O Manguebeat sofreu uma baixa lastimável no ano de 1997, quando o vocalista, gênio e um dos maiores artistas do Brasil contemporâneo, Chico Science, morreu em um acidente de automóvel.

Nação Zumbi
Bom, como vocês poderão perceber, o post de hoje será um tanto quanto diferente dos outros. Não irei dissecar um álbum faixa a faixa, e sim tentar resumir (bem humildemente) todo um estilo musical, um dos mais importantes do nosso Brasil, como já mencionei acima. Tentei contar um pouco do mestre Chico Science, um dos últimos gênios que a arte brasileira teve, e da influência de Fred 04 para a cena de Pernambuco nos anos 90.

Na verdade, meu resumo sobre o estilo já foi escrito. O que pretendia fazer era postar um trecho do Primeiro Manifesto do Mangue, escrito em 1992, pelo Fred 04, e colocar mais alguns links para download de pelo menos três bandas importantíssimas na formação do Manguebeat no início dos anos 90. O Mundo Livre S/A, o Sheik Tosado e, obviamente, Chico Science e Nação Zumbi.

Antes de linkar os álbuns aqui para vocês, gostaria de colocar o trecho final do Manifesto.
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Mangue, a cena
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.
Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.
Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.
Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.
Leia o Manifesto na íntegra
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Fred ZeroQuatro, uma das mais importantes figuras do Movimento
Acho que lendo esse trecho final do texto de Fred 04, podemos ver bem a situação em que os moradores de recife se encontravam social e psicologicamente. Recomendo que leiam todo o texto, que não é nada grande, e tentem entender mais sobre esse estilo incrível que é o Manguebit, ou Manguebeat, ou Mangue.
Mundo Livre S/A


segunda-feira, 18 de abril de 2011

The Vaccines - What Did You Expect From The Vaccines? (2011)

Comentei, via twitter, que ia postar alguma coisa mais puxada para o indie na próxima postagem do blog. Escolhi uma banda nova (conheci há pouco mais de três semanas) no estilo e no cenário musical, o The Vaccines, e o seu primeiro e único disco até agora, "What Did You Expect From The Vaccines?"
Comecei a dar mais atenção a esse estilo recentemente, praticamente na mesma época em que comecei a ouvir a citada banda, e estou realmente viciado no indie atual, haha. Eu andava meio desacreditado com o andamento que a música contemporânea havia levado, mas são com bandas jovens como The Vaccines e etc, que até pensamos que há um pouco de esperança na música.

Os ingleses do Vaccines abrem seu álbum com uma música perfeita para tal. "Wreckin' Bar (Ra Ra Ra)" é uma daquelas músicas que qualquer tipo de pessoa gosta. Animada, rápida, com vocais entusiasmados e bem curta. Não tem como não ouvir ela dezessete vezes por dia, vão por mim. O refrão com certeza ficará na sua mente por umas duas semanas seguidas.
Uma das características da banda é a habilidade de fazer refrões grudentos junto com músicas simples. "If You Wanna" é um bom exemplo disso, com vocais cantados um tanto quanto arrastados, como se estivesse cansado ou com sono (outra marca deles. De todo o estilo, na verdade.) com letras que falam de relacionamentos, festas e outras coisas no gênero.
Achei o riff de "Blow It Up" bem harmonioso, bem legal e tal. O refrão dessa música, não sei o motivo, me lembra DEMAIS a música "I Should Have Known Better", dos Beatles.
"Wetsuit" tem um começo que me parece feito por um violoncelo, ou um teclado/sintetizador bem no grave, mas não vou me arriscar a afirmar nada, porque não tenho ouvido absoluto. haha. A música mantém o ritmo mais parado e com refrão grudento, uma música mais calma que suas antecessoras.
O riff de "Norgaard" deixa claro a influência de Garage Rock da banda, mantendo um estilo mais agitado e animado, podemos ver nessa as diversas inspirações da banda.
Um dos singles do disco, "Post Break Up Sex" é outra com uma levada contínua e refrão grudento, letra bem interessante (aposto que muitos (as) jovens vão se identificar com essa) uma música e letra que abrangem bem o que muitos jovens sentem muitas vezes.
Um riff bem interessante em "Wolf Pack", que mostra mais um pouco das influências sessentistas e oitentistas da banda. O riff dá suas caras apenas no começo da música, como se quisessem mostrar para todos que não é só o indie e o alternativo que os inspiram. Deixam o riff no começo e depois partem para o que eles tocam normalmente. Utilizam suas influências de modo bem interessante. Pegando referências diretas e colocando em suas músicas, no começo, meio ou fim. Não se apegando diretamente ao estilo que tocam e esquecendo dos que fizeram sua formação musical.

