sábado, 30 de outubro de 2010

Captain Beyond - Captain Beyond ( 1972 )

O Captain Beyond é uma banda de progressivo/hard rock de uma qualidade exímia, pena que é muuuuuito pouco conhecida.
Esse disco foi lançado em 1972( e é o primeiro do Captain Beyond) e apresenta três ex-integrantes de bandas: Rod Evans, o primeiro vocalista do Deep Purple, Larry " Rhino " Reinhardt e Lee Dorman, ambos do Iron Butterfly.

O lado A se inicia com a bateria de Bobby Caldwell numa ótima e super-suingada levada em " Dancing Madly Backwards (On a Sea of Air) ".

Continuamos com " Myopic Void " com certeza uma grande viagem musical, que alterna momentos muito bem trabalhados com outros mais pauleira.

Logo depois vem minha faixa favorita do disco " Mesmerization Eclipse ".O riff dessa música é sem sombra de dúvida um dos mais bem feitos e psicodélicos de todos os tempos.
O outro lado do disco consegue ser mais psicodélico do que o primeiro( sinceramente não sei como eles conseguiram xD ).Temos outros riffs e temas extremamente complexos,cheios de viradas nos tempos e etc,como podemos ver em " Thousand Days of Yesterdays "," As the Moon Speaks " e " I Can't Feel Nothin' " todas elas divididas em duas partes.

Uma curiosidade sobre esse disco é que nos EUA e capa dele era em 3D,algo muito a frente de seu tempo( assim como o disco).

Resumindo,este é um dos melhores discos da psicodelia.Você o coloca para tocar e fica extasiado ouvindo essa maluquice que é o Captain Beyond e nem vê o tempo passar.

Download do disco

Abraços obesos!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

David Allan Coe - Penitentiary Blues (1969)

Aqui está outro disco do D.A.C, mas dessa vez é um albúm solo e o primeiro de sua longa carreira
Em Penitentiary Blues, o músico de outlaw country se revela, na verdade, um músico de blues. Foi após esse albúm que ele começou a puxar suas músicas e composições para o country, apesar de suas letras sempre terem a mesma estrutura.
Tendo lançado dezenas de albúns ao longo da vida, o cantor sempre compõe com bastante humor e sempre ligando ele a coisas "fora-da-lei", daí o nome outlaw country (obviamente).

Bom, mas pra começar a falar desse albúm de blues que é de uma lenda viva do country/blues, eu digo que não há muito o que dizer sobre esse albúm, não é um albúm que marcou muitas vidas, salvou relacionamentos, inspirou pessoas ou vendeu zilhões de cópias. Esse disco é simplesmente uma modesta gravação de blues, sem nada de muito especial ou super foda.
E é isso mesmo o que faz diferença, pelo menos nesse blog..
David Allan Coe deixou uma esse LP com um jeito tão simples e cool, como se ele quisesse simplesmente gravar o seu blues sem mais nada pra atrapalhar, como se estivesse querendo se livrar de seus demônios ou apenas falar o que sentia ou gostava através da música. Sim, isso é uma coisa que todos os músicos fazem..mas acho que a maioria se esquece que muitas vezes o que é simples é tão bom quanto o que é cheio de firulas e nunca dão o merecido valor a discos e artistas como David Allan Coe.

Nessa gravação que foi feita entre 1968/1969, podemos ver não apenas o blues seco, puro com o qual devem estar imaginando, em músicas como "Penitentiary blues" podemos ouvir um blues daquele tipo os de salloon, com pianos de fundo e guitarras calmas mas com muito sentimento. Em "Cell 33"  temos um blues que lembra muito aquele blues inglês dos anos 60, de bandas novas que surgiram na época..a mistura do pop com o blues.
"Monkey David Wine" é um blues típico, com uma gaita continua no fundo e um slide que vai acompanhando a voz agitada de D.A.C.
Em "Walkin' Bum" temos um som que me lembra um pouco Little Walter e Muddy Waters, a voz de Coe cantando e a gaita plugada num amplificador valvulado que faz até uns solinhos mais longos durante a música, apesar de ser simples a gaita, como eu falei...o que é simples é tão bom quanto as firulas. hahahaha
Não vou ficar aqui falando quais são os músicos que tocam com D.A.C nesse albúm, porque são vários..só de guitarristas e gaitistas nós temos seis, ainda com baterista, pianista, baixista e David nos vocais.
Em "One Way Ticket To Nowhere" temos uma introdução puxada pelo baixo e seguida pela gaita que com toda certeza tem uma influência de Sonny Boy Williamson. A voz e a guitarra entram juntas e você agradece a alguma força superior pela existência dos amplificadores valvulados e se pergunta "por que hoje em dia eles são tão caros e impossíveis de se achar?!" hahahahaha
A letra de "Funeral Parlor Blues" me lembra MUITO  a de "St. James Infirmary", música famosíssima estadunidense que ficou conhecida por todos na voz de Louis Armstrong, a música lembra bastante essa interpretada por Armstrong, tirando as referências à cocaína no meio da letra! A música tem uma ar muito familiar, daqueles blues bem clichês..mas depois ela segue bem diferente e os teclados prevalecem nela.
"Death Row" é tão inspirada em Muddy Waters que só faltou o próprio fazer uma participação no meio, solando com seu slide. Uma música que tem um solo de guitarra muito agradável e simples, como se tivesse sido tocado com uma guitarra de marca bem inferior, apesar da qualidade do guitarrista ser bem elevada.
Pra falar a verdade acho que todos os instrumentos desse disco não deviam lá ser Fender ou Gibson, me parece que todos os músicos deviam estar na pior e nem tinham coisa de qualidade pra fazer música, mas fizeram bem como ninguém.
"Oh Warden" é uma canção pra se ouvir quando se está na pior , e isso acho que dá pra ficar claro logo no começo, quando o slide puxa a voz de Allan Coe, uma gravação muito singela e reconfortante, com bateria e uma guitarra base fazendo a base mais simples de blues que se pode imaginar e só os vocais, gaita e slide guitar se ressaltando, outro blues típico perfeito para se ouvir quando se está na merda.
em "Age 21" temos uma harmonica bem acentuada e novamente se intercalando com a voz de David enquanto guitarra, baixo e bateria fazem uma base muito modesta..
"Little David" segue um estilo parecido com o de suas antecedentes, um blues com bastante gaita e a completa ausência do country pelo qual o músico ficou conhecido nos EUA.
E para terminar esse albúm, o músico toca outro blues pra lá de modesto em "Conjer Man", mas com uma gaita cheia de feeling para o deleite de nossos ouvidos.
O que eu poderia dizer desse disco que fiz questão de não criar nenhuma expectativa em alguém que esperava um super disco?
Que é o tipo de disco perfeito para você ouvir quando está se sentindo mal por alguma coisa..mas também é perfeitamente aceitável ouvi-lo quando se está incrivelmente feliz com algo.
Com seu blues modesto e calmo, esse albúm de David Allan Coe te anima até quando você achava impossível isso acontecer em algum momento e também te acalma quando você acha que tudo vai desmoronar em cima da sua cabeça. Talvez seja esse o segredo das coisas simples nos agradarem tanto, não precisamos pensar ou prestar muita atenção nos detalhes pra saber quão maravilhosas elas são.


Download do disco

Abraços obesos!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

[Video] Como é fácil fazer música!





Esse é mais um vídeo de comédia do que de música,mas não deixa de ser super interessante.A ideia é mostrar como se constrói uma música com simples quatro acordes.
E não pense que são somente baladinhas que tocam nas rádios.O vídeo aborda desde Beatles até Lady Gaga,passando por Journey,Elton John,Red Hot Chili Peppers entre outros!

Para aqueles que sabem tocar algum instrumento,os quatro acordes que compõem a melodia são: E / B / C#m / A.

Abraços obesos!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Easy Rider - Soundtrack (1969)

Os anos 60 mudaram o jeito do mundo ver as coisas, não importa se você é conservador ou radical, a opinião de todos os que viveram nessa época maluca mudou drasticamente em relação a sexo, drogas, guerras, preconceito e claro, a música. Uma enorme fatia da "culpa" dessa mudança toda, se deu claramente ao surgimento da contracultura, movimento criado pelos jovens do pós-guerra que estavam cansados do conservadorismo padrão imposto pelos americanos e queriam dar um fim em todo o preconceito racial e social com os quais estavam costumados e protestavam frequentemente contra as guerras, principalmente a do Vietnam.
E o filme Easy Rider, dirigido e co-estrelado por Denis Hoper, mostra exatamente o que foi a contracultura ao contar a história de dois amigos que saem pelos Estados Unidos em cima de suas motos para chegarem ao Mardi Gras, espécie da carnaval estadunidense que ocorre todo ano em Nova Orleans. Durante as viagens e tomadas gravadas na estrada em cima das motos, podemos ouvir um  verdadeiro festival de pérolas da contracultura americana sendo executadas, de Steppenwolf até Jimi Hendrix passando por The Byrds e The Weight.
No filme ainda temos a presença de Peter Fonda, que estrela o filme ao lado de Dennis Hoper, e do mestre Jack Nicholson que faz o papel de um simpático e ingênuo advogado que os acompanha na viagem durante parte do filme em uma atuação que quase lhe rendeu prêmios de ator revelação do ano de 1969.

Na trilha sonora começamos com a lenta "The Pusher", do Steppenwolf, música que abre bem o disco e o filme já que fala dos traficantes e dos muitos usuários de drogas psicodélicas da época. Com um riff bem marcante e um ritmo muito tranquilo com a voz rouca de John Kay, a música tem um peso perfeito e com uma letra bem polêmica pra época : "You know I've smoked a lot of grass/O' Lord, I've popped a lot of pills".
Na sequencia temos outra do Steppenwolf, essa é praticamente impossível alguém nunca ter ouvido, "Born To Be Wild" é praticamente um hino desde a época em que o Steppenwolf a lançou, nem vou comentar sobre esse clássico porque todos já ouviram pelo menos uma dúzia de vezes na vida! E não, você nunca enjoará dela hahahaha.
 Mais uma com a cara dos anos 60 aparece, o The Weight toca a cool "Smith", cheia de backing vocals com um piano de fundo bem agradável..pra falar a verdade toda a música é muito agradável, daquelas que você pode fechar os olhos e se imaginar numa estrada ensolarada dirigindo sem rumo.
Uma das faixas mais marcantes do disco vem com o The Byrds e sua canção "Wasnt born to follow", música que abre com um riff bem amigável e mais uma vez nós vemos uma música muito agradável de se ouvir, com vocais divididos em mais uma canção que se pode imaginar viajando por uma longa estrada.
A completamente sem noção"If you want to be a bird", do "The Holy Modal Rounders", apesar de ser uma música muito lunática devido a sua letra sem nexo, é ótima e engraçada, principalmente na cena do filme..com Jack Nicholson imitando um passarinho em cima da Harley-Davidson no meio da estrada.
A cheia de slides "Don't Bogart Me" do Fraternity Of Man, vem novamnte com uma letra falando de drogas, mas especificamente da marijuana, outra música que contém um tema que é um tabu e consegue ser engraçada e ao mesmo tempo não ser "vulgar".
Outra música muito conhecida que é tocada no filme e está presente na trilha sonora que postarei, é "If six was nine", do The Jimi Hendrix Experience. Outra letra bem psicodélica, coisa que era mais do que comum na época. Os graves de Noel Redding lembram muito os walking bass do jazz nessa música, casando com a bateria acelerada de Mitch Mitchell e a guitarra mais do que dispensável de comentários de Jimi Hendrix, no final da música ainda temos uma espécie de improviso psicodélico muito elétrico e lisérgico.
Uma das mais psicodélicas do disco ficou a cargo do The Eletric Prunes, com a música tradicional "Kyle Eleison/Mardi Gras", os vocais nessa música lembram muito um coro religioso somente com vozes e mais nada, só que ae chega a psicodelia após cada estrofe da música, e eles não deixam a desejar nesse aspecto, vem a toda força com guitarras distorcidas e muitos pratos para fazer um efeito mais "misterioso" na canção, e conseguem fazer isso com sucesso..apesar da música não ser nem um pouco enjoativa ou coisa do gênero.
Agora vem uma música que, para mim, é a melhor do filme. Roger Mcguinn canta  a sua versão de "It's alright ma(I'm only bleeding)", de Bob Dylan. Apesar de ser um grande fã do mestre Bob Dylan, tenho que assumir que a versão de Roger Mcguinn é centenas de vezes melhor do que a de Dylan, o peso que ele conseguiu colocar na música somente usando sua voz, um violão e uma gaita é coisa que te faz pensar a respeito quando compara com a de Bob. Sem dúvida vale a pena dar destaque a essa canção que você vai ouvir de novo quando acabar.
E para fechar esse albúm-chave da contracultura, mais uma vez teremos Roger McGuinn tocando uma letra de Bob Dylan, e dessa vez o compositor fez a letra especialmente para o filme. "The Ballad Of Easy Rider" aparece nos créditos finais do filme e segue o mesmo estilo de sua antecedente; violão, gaita e a voz incrivelmente semelhante de Roger a de Bob Dylan. Uma música que termina perfeitamente um albúm que fez parte de um dos filmes mais importantes dessa época cheia de freaks nos quais todos já quiseram ser um dia.


Download do disco

Abraços obesos!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

[Vídeo] The Ukulele Orchestra of Great Britain - The Good, The Bad and The Ugly




Um vídeo bem diferente e provavelmente o melhor que postei aqui. Ukulele Orchestra Of Great Britain é um grupo de sete pessoas que excursionam por vários países do mundo tocando versões de músicas conhecidas (e umas desconhecidas) no ukulele, instrumento havaiano que a primeira vista lembra muito o nosso cavaquinho (mas o som de um é totalmente diferente do som do outro)
O grupo é formado por seis músicos que tocam diferentes tipos de ukulele e um sétimo que toca um baixolão para fazer a base.

São também muito conhecidos por seu bom humor em suas apresentações, que divertem a todo o público que está assistindo com versões inusitadas e surpreendentes de músicas como "Smells Like Teen Spirit", do Nirvana e vários outros músicos, como David Bowie
Enfim, esse pessoal é muito bom e TODOS os vídeos dele são impossíveis de se ver uma vez só, principalmente esse que postarei agora, que é uma versão que eles fizeram para a música-tema do filme "The Good, The Bad and The Ugly" um western mundialmente conhecido.
Simplesmente incrível todos os músicos desse vídeo.
 E recomendo que assistam a todo os vídeos relacionados da Ukulele Orchestra e admirem um pouco esse grupo.