Não sei se escrevi pura bobagem aqui ou se alguma coisa do meu texto tem coerência com a realidade. Aposto que muito indie/hipster vai meter o pau na minha avaliação, mas não posso fazer nada quanto a isso. De qualquer modo, apenas baixe o álbum e curta o som. Porque é bom, e é pra isso que eu escrevo nesse blog.

Abraços obesos!

Download do disco

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Voodoo Zombie - Voodoo Zombie (2008)

 Um estilo inédito no blog dará a sua cara finalmente. Gênero bem diferente de todos os que estamos acostumados a divulgar aqui nesse espaço, apesar de que os outros gêneros que o formam (punk e rockabilly) já terem sido postados no Som de Peso.
Psychobilly é um estilo musical que, geralmente, mistura o punk e o rockabilly (às vezes uma pitada de surf music nisso tudo), e suas letras tem temas geralmente direcionados à filmes de terror, violência e sexualidade, entre outros tabus da sociedade que só se é possível comentar aberta e descontraidamente na música.
A banda que aqui será apresentada não é tão conhecida, principalmente por quem frequenta o blog, imagino, assim como todas do mesmo gênero. Se chama Voodoo Zombie. E é do Chile.
O Voodoo Zombie, por enquanto, tem apenas um disco oficial de estúdio e uma demo lançada em 2006, suas composições são clássicas do psychobilly, mas a voz feminina da vocalista, a lindíssima Katona, consegue dar o ar único da banda. Para dar mais um ar rockabilly ainda, a vocalista se veste à la pin up durante os shows da banda (maravilhosamente, diga-se de passagem haha).
A primeira música do único álbum lançado pela banda até agora, "Manicomio", tem a mistura do punk, com o rockabilly (o baixo faz essa parte com excelencia) e o reverb e notas prolongadas do surf music. Outra coisa interessantíssima é o fato do vocal ser em espanhol, o que deixa o som muito melhor, a voz da vocalista combina perfeitamente com sonoridade, que combina perfeitamente com o estilo e o peso equilibrado do disco.
Em "Abduccion" percebemos o quão difícil é definir pra que lado o som da banda é mais puxado, visto que conseguem mesclar 3 estilos diferentes tão bem, distorção do punk, baixo do rockabilly e momentos com uma pegada mais "praiana". Temos um solo curto, porém, bem destacado na música que segue com vocais um tanto quanto desesperados da vocalista.
"Tierra de Zombies" tem a influência clara do surf music que tanto comento aqui nessa postagem e, acredito, de Dick Dale. Além de, claro, ter uma letra que resumi bem o principal tema da banda e de todo o gênero musical num todo. ótima música, ótima!
Temos uma demonstração bem convincente da melodia na voz de Kata Zombie em "La Noche de San Juan", uma música mais "lenta", lembrando bastante músicas mexicanas e latinas no geral, com vocais femininos muito bonitos. Não se engane pela aparência e sonoridade da banda! Apresentam bastante talento para outros ritmos também.
Outro riff de surf, desta vez em "El twiste de La Pin Up Zombie", uma das grandes músicas do álbum, vocais de fundo bem simpáticos e a voz sexy de Katona Zombie enriquecendo a música com suas letras tenebrosas e variações do surf com o punk durante a canção, uma bateria muito precisa e com viradas clássicas completam essa incrível música.
A próxima música é, sem dúvida, uma das melhores do álbum, pelo menos para mim, é claro. "Pandemia" começa com outro riff básico da banda, letras sobre zumbis e vírus que contagiam todo o planeta e etc. Mas essa música tem algo de especial que a deixa diferente das outras, não sei dizer, é muito legal mesmo Tem um clipe bem bacana e independente, que eu recomendo que assistam logo depois de ouvi-la. Mas parece que a banda mostra seu entrosamento nessa música, não sei dizer. A distorção das guitarras dá mais ênfase nessa canção, com uma ótima performance da vocal e do restante da banda. Completamente viciante, sem dúvida alguma. Ouvirá a mesma várias outras vezes durante o dia, com certeza, haha.
"Camino de Sangre" tem uma velocidade impressionante e também é uma das minhas preferidas da banda, com um baixo bem destacado ao longo da banda e com uma melodia que gruda na cabeça, a pegada punk da banda mostrasse canaliza por completo nessa música, mas com a voz feminina diferenciando de todas as outras.