Abraços obesos!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jorge Ben Jor - Acústico MTV (2002)

Os acústicos MTV são geralmente albúns de uma qualidade surpreendente, principalmente os do Brasil. Não importa a banda, se for uma das piores bandas nacionais e você for comparar o acústica da mesma com algum Unplugged de uma grande banda norte-americana, você vai achar a sonoridade do nosso disco brazuca infinitamente mais rico.
E isso você pode comprovar ouvindo o acústico MTV de Jorge Ben, lançado em 2002. Um show tão extenso e completo que teve que ser dividido em dois discos para se poder ouvir toda a qualidade do samba, funk, samba-rock, maracatu, bossa nova e tantos outros estilos que esse nosso cantor e compositor nos proporciona nesse albúm espetacular.
Nessa apresentação, Jorge Ben toca seus maiores sucessos que obteve ao longo da carreira, como "Take it easy my brother Charles", "País Tropical", "W-Brasil", "Taj Mahal" e "Filho Maravilha"..e também toca outras canções menos conhecidas de sua carreira, intercalando todas entre ambos os discos.

Cada um dos dois discos possui uma banda de apoio acompanhando o compositor. O primeiro disco contém a banda que excursionou internacionalmente e gravou com Ben Jor nos anos 70, a Admiral Jorge V. Essa parte do show, que abre com "Jorge de Capadócia", me pareceu com um pouco mais de balanço e com um som mais pesado e puxando bastante para o samba-rock, nome que o cantor adora usar.
No primeiro disco ainda temos músicas como "O vendedor de bananas", "O circo chegou", "Take it easy my brother Charles", entre outras, e todas embaladas com a voz suave e o violão tranquilo de Jorge Ben.

O segundo disco deste acústico MTV memorável contém a participação da "Banda do Zé Pretinho", grupo que está com Jorge Ben desde sempre praticamente, durante quase toda sua carreira. Esse último lado da apresentação tem bastante balanço também, mas com um som com menos peso, uma sonoridade mais melodiosa e com ênfase para o samba-rock também, mas temos um pouco de funk envolvido. Pra falar a verdade, é bem difícil tentar decifrar quantos estilos estão envolvidos em cada lado do disco e qual desses prevalece em cada albúm, Jorge Ben gosta de misturar tudo em suas músicas de um jeito que não causa nenhum choque no ouvinte. Sempre consegue ligar uma canção na outra, mesmo que as atmosferas sejam bem diferentes.
Nessa parte do show, Jorge Ben Jor proporciona um repertório perfeito e completo de clássicos como "País tropical", "Mas que nada", "W-Brasil", "Filho maravilha" e fecha esse riquíssimo disco com a longa e recheada de improvisos de todos os instrumentos presentes, "Taj Mahal".
O músico quis intercalar mais de uma música em cada faixa, os famosos "medley". Os medley se concentram nesse segundo albúm em particular e agrupam duas ou mais canções como em "Por causa de você, menina/ Chove, Chuva", "Menina mulher de pele preta/ O telefone tocou novamente" e "País tropical/ Spyro Gyro"

Enfim, esse acústico MTV, como muitos outros nacionais, é um disco muito rico musicalmente e que vai com certeza deixar os que pensam que "música brasileira é um lixo" com a boca aberta. Sem falar que ainda temos a simpatia de Jorge Ben misturada com músicas, bandas, músicos, composições e melodias perfeitas! Então, por favor, faça o download do albúm e comece a apreciar cada vez mais a nossa música!

Abraços obesos!

Download do disco - Parte um
Download do disco - Parte dois

"Salve simpatia! "

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

[Vídeo] Joelho De Porco - São Paulo By Day



Um vídeo de outro grupo brasileiro que está caindo no esquecimento cada vez mais e mais. Bom, na verdade o Joelho de Porco nunca foi uma banda "lembrada" pela maioria, mas suas letras e suas músicas agradam e divertem a todos que escutam.
O Joelho de Porco foi uma banda, podemos dizer "punk", na falta de outro nome na minha cabeça, com letras, roupas, vídeos e atitudes bem satíricas. A banda nunca foi muito reconhecida na sua época e só hoje que o pessoal ta COMEÇANDO ouvir essa banda fantástica que, como muitos dizem, foi a primeira banda punk que o Brasil gravou. (apesar de não ter absolutamente nada a ver com o punk gringo que conhecemos)

Estou postando o vídeo da "São Paulo By Day", uma das músicas nacionais que tem a letra mais atual que eu já escutei apesar de ter mais de 30 anos o disco no qual foi lançada.
A letra fala dos trombadinhas tentando nos assaltar no meio do centro da cidade e tal.. (coisa que nós, paulistas, nem sabemos o que é, certo?)

(ignorem a mulher no começo do vídeo hahahahaha)

Abraços obesos!

sábado, 16 de outubro de 2010

Canned Heat - In Concert - King Biscuit Flower Hour (1979)

Canned Heat é uma banda de blues que hoje em dia já caiu em esquecimento (apesar de ainda estar na ativa) e que fez bastante sucesso nos anos 60 durante toda a geração hippie e tal. Eles eram conhecidos o bastante a ponto de terem tocado nos principais festivais da época, como Monterey, Woodstock e Isle Of Wight.
E apesar de hoje em dia tocarem para um grupo de fãs bem seleto e fiéis, a qualidade sonora da banda nunca caiu, mesmo com a morte dos principais da banda, como Alan Wilson em 1970 e Bob Hite em 1981. Desde 1965, o Canned Heat continua fazendo um blues de qualidade para quem realmente entende e gosta desse estilo único.

O disco que postarei aqui é um ao vivo de 1979, que a banda comemora os 10 anos do festival de Woodstock, ocorrido em agosto de 1969, e apesar da banda já ter tido mais de 50 membros diferentes, aqui está o line-up desse disco:

Fito de la Parra - Bateria (único membro que está na banda de 1965 até hoje)
Bob Hite - Vocais/Gaita
Larry Taylor - Baixo e vocais
Mike Mann - Guitarra
Jay Spell - Piano e vocais


O disco começa com a clássica da banda  "On The Road Again", escrita por Alan Wilson e que tem uma gaita muito simples de ser tocada mas que faz toda a diferença na música, e se você for um gaitista, você com certeza já tentou tirar essa música! Nas versões ao vivo a banda recheia a música com improvisos de piano, gaita, guitarra..deixando ela do cacete (nessa versão, o destaque se dá nos pianos de Jay Spell)
Depois que o simpático vocalista Bob Hite agradece e conversa um pouco com o público, eles começam "Bullfrog Blues" de William Harris, presente no primeiro disco da banda em 1967. Um típico blues com muitas frases e solos na guitarra misturados com a voz mais gritada e animada de Bob.
O boogie woogie "Chicken Shack Boogie" abre com um piano clássico do boogie e um slide característico na guitarra, essa música te faz ficar marcando o ritmo com os pés, com as mãos, batendo a cabeça na parede..de algum jeito o seu cérebro vai te mandar marcar o ritmo dessa música, é simplesmente impossível não acompanha-la de algum jeito! Solos de piano e slide junto com o baixo magnífico de Larry Taylor fazendo a base se encontram de modo mais que perfeito com a voz de Hite e a bateria de Fito. De longe uma das melhores músicas desse albúm ao vivo. A música acaba após um marcante solo de slide de Mike Mann
Continuando o show, temos "Stand up (For What You Are)" uma música bem diferente, não tem nada de blues e é mesmo assim uma das melhores do disco junto com o boogie que acabei de citar, a música te faz lembrar muito o funk norte americano e tem um baixo e piano muito marcantes junto com um riff guitarra que dá outra cara para a música. Apesar da música não ser um blues e muito menos rock n roll, conseguimos perceber claramente as influencias "bluesisticas" da banda, com solos de guitarra e de baixo.
A próxima é uma velha conhecida da banda, "Going Up The Country" tem sua introdução na flauta substituído pelo piano de Jay Spell, que também canta a música no lugar de Bob. Essa versão da música lembra muito das versões com o falecido guitarrista, gaitista e vocalista Alan Wilson (que também era o principal compositor do Canned Heat). Jay Spell se revela um sujeito simpático e bem humorado para com o público, conversando com os mesmos durante toda a canção e intercalando vocais com solos incríveis de piano.
"Don't Know Where She Went (She Split)" tem os vocais de Larry Taylor e Bob Hite juntos com várias frases e solos e Mike Mann no meio, que tem como base os graves de Larry e as teclas de Jay Spell. Essa é outra, como todas no disco, que é muito difícil você não se pegar marcando o ritmo dela com os pés, mãos. e etc. Um solo de piano bem pesado e mais longo que os outros aparece na música de puro improviso antecedendo a volta das vozes de Hite e Taylor e o fim da música.
Mais uma música de Alan Wilson vem agora e dedicada ao falecido companheiro de banda, "Human Condition" foi escrita por Alan depois de uma conversa que ele teve com seu psiquiatra sobre a terceira tentativa de suícidio que ele teve, alguns meses após escrever e lançar a música, Wilson morreu e até hoje ninguém nunca soube direito a causa real da morte. Mas voltando ao disco, essa versão de 'Human Condition" tem mais de 11 minutos de puro improviso por parte dos 5 músicos, muitas viradas na bateria de Fito, solos longos de Mike, os vocais bem mais suaves de Bob Hite, o piano pesado de Jay e um incrível solo de baixo do incrível Larry Taylor.
Pra fechar esse que, para mim, é um dos melhores discos ao vivo de blues que já escutei, a banda toca "Shake N' Boogie", um blues bem rápido com solos bem marcantes e demorados de guitarra e solos de bateria bem violentos do incrível Adolfo de la Parra, e acaba fechando esse albúm maravilhoso de uma das bandas de blues mais maravilhosas que ainda estão na ativa, Canned Heat.
O disco finalmente acaba com os agradecimentos calorosos do saudoso Bob "The Bear" Hite.

"Dont forget to boogie!"

Download do disco

Abraços obesos!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Reel Big Fish - Turn The Radio Off (1996)

Finalmente vou postar uma banda de Ska aqui!
O Reel Big Fish é uma banda de Ska Punk formado no começo dos anos 90, na Califórnia, e começaram a fazer bastante sucesso após o lançamento do disco "Turn The Radio Off", em 1996.

E nesse post falarei exatamente desse disco que, como algumas banda de ska e surf music, tem uma mistura de trompete e guitarras que te deixa alucinado e muda totalmente o estilo da música, e pra melhor! (até aqueles pais mais chatos talvez gostem!!)
Como o disco tem muitas músicas, vou comentar só algumas porque se for falar de todas, termino o post depois do segundo turno.
De cara temos "Sell Out" abrindo o disco, riffs de guitarra e os metais se fundem de um jeito bem melodioso nessa música que foi um dos hits que colocou o RBF no mapa com esse disco preferido dos fãs de ska. Um refrão bem grudento e uma música bem pesada para o estilo, uma das melhores do disco e da banda.
Na sequência temos "Trendy", que abre com os vocais e uma riffzinho de fundo que com certeza vão martelar dentro de você pra sempre! hahahaha. Mais uma vez temos bastante destaque dos metais nas partes instrumentais e vários vocais altos e guitarras distorcidas nos versos e refrões, uma pena a música ser tão curta como todas as outras do albúm. Em média, todas tem entre 2 e 3 minutos =/
"Join The Club" é metade mais lenta e a outra metade ela vai acelerando. No começo dela temos uma guitarra dedilhada e um vocal feito naqueles microfones de gaita (me parece) e depois entram os trompetes com guitarras distorcidas e a música vai acelerando junto com os vocais, até que começa, novamente, a ficar mais lento com os metais e ela fecha no meio termo entre rápido e lento.
"She Has A Girlfriend Now" tem o mesmo esitlo das outras, mas agora com um vocal feminino entre os masculinos que com certeza se destaca dos outros é uma ótima música, novamente curta (3 minutos) e com solos dos metais com todo um swing do cacete. Tudo se casa perfeitamente nessa música.
"Snoop Dog, Baby"  muita boa, com riff pesados no começo e no meio da música feito pelos metais e com arranjos mais lentos durante a canção. Muito boa a música.
"Beer" tem uma guitarra no começo que me lembra bastante algumas bandas de ska nacionais e não tem muito a presença dos metais, essa é mais baixo, guitarras, vocais e bateria..e com um fundo de trompetes que dão um toque. Nessa temos solos de guitarra (não é muito comum no albúm)
"241" é uma música quase que inteiramente de metais e parece que foi pra compensar a ausencia dos mesmos em "Beer" hahaha...mas a música é muito boa, muito bem tocada e arranjada, até os headbangers chatões vão pagar um pau pra essa. Essa é o contrário das outras, que são a música com os metais ao fundo..nesse são os metais com uma música de fundo (apesar que, se fosse só os metais, não faria falta o resto).
Seguindo "241" temos outra que o a introdução me lembra um pouco as bandas nacionais de ska, "Everything Sucks" tem um refrão bem agitado e vocais cantados bem rápidos (ta bom que quase todas tem os vocais cantados bem rápido)
Depois de "Everything Sucks" temos a melhor (e mais curta) música do disco e da banda "SR" tem um riff de guitarra que nem vou comentar, simples e completamente "viciante". Todos os instrumentos tem um peso maior que na outras músicas, até mesmo os vocais..os riffs nos metais se repetem por toda a música e a mescla deles com os outros instrumentos parece até que é novidade, apesar de você ter ouvido metade do disco nesse mesmo esquema, "SR" é diferente e com toda certeza merece um grande destaque, o único problema dessa música é que tem apenas 1:27 min! Se você procurar pelas versões ao vivo dessa música, você vai ver que eles deixam ela com mais de 9 minutos algumas vezes e conseguem melhora-la de um jeito que o fará com toda certeza favoritar o vídeo e tentar baixar bootlegs e albúns ao vivo da banda...tudo por causa de uma música!!  (eu mesmo só enquanto postava sobre essa música, a ouvi 4 vezes!!)
Depois de uma música marcante como "SR", você pensa que o disco já perdeu a graça e que já usaram todas as artimanhas que podiam usar e agora é só encher linguiça. No fucking way..agora teremos a pesadíssima "Skatanic" que tem um baixo com um timbre incrível e metais que deixam num ar um clima de suspense.
"All I want is more" quando você ouve, a primeira coisa que te vem na cabeça é um half pipe cheio de gente andando de skate e ouvindo essa música que com certeza é a mais "ska" do disco. Muito boa também, é claro.
"Nothin'" tem uma um riff bem sossegado que te engana quando uma música muita rápida começa do nada com vocais bem apressados e uma bateria com uma batida bem pesada, solos de guitarra que antecedem uma parte da música bem calma e que lembra até um pouco o reggae no começo.
"I'll Never Be" divide partes de bastante peso e outras bem mais melodiosas, como na parte dos vocais e metais. "Alternative, Baby" também tem uma introdução com muitos metais e quando chegam as vozes, novamente, só as guitarras com bateria e baixo. Essa é outra que vale destacar porque a mistura dos riffs de metais com os de guitarra se casam muito bem mesmo.
"Off" encerra o disco e é uma música MUITO estranha! Durante 2:30 min dos seus 4:00 min de duração, ela fica no completo silêncio e quando se começa a ouvir alguma coisa de fato, começa um violão que me parece bem distorcido com uma voz cantando a música, e tudo isso com uma qualidade daquelas gravações caseiras, apesar de ser muito diferente, a música também é boa, apesar de ter menos de 1 minuto, é legal sim e fecha o disco muito bem com a frase "Turn The Radio Off".
Bom, recomendo a todo mundo esse disco de ska e sempre que eu achar outras coisas boas da banda, postarei por aqui.