Voodoo Zombie é sem dúvida uma banda que DEVE continuar a fazer discos no mesmo estilo, mesma qualidade e com a mesma formação. Ótima banda, ótimo desempenho e um incrível primeiro álbum.
Obs. Tocarão na Virada Cultural em São Paulo esse ano, as 4h da manhã na Julio Prestes, ao lado de bandas como Irmandade do Blues, Misfits, Edgar Winter, Texas Hippie Coalition, Blitz e RPM. Vou tentar não perder, porque vai ser FODA!

Download do disco

Abraços obesos.

terça-feira, 29 de março de 2011

[Video] Flávio Guimarães e Donny Nichilo - Rock This House



Já estava para desligar o computador encerrar meu dia para começar outro acordando cedo e me preparando para o metrô lotado, quando peguei para ver esse vídeo que o meu primo havia me passado ontem pelo Orkut, pensei em deixar o vídeo para ver no dia seguinte mas comecei a ver e não conseguir pausa-lo de jeito nenhum, tinha que ver aquilo de novo.
Na verdade se trata de mais um blues, mais um vídeo de blues que posto aqui e acabo meio que fechando o blog um pouco mais dentro de um único gênero, mas prometo que vou acabar com essa espécie de segregação musical que ando criando, haha

Flávio Guimarães é um dos primeiros gaitistas profissionais que tivemos aqui no Brasil e, junto com o incrível Blues Etílicos, foi de ajuda indispensável para a popularização desse grande estilo musical no nosso país. E não estou falando apenas do blues, falo também da gaita, já que o músico e sua banda não tocam apenas o velho som norte-americano, o Blues Etílicos tem uma grande gama de sons, ritmos e vozes em suas músicas, dando um toque bem único ao som deles.
Nesse vídeo de um projeto solo de Flávio, temos as ilustres participações de grandes músicos nacionais tais como: Igor e Yuri Prado (do Prado Blues Band) e um dos grandes baixistas do blues nacional, que tive conhecimento de sua música recentemente e fiquei impressionado, Rodrigo Mantovani.
A gravação do DVD de Flávio foi feita ao lado de outro pianista do blues, só que desta vez  é um gringo! Donny Nichio.

Enfim, deleitem-se em mais uma pérola do blues, e com todo um toque do Brasil nele.
Dica: procurem ouvir o Blues Etílicos, uma das minhas bandas nacionais favoritas.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Stevie Ray Vaughan - Texas Flood (1983)

Finalmente voltei a postar aqui no Som de Peso, depois de um loongo período sem dar as caras por aqui e prometendo semanalmente ao Bruno que postaria algo toda semana. Mas, finalmente, estou de volta no blog e vou recomeçar aqui com um disco obrigatório para verdadeiros amantes do blues e da boa música e boa guitarra. O disco é Texas Flood, do mestre Stevie Ray Vaughan

O disco começa com a 'suave' Love Struck Baby, uma blues comum, que tem sua introdução em um grudento riff de guitarra e que abre muito bem o álbum. Acho que a sacada de SRV em colocar uma música mais calminha e sem tanta pegada no começo conseguiu enganar direitinho os que acreditavam que o disco seria mais um de blues, mais um clichê do blues. A música que procede Love Struck Baby entra nas suas bolas com toda a força e pegada de Ray Vaughan, 'Pride and Joy' foi um dos maiores sucessos da curta e brilhante carreira de Stevie Ray Vaughan e é uma música que resume perfeitamente bem todo o estilo e alma do músico, uma voz marcante e rouca com uma guitarra plugada em um amplificador valvulado e usando todo o peso e feeling que trouxe consigo do Texas.
Texas Flood dá continuação ao brilhantismo musical de Stevie Ray Vaughan e mostra todo o seu talento quando se trata de músicas mais longas e lentas, com diversas frases incríveis em sua guitarra que estala em seus ouvidos com toda a força, fazendo-o fechar os olhos, curtir e sentir a musicalidade do artista.
Em "Tell Me" podemos ver mais um blues comum, ao estilo da música que abre esse disco, porém, dessa vez, com toda a pegada de SRV de sua maravilhosa banda que o acompanhava, o Double Trouble. O solo da música é bem rápido e com um ritmo um tanto quanto frenético e bastante extenso. Ótima música.
"Testify" é outra bastante conhecida dele, um instrumental muito bem tocado, um espécie de blues rock muito diferente do que estavam acostumados na época e até os dias de hoje. A cada faixa que passa parece que a musicalidade desse incrível texano não acaba ou desce um nível, está sempre ascendendo e surpreendendo. Pegada completamente única e velocidade simplesmente incrível, o riff de entrada ficará na sua cabeça por horas e te fará ouvir várias e várias vezes de novo
Um dos melhores instrumentais da carreira de SRV está nesse disco, e se chama "Rude Mood". A música com claras influencias de mestres como Clapton e Albert King (como o próprio músico disse em entrevista uma vez) música tem uma sonoridade meio que especial, um som sujo, como o próprio nome propõe, um gigante solo de guitarra com uma música de fundo só dando base para tudo aquilo, não tem como não abrir a boca de impressionado com a velocidade que os dedos do cara possuem, e tudo isso somado aos mais profundos sentimentos desse texano.
Outra que era presença constante nos shows do SRV & Double Trouble é "Mary Had A Little Lamb", música tradiconal que a banda musicou com maestria e permanece sendo adorada por muitos e tocada em muitos filmes até hoje, nessa podemos ouvir a voz mais calma de Stevie, não tão rouca ou estalada como sua guitarra, frases e solos se destacam durante toda a duraçao da canção.
Mais um slow blues dá a sua cara com "Dirty Pool" e temos um longo e maravilhosamente bem tocado solo de guitarra do mestre, e temos solos constantes durante toda a música.
A introdução de "I'm Cryin'" vai fazer-te lembrar muito da guitarra de "Pride and Joy", a música no geral lembra muito a já citada acima, mas o solo tem toda a característica diferenciada de Ray Vaughan.
A última e brilhante música desse incrível disco é belíssima "Lenny", outra que é, pra mim, um dos melhores instrumentais de Stevie e tem um feeling de dar inveja em qualquer músico que você imaginar, essa música longa e absurdamente bem tocada fecha esse disco fodido com maestria, um disco que todo fã de verdade de blues deve ouvir e ama-lo com todas as forças, as frases e solos que Vaughan apresenta nessa última faixa te fazem relaxar e ouvir pelo menos mais duas vezes seguidas o disco e procurar ouvir mais desse Gigante da música, o cara que revolucionou o blues nos anos 80, uma época em que o eletrônico dominava e saturava todo o mundo, músicos como Stevie Ray Vaughan mudaram toda uma época.