Abraços obesos!

Download do disco

P.S 1 : Nem todos os albúns disponibilizados para download contém a última faixa que citei
P.S 2: Eu falei que não ia comentar todas as faixas..mas acabei comentando todas hahahaha

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eric Clapton - Slowhand (1977)



Fiquei uns dias sem postar e quem segurou as rédeas foi o Bruno, mas agora que voltei vou falar de um grande albúm de um dos grandes guitarristas de todo o mundo.Slowhand foi lançado em 1977 e é um dos albúns mais conhecidos do Clapton e rendeu vários clássicos que até hoje são indispensáveis nos shows do "Slowhand"

O disco abre com uma música de J.J Cale, "Cocaine" é um dos maiores sucessos de Eric e é obrigatória nas apresentações do músico até hoje, sua melodia simples e pegajosa faz você querer aprende-la na guitarra o mais rápido o possível para poder tocar e improvisar junto o dia inteiro. Engraçado pensar que uma música com uma letra e um nome desses, apesar de ser anti-droga, possa ter feito tanto sucesso comercialmente e etc. Mas que é do cacete, ela é.
Em seguida temos outra obrigatório, e particularmente uma das mais bonitas, "Wonderful Tonight" é uma lenta que Clapton escreveu para sua então esposa (e MUITO disputada entre ele e Harrison) Pattie Boyd. Uma curiosidade sobre essa música é que Eric conta, em sua autobiografia, que a escreveu quando estava nervoso com Pattie porque eles estavam atrasadíssimos para uma festa e fez a música e a letra em menos de 10 minutos enquanto esperava Boyd se aprontar para poderem sair para a festa (a letra da canção fala tudo).
Em seguida temos a country, e que também foi um hit, "Lay Down Sally" tem um ritmo bem tranquilo e um riff diferente dos habituais, ela ao vivo é melhor ainda porque ganha um peso que dá outra sonoridade para ela.
depois temos a "Next Time You See Her" que tem um destaque bem legal dos pianos e do orgão junto com a voz rouca que Eric preferiu usar, um clima muito relaxante o dessa música com um refrão repetitivo  e solos não muito rápidos que dão um ar de viagem para o interior
A lenta "We're All The Way"é um daquelas que dá sono mas não deixa de ser muito boa, a voz de Eric nessa, pra mim pelo menos, merece destaque, acho que o jeito que canta essa é bem diferente, mais rouca que o normal.
Logo temos "The Core" que é mais pesada e com vocais femininos e masculinos que se misturam com uma música e um riff que fica tocando até o final da música e um refrão que é muito nostálgico. Temos solos de metais seguidos da guitarra impecável, pesada e ao mesmo tempo recheada de feeling do mestre Clapton nessa música que merece um destaque no disco e que eu nunca vi o Slowhand toca-la em nenhum dos shows, mas você deve até achar nos bootlegs da vida na internet.
"May You Never" começa com um violão e voz de Clapton, aí entra a banda e tem, novamente, um clima bem relaxante e de viagem para o interior com a voz mais calma de Eric.
O slide de "Mean Old Frisco" entra e você sabe que chegou o blues que estava faltando no disco, e a demora é compensada ! Uma música que te faz aumentar o volume no máximo, mesmo não sendo um blues rápido ou coisa assim, ela tem um certo poder sobre o ouvinte, vão por mim! Seu curtíssimo solo de slide executada pelo mestre dispensa comentários, e tudo isso envolto com blues de primeira linha.
A lenta e instrumental (com solos maravilhosos) "Peaches and Diesel " chega para fechar esse albúm que, como muitos outros que postamos nesse blog, é obrigatório para fãs de música boa de verdade.

Abraços obesos!
Download do disco

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Kind Of Blue - Miles Davis


Este álbum é sem dúvida um dos melhores da história do jazz.Foi lançado em 1959 e foge do estilão hard-bop, cheios de progressões incomuns de acordes e improvisação, rotineiros dos discos anteriores de Miles Davis.Dessa vez todos os músicos possuiam uma partitura para seguir (apesar de existir algumas improvisações).

Um ponto importantíssimo sobre o disco é a perfeita "escalação" dos músicos.Temos presentes:
Miles Davis - trompete
Julian "Cannonball" Adderley - saxofone alto
Paul Chambers - contrabaixo
Jimmy Cobb - bateria
John Coltrane - saxofone tenor
Bill Evans - piano

A primeira música é So What,dividida em duas partes:uma mais rápida no começo,marcada pela simples e impactante linha de baixo de Paul Chambers.Depois vem uma parte mais devagar, com uma "briga" entre Miles, Cannonball e Coltrane.
Posteriormente vem Freddie Freeloader trabalhada em cima de um típico blues, com deliciosas melodias criadas por Bill Evans.
O disco termina com Flamenco Sketches, escrita por Evans.Ao passar a partitura aos músicos, cada uma vinha com um bilhete: improvise pouco e somente em cima destas escalas, senão sem pagamento!!

Este álbum é tão sensacional que não influenciou apenas músicos especializados em jazz, mas também muitos rockeiros e blueseiros.Muitos Músicos dos anos 60/70 citam este disco como uma de suas grandes inspirações para improvisar.
Artistas como Duane Allman, Richard Wright, Quincy Jones e Chick Corea dizem que apesar do disco ter 51 anos, parece que acabou de sair do forno.

Kind Of Blue está na lista dos 1001 discos para se ouvir antes de morrer, além de ser considerado um dos 10 discos mais importantes da história do jazz pela revista Billboard.

O download que deixarei aqui para vocês é o da edição comemorativa de 50 anos, cheio de extras e out-takes!