Download do disco.

Abraços obesos!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sandrose - Sandrose


Sandrose é uma banda francesa de rock progressivo sinfônico.Este álbum é pouco desconhecido,mas isso não tira o mérito de ser um clássico.Foi gravado em 1972 e possui belas melodias no Hammond e no Mellotron,dando o ar sinfônico ao disco.
A primeira faixa " Vision " começa com uma guitarra que,para mim, lembra muito um violão de flamenco,não sei por que.
Depois em " Never Good At Sayin' Good-Bye " já temos uma música mais calminha,sem os vocais gritantes de Rose Podwojny,que são predominantes no resto do disco.
A terceira faixa " Underground Session " é a mais longa do disco,com 11 minutos.Ela começa com um duo de baixo e teclado,onde entram depois os backing vocals e mais pra frente um maravilhoso e muito bem feito solo de guitarra,além do solo de teclado feito com maestria.Sem dúvida é a melhor faixa do álbum todo,apesar do comprimento da faixa.
Posteriormente,temos " Old Dom Is Dead" começando com uma guitarra bem dramática e backing vocals.Maravilhosa música,pena que a vocalista grita muito no final da música....
Em " Take To Him Away" predomina o Hammond,que conduz a música muito bem.

Este é um disco maravilhosa,com melodias bem simples,mas muito bem trabalhadas.Na minha opinião,o que realmente atrapalha um pouco em sua audição é o vocal extremamente gritante em algumas músicas.Clássicão do prog francês.

Download do Disco

Abraços Obesos!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Biglietto Per L'inferno - Biglietto Per L'inferno

Vou escrever sobre este maravilhoso álbum de rock progressivo/hard rock italiano,que com certeza foi um dos álbuns mais importantes para o progressivo fora do eixo EUA-Inglaterra-Alemanha.

A banda Biglietto per l'inferno foi formada em 1972,dois anos antes do álbum homônimo.É um disco magnifíco,com inclusões pontuais de teclados e flautas,embalados por letras fortíssimas.Pena que só possui cinco faixas...

Na primeira faixa,"Ansia", vemos os toques de flauta,guiados ora por um piano,ora por um Hammond(som de órgão de igrja,mais ou menos),que dá o tom progressivo do álbum.
Seguido de "Confessione" temos um lado mais hard rock,com uma letra dizendo se o assassinato cometido pelo eu lírico foi legítimo ou não.

Depois vem "Una Strana Regina" temos o som do Hammond de novo,acompanhado de um Mini-Moog.Esta música possui uma mudança de ritmo impressionante,guiada pela flauta do vocalista.Depois,ela volta a ser calma,retornando a um ritmo mais caótico,liderada desta vez pela guitarra.
A quarta música se chama "Il Nevare" e é uma das mais calminhas do disco.Novamente,predominam a flauta e o Hammond,mas sem esquecermos de uma boa linha de baixo e riffs marcantes de guitarra.
A próxima faixa "L'Amico Suicida" tem treze minutos e é a melhor faixa do álbum. Realmente a música tem um tom meio assombroso,como se fosse uma preparação para o suicídio,depois a hora do ato e finalizando com o descanso em paz(?).

Enfim,para os amantes do hard/prog rock,este é um álbum indispensável.

Download do Disco

Abraços Obesos!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

John Frusciante - Curtains





Depois de nossas férias aqui no blog,vou postar um dos meus discos favoritos.Este álbum faz parte da carreira solo do ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers.Foi produzido em 2005 e tem a participação de vários amigos de frusciante, como Flea, Josh Klinghoffer( atual guitarrista do RHCP), Omar Rodríguez-López , entre outros.
O disco é super intimista,mostrando um John Frusciante que não vemos no Red Hot.Aqui,podemos vê-lo tocando piano e contrabaixo também.

A primeira faixa "The Past Recedes" é uma linda canção que alterna entre 3/4 e 4/4.Essa música é única que possui um clipe da carreira de Frusciante.
Temos depois "Anne" em que faz uma belíssima mistura melódica entre o violão e sua voz na garganta.
"The Real",assim como a maioria das músicas do álbum é somente violão e voz,mas não deixa de ter uma das mais belas letras de todo disco.
"A Name" é outra linda música,finalizada com maestria por uma simples linha de gaita.
Em "Hope",podemos ver o quão Frusciante é uma pessoa triste,pois insiste em mostrar que a esperança do mundo acabou e tudo se tornará trevas.
Mais tarde em "Time Tonight" temos uma das especialidades de John:cantar em falsete.
Essa música é uma das mais belas já compostas em todos os tempos.
Depois em "Leap Your Bar",vemos o talento de John ao tocar piano com maestria.

Enfim,é um álbum melancólico,perfeito para se ouvir deitado na cama para pensar sobre sua vida.Altamente recomendado!

Download do Disco

Abraços Obesos!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

[Vídeo] Paul McCartney & Rockestra - Lucille (1979)


Eu tava querendo começar as postagens do ano com um disco, mas hoje me peguei assistindo novamente esse vídeo maravilhoso do Concerts for the People of Kampuchea, de 1979. Show organizado por Paul McCartney e Kurt Waldheim para arrecadar dinheiro para as vítimas da guerra no Camboja e Vietnam.
Esses dois dias de apresentação contaram com os mais diversos artistas da época, artistas conhecidos e outros que estavam começando a fazer sucesso, como o The Clash e o The Pretenders. Contavam ainda bandas como: The Who, Wings, Elvis Costelo, The Specials e integrantes de várias outras bandas, como Robert Plant e John Paul Jones, do Zeppelin.

O vídeo que postarei é uma apresentação de todos os músicos juntos, no último dia e última apresentação de todo esse espetáculo sem igual.
A música é Lucille, do Wings, interpretada pela Rockestra (trocadillho bem pensado) e, mesmo com a qualidade do vídeo não sendo das melhores, já da pra ver o que uma porção de gênios da música não faz num palco, um som que pesava mais de duas toneladas nos seus ouvidos. Só os melhores.
Ah sim, no meio da gravação você irá reparar que Pete Townshend, do Who, aparece com uma cara de lunático do lado de Paul e não está usando o "uniforme" da Rockestra. Isso ocorre porque ela estava completamente bêbado antes da gravação e se recusou a usar o uniforme, Pete nessa época sofria com os problemas de drogas e álcool, mas que é engraçado..é haha
E pra quem quiser saber quem são os músicos que formam a Rockestra(que são muitos), basta prestar atenção em Billy Connoly no começo do vídeo, que ele cita a todos um por um.

Abraços obesos!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ausência coletiva.

Olá pessoal que costuma ler o blog, estou aqui em nome dos 4 integrantes do Som de Peso pedindo desculpas pela nossa ausência geral nesses últimos 20 dias, aproximadamente.
Quem entra aqui de vez em quando deve ter percebido que não tem postagem nova desde o dia 30 de dezembro..e devem ter imaginado que ficou parado tanto tempo por causa das férias, né? Se não imaginou isso: Não, o blog não parou e vamos continuar com postagens musicais por aqui por um loongo tempo, eu espero =]
Mas sabem como é, né? Férias: alguns viajam, outros passeiam, outros viajam e passeiam, outros não fazem nada e coçam o saco o dia inteiro.
E foi exatamente isso que nós todos fizemos e estamos nos sentindo muito bem hahaha.
Bom, feliz ano novo atrasadão pra todo mundo que acompanha o blog, feliz ano novo também pra quem só vem aqui de vez em nunca quando não tem nada melhor pra fazer..e feliz ano novo também pra quem acha isso aqui um lixo, porque as pessoas boas devem amar seus inimigos. HAHAHA

E que esse ano possamos, nós quatro, influenciar musicalmente uma cacetada de gente!! =D

Abraços obesos!