Download do disco

Abraços obesos!

sábado, 9 de outubro de 2010

Homenagem a John Lennon


Hoje (agora ontem xD) se completariam 70 anos do ex-beatle John Lennon, que foi assassinado por um fã em 8 de dezembro de 1980. Sem sombra de dúvida, foi um dos artistas mais importantes e com mais força de voz do século XX.

A carreira musical começou com a formação da banda "The Quarryman", uma banda de skiffle, que inicialmente só contava com a participação de Paul McCartney (Lennon ficou com medo no começo, pois Paul era mais talentoso que o resto da banda, desavença que foi vencida posteriormente). Depois, cansado do skiffle, percebeu que sua praia era o bom e velho rock and roll. Na mesma época, George Harrison entrou para a banda. Chegaram até a gravar um acetato de 78rpm na época.

Com os Beatles, contou inicialmente com Stuart Sutcliffe, depois Tony Sheridan e finalmente, Ringo Starr na bateria. No começo da banda, a maioria das composições do grupo eram feitas por ele, mas assinadas por Lennon/McCartney. Estava evidente quem seria o líder da banda.

Devido à morte do empresário dos Beatles, Brian Epstein, em 1967, Paul começou a tomar o controle sobre a banda. O fracasso financeiro da Apple Corps, empresa criada pela banda, a presença constante de Yoko Ono nos estúdios de gravação e a procura conflituosa de um novo empresário, fizeram com que principalmente John e Paul tomassem lados opostos. Durante as gravações o clima estava cada vez mais tenso. Em 1970, Paul McCartney anunciou o fim dos Beatles. Logo após a separação, John deu uma entrevista à Revista Rolling Stone, onde mostrou ressentimentos relacionados a Paul McCartney e aos Beatles. Segundo ele, os Beatles tratavam Yoko Ono com hostilidade e, quando Paul tomou o controle da banda, eles começaram a rodar em círculo.


Começa aí a carreira solo de Lennon. Apesar de ter lançado dois álbuns com Yoko Ono ainda durante sua permanência nos Beatles, os discos não obtiveram sucesso. A gravação da canção "Give Peace A Chance" em 1969, contra a Guerra Do Vietnã, marca a transformação de Lennon em um ativista anti-guerra. Em 1970, lança o Plastic Ono Band (chamado de John's Soul no Japão) e continua o sucesso já conseguido anteriormente com os Beatles. John Lennon fala do abandono da mãe e do pai na canção "Mother". Na canção "God" John diz a famosa frase "O Sonho Acabou", em referência aos Beatles, e afirma ainda não acreditar nos Beatles nem em Jesus.

Posteriormente, lançou o álbum Imagine, cuja faixa título é um hino à paz no mundo. Nesse disco, ainda permanecem críticas aos Beatles/Paul McCartney, como na canção "How Do You Sleep", na qual diz que Paul apenas faz músicas que tocam em elevador.
Em 1973 lançou Mind Games, marcado por sua separação com Yoko. No ano seguinte lança o brilhante álbum Walls and Bridges, com canções como "#9 Dream" e "Whatever Gets You Thru The Night", esta com a participação de Elton John. Lennon havia apostado com John que a música não faria sucesso e que, se estivesse errado, iria ao palco para apresentar a canção. Dito e feito. Subiu no palco com Elton John no Madison Square Garden, para sua última apresentação ao vivo.
No ano seguinte, John lançou o álbum Rock And Roll, que apresentava suas versões cover para os rocks antigos que ouvia na sua adolescência. Conseguiu fazer sucesso com a canção "Stand By Me".
Em 1980 gravou seu último disco, Double Fantasy, no qual dividia as composições com Yoko Ono. Meses depois, foi assassinado na porta de um hotel por um fã.

Morre a pessoa, mas permanece a lenda ((ºJº))...

Para não perder o costume,vou deixar o Download do 1º disco de Lennon, na minha opinião o melhor de sua carreira.

Download do disco

Abraços obesos!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tim Maia - Racional (1975)


"Tim Maia Racional" foi lançado originalmente em 1975, quando o músico fazia parte da cultura racional, seita cujas idéias de "desenvolvimento do raciocínio" são divulgadas nos livros "Universo em Desencanto". Para lançar o álbum, o cantor criou sua própria gravadora, a Seroma (abreviação de seu próprio nome, Sebastião Rodrigues Maia).
Esse álbum é,sem sombra de dúvida,um dos melhores do saudoso Tim.Ele( e todos os músicos envolvidos) estavam numa fase de não beber,não se drogar e viver apenas de amor.O próprio diz que fez as músicas do fundo de seu verdadeiro coração,sem interferências externas.

O disco abre com a sensacional
"Imunização Racional (Que Beleza)", a qual mostra como a cultura Racional o fez enxergar o mundo de uma maneira mais positiva (existe até um clipe feito por um fã,é só procurar e vão gostar).
Temos mais posteriormente a faixa "Bom Senso" que conta como a vida do gordinho (assim como os autores do blog) era triste e difícil,principalmente na época em que viveu nos EUA.Em 2006,com o relançamento dos dois "Tim Maia Racional",ganhou um clipe-animação muito legal.

O álbum possui uma energia gigantesca(não é a toa que foi considerado o 17º disco mais importante da música brasileira pela revista Rolling Stone),além da exaltação constante e exacerbada da cultura Racional.Depois de um tempo,Tim não notava as mudanças prometidas, ficando desiludido com as idéias da cultura racional.Alguns meses depois, o cantor desligou-se do grupo e proibiu o relançamento de "Racional" e seu sucessor, "Racional 2", de 1976.Os dois volumes foram relançados pela gravadora Trama em 2006,dessa vez em CD.

É um dos vinis mais difíceis de se encontrar por aí,devida a baixa tiragem e a destruição de vários exemplares após a saída de Tim da religião.

Curiosidade: Após o lançamento do álbum, Tim Maia passou um bom tempo divulgando o livro Universo em Desencanto, inclusive enviou o livro para James Brown, Curtis Mayfield e John Lennon, o último respondeu de forma irônica, mandando-lhe uma foto nua acompanhada da mensagem:"Dear freak, / I don't understand portuguese. What abou LISTEN to this photo?". Tim ficou extremamente puto e disse aos jornais que Lennon não viveria mais do que 9 anos (hahaha).

Download do disco

Abraços Obesos!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

[Vídeo] Rush - La Villa Strangiato (At Pinkpop 1979)



Bom, já que o show do Rush é daqui dois dias e o Bruno e eu vamos lá presenciar a santíssima trindade, eu vou fazer mais um post sobre essa banda que é uma das minhas favoritas. Dessa vez é um vídeo.
Gravado em 1979 no Pinkpop Festival (festival que ocorre anualmente desde 1970), o vídeo mostra a banda executando o seu sucesso "La Villa Strangiato".
Essa gravação ocorreu bem na época que o Rush começou a ganhar fãs de todo o mundo graças ao seu albúm 2112.
A guitarra de Alex Lifeson prevalece nessa versão da música que ganhou ar ao mesmo tempo psicodélico, devido aos longos improvisos de toda a banda, e também progressivo. A harmonia dos caras também é algo que nem preciso mais falar a respeito. Reparem na mudança de atmosfera da música e como eles conseguem fazer isso sem ninguém perceber uma coisa muito brusca.
Dispensa comentários..assistam e tirem suas próprias conclusões.


DOIS DIAS! *_*

Abraços Obesos.

Rush - Hold Your Fire (1987)

O Bruno postou ontem um vídeo no vlog dele falando do "Moving Pictures" e agora eu vou falar de outro disco dessa banda que é uma das mais influentes de toda a música, a "santíssima trindade do rock", RUSH!
Não vou escrever uma biografia muito detalhada deles, só falar que é uma banda canadense formada em 1968 pelo baixista Geddy Lee, o guitarrista Alex Lifeson e o baterista John Rutsey. Depois do primeiro disco deles, "Rush", John saiu da banda devido a motivos de saúde e no lugar dele entrou o mundialmente conhecido, o "The Professor", Neil Peart, e desde então a banda vem lançando pérola atrás de pérola, todas merecedoras de um espaço nesse blog..mas temos muitos outros discos pra postar aqui xD.

Nesse post vou falar sobre um disco deles lançado em 1987, quando a banda estava no auge de sua fase "eletrônica" e abusavam dos teclados e sintetizadores (coisa que não agradava nadinha ao guitarrista Alex Lifeson). Essa fase é considerada por muitas pessoas a melhor de suas carreiras, mas outra grande parte dos fãs acham essa fase absurdamente insuportável e preferem a fase mais pesada e "crua" da banda. Eu, pessoalmente, acho que tudo o que eles fazem é incrivelmente foda e merecem destaque igualmente.
Na primeira faixa, "Force Ten", você começa ouvindo sons de britadeiras e de trabalhadores em uma obra, logo a música começa com a voz aguda de Geddy e um baixo continuo (que permanece por todos os versos) e no refrão há uma parada onde escuta somente sintetizadores ao fundo, a voz de Lee em primeiro plano e Neil marcando o tempo.A música, como em todo o albúm, tem um ar 100% anos 80 por causa dos sintetizadores e da guitarra com efeitos, uma ótima música do albúm.
O albúm tem continuação com uma das mais bonitas músicas do albúm e um dos maiores sucessos do Rush, "Time Stand Still', que abre com um riff muito marcante e ao mesmo tempo bem tranquilizante de Alex na guitarra. Nessa faixa temos o uso de sintetizadores reduzido e a guitarra é que prevalece durante ela. O refrão é maravilhoso, Geddy divide os vocais com uma voz feminina (que ainda não descobri quem é) e que dá um toque lindo e bem original na música, a letra também não deixa nada a desejar nesse clássico do disco.
"Open Secrets" tem uma introdução instrumental muito bem feita, com o baixo de Geddy em evidência com suas linhas impossíveis de serem copiadas, nessa música, que não é uma das mais conhecidas mas não deixa de ser ótima, os sintetizadores voltam ao fundo para irritar Alex um pouco mais hahahaha.
O disco segue com a calma "Second Nature" e logo depois temos "Prime Mover" que conseguiu nivelar sintetizadores, guitarra, baixo, bateria e o peso de modo incrível, uma melodia maravilhosa e fascinante e é difícil acreditar que só 3 caras fizeram isso.
"Lock and Key" tem uma abertura bem interessante de sintetizadores, acredito eu, e tem novamente um equilíbrio bem legal, mas vou pular pra uma das melhores do disco, "Mission" começa com um orgão tocando e entra a voz de Geddy Lee cantando bem suavemente até que a banda inteira entra junta e aí é só aproveitar a junção dos mestres, a bateria nessa música tem um peso muito legal e casa com o baixo muito bem, a guitarra nessa música faz algumas frases na maior parte, mas  nas horas que Alex entra com a base, ela tem um peso bem forte  junto com o sintetizador e o que se sobressai mesmo é o baixo de um modo bem sutil. O solo que fecha a música, apesar de curto, é muito marcante e é bonito pra cacete..uma pena que não fosse mais longo.
Agora vem a minha preferida do disco, ainda mais para um baixista. "Turn The Page" começa com o baixista/vocalista fazendo acordes no instrumento e a música entra com sintetizadores, guitarra e bateria tudo junto e, quando a voz entra, a única coisa que você consegue perceber é na linha impecável que Lee criou no baixo para essa música, o refrão da música martela na sua cabeça de modo incessante e no final a música começa a dar uma acelerada e acaba subitamente, fazendo você coloca-la para ouvir mais umas 3 vezes.
'Tai Shan" começa com um ar todo chinês e a música se revela mais tranquila e acho que é a mais "parada" do albúm, com muuuitos sintetizadores (deve ser a que eles mais usaram também), a guitarra só aparece para fazer as bases, assim como baixo e só a bateria toca durante a música inteira. Se você ouvir essa música deitado, você certamente dormirá! hahaha.
O disco fecha com "High Water" que tem uma introdução mais demorada, mas nada muito "progressivo", segue o mesmo estilo de "Tai Shan" só que sem aquele toque oriental, a guitarra base tem bem mais espaço nessa música e vem com um peso bem interessante e fecha esse que, para muitos, é um dos grandes discos do Rush.

Download Do Disco

Abraços Obesos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

[Vídeo] The Who - Won't Get Fooled Again



Esse vídeo gravado em 1975 pelo The Who, mostra o baterista Keith Moon em sua última aparição registrada ao vivo com a banda nesse show gravado para o documentário The Kids Are Alright, sobre a história deles.

O vídeo, a banda, a música e a genialidade são coisas que nem sei como vou conseguir colocar em palavras aqui nesse post! Basta dizer que na minha opinião esse é o melhor vídeo que eu já vi no youtube e é, provavelmente, o vídeo que eu mais vi!!
A longa introdução de sintetizadores dessa música só servem pra deixar o público mais eufórico pensando em como será a entrada da banda inteira junta na música, e eles conseguem superar todas as expectativas!
Pete pulando, Keith socando tudo, Roger girando o microfone que nem um lunático e John paradão no canto com seu baixo maciço e característico que fez toda a diferença na sonoridade do The Who e ajudou, em níveis altíssimos, a mudar o jeito que o baixo era visto no mundo.
Mas voltando ao vídeo...nem tenho muito o que dizer (como já mencionei anteriormente) só digo que é uma aula pra todo mundo que quer ver como o rock funcionava antigamente e como que se faziam grandes músicas na época em que nada era comercial ainda. Quando a bateria entra no final da música e mostra para todos o que era um baterista de verdade, você fica até bobo e nem tem tempo de registrar direito o que está acontecendo porque a banda volta a toda com Pete fazendo o famoso"power slide", em slow-motion e ao som do grito aterrorizante de Roger Daltrey que coloca qualquer vocalista no chão e faz lamber os pés.
No final do vídeo temos ainda uma demonstração do feito que fez o The Who ficar conhecido nos anos 60, a destruição do palco e dos instrumentos!!

A energia, criatividade, sonoridade, intensidade e genialidade do The Who é uma coisa que nunca será superada por nenhuma banda, acredito eu.

Abraços Obesos!

Moving Pictures (video) - Rush

Como dito no post de apresentação,teríamos paralelamente um vlog com resenhas de discos.
Como prometido aqui está o primeiro vídeo
Desconsiderem meu extremo nervosismo,pois o primeiro vlog a gente nunca esquece....



Abraços obesos!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tom Jobim - Passarim (1987)

"Passarim quis pousar, não deu, voooou.."
Com esse verso que começa um dos discos mais marcantes da carreira do monstro, do gênio, do professor, do bohêmio, do nosso maestro soberano Tom Jobim e da nossa música, um albúm elegante,requintado, belo e ao mesmo tempo popular, relaxante, largado e alto astral em todas as canções.
Nesse albúm lançado em 1987, Tom já era um compositor consagrado no Brasil e no mundo, então pode fazer esse albúm sem medo de críticas severas, e acho que ele e toda a banda imaginavam que se tratava de um disco que seria referência quando se fala de bossa nova e música brasileira.
O clássico abre com outro clássico, "Passarim", música cheia de backing vocals femininos (parentes de Tom) que dão um ar muito de "infância" e nostalgia na música (pelo menos em mim). Tom era um amante assumido da natureza e frequentador assíduo do Jardim Botânico, no Rio, e compôs "Passarim" ( e tantas outras) como um protesto e homenagem à natureza.

O clima alegre e calmo prevalece em todo o disco e pode-se perceber isso na faixa seguinte, "Bebel" que começa com a voz grave e rouca e Tom Jobim e um backing vocal bem leve ao fundo. "Bebel" tem um ar de amante apaixonado típico da bossa e com um instrumental incrível e letra maravilhosa de Tom.
As vocalistas começam a cantar "Borzeguim" que tem uma batida que mescla entre o samba, a bossa e outros ritmos brasileiros, tudo feito principalmente pelo triângulo!
O disco segue com a minha preferida, "Anos Dourados", cantada por ninguém menos que o mestre Chico Buarque De Hollanda. Essa parcerial monstruosa e ao mesmo tempo incrívelmente linda é um dos marcos do disco. A canção foi tema da minissérie Anos Dourados, que foi ar pela Rede Globo pela primeira vez em 1986. Uma curiosidade engraçada sobre a música: Tom Jobim ficou encarregado de fazer a música enquanto Chico ficaria com a letra dela e ambos deveriam entregar a coisa completa um mês antes da série ir ao ar, mas as coisas não foram assim. Tom conseguiu terminar a música a tempo e entregou-a no prazo, mas Chico aparentemente se enrolou com as compromissos, discos, shows, bebedeiras e etc e só entregou a letra um mês DEPOIS que a minissérie já havia acabado. Resultado: Na abertura do programa era tocado apenas a versão instrumental e só nos relançamentos posteriores é que colocaram a versão completa.
"Isabella" e "Fascinatin' Rythym" tem as suas letras em inglês e no mesmo estilo do resto do disco, alegre, descontraído, calmo e elegante e com os vocais feminimos muito bem afinados e que dão mais um ar fino ao albúm. As batidas de bossa ficam mais destacadas em algumas canções, em "Fascinatin' Rythym" você consegue perceber isso. Chansong começa com o instrumental e vocais feminimos característicos, quando Tom entra com a voz (em inglês também) e piano, a atmosfera muda um pouco e você consegue perceber a mescla entre bossa e jazz que faltava no disco. "My life is such a mess, let´s have a Brahma"  haha..
"Samba Do Soho" tem uma levada bem mais do samba e com letra e vocais de Paulo Jobim.
Os vocais femininos continuam nesse samba aprimorado e elas casam melhor ainda com o estilo que está sendo tocado, há ainda solos de violoncelo, arranjos belíssimos na flauta e um clima bem reconfortante.
"Luiza" chega com seu piano melancólico e a voz de Tom prevalece nessa música que tem um cenário mais triste, mas, por incrível que pareça, você consegue sentir a tranquilidade e alegria de Tom ao gravar esse disco, não sei explicar isso, posso estar falando bobagem pura mas é o que eu sinto ouvindo ela.
Danilo Caymmi canta "Brasil Nativo" com sua voz grave e marcante que dá um toque marcante na música e no disco em si, em mais uma música com vocais femininos (mais graves dessa vez) e uma levada que mistura de novo samba e bossa.
As mulheres puxam "Gabriela" que vem para fechar o disco de forma surpreendente e se você não ouvir ele pelo menos mais uma vez cada música durante o dia, você não vai conseguir dormir direito (sério) e se você não gostou do disco e de nenhuma música que contém nele, então você pode bater o seu ouvido em cima de uma faca de cozinha repetidas vezes, porque você não merece ouvir mais nada!! (mais sério ainda hahahaha)

Download Do Disco

Abraços Obesos!

AC/DC - Live At Donnington (1992)

Live at Donington foi gravado no ano de 1991 pelo grupo australiano AC/DC no Castle Donington. É considerado um dos maiores shows de toda a história,usando também de bons efeitos visuais. Em duas horas de show, o grupo tocou os seus maiores sucessos. O show foi filmado em 35mm com 26 câmeras(incluindo um helicóptero).
Esse é um disco bastante conhecido tanto entre os fãs da banda quanto entre os fã de rock n' roll no geral, o som pesado dele para quem ouve o CD e a iluminação e "cenário" dele para os que assistem em DVD, é coisa que faz a gente ficar vidrado em frente a TV ou com o volume no máximo das caixas de som. Os passos e a interação entre Angus Young e Brian Johnson são bem interessantes e mostram que a banda se da muito bem entre si (e quero ver alguem que, quando sozinho, não pega uma guitarra e faz o "duck walk" imitando o Angus ahahaha).
O show começa Chris Slade (o melhor baterista que passou pelo AC/DC), batendo no chimbal de modo acelerado e o público já começa a delirar, até que entra o uniformizado Angus Young e abre o show com o riff alucinante e pegajoso de Thunderstruck (a melhor música deles, em minha opinião). Os vocais de Brian J. entram com uma força rasgante e junto com todo peso da banda você pode ver realmente que eles, logo na primeira música, já dominavam todo o público que deviam estar tendo orgamos múltipos e grupais, acho que eles já imaginavam que estavam em um dos melhores shows gravados da banda.
O show segue com o riff pesado de Shoot to Thrill e a voz de Brian continua a todo vapor junto com o instrumental e a energia invencível de Angus Y.
Após o "olá" do vocalista para o pessoal assitindo ao show, Back In Black começa levando todos ao delírio seguida de Who Made Who, que eu até fiquei impressionado já que sempre achei que essa música não ficaria muito boa ao vivo, mas o resultado é de surpreender qualquer um.
O riff blues-rock de Heatseeker começa com os grunhidos rasgantes de Brian e logo depois vem The Jack, que é uma música que eu sempre achei fascinante com os vocais do saudoso Bon Scott, mas que nessa versão, com o vocalista que o substituiu, ganha um peso único e marcante do AC/DC que dão outra atmosfera à música e ao espetáculo em si.
Moneytalks começa com mais um riff simples e elétrico de Angus, o refrão dela se repete na sua cabeça ao longo não só do dia, como da semana e te faz querer ouvir ela o tempo todo que estiver livre.
Hells Bells e Dirty Deeds Done Dirt Cheap, dois clássicos deles, são executados magistralmente com seus riffs, refrões e solos mais do que perfeitos, essas são duas faixas que vale a pena dar uma destacada quando você for ouvir.
A velocidade, agressividade de Whole Lotta Rosie se combinam com o entusiasmo e adoração precisos da platéia para com a música que antecede You Shook Me All Night Long e a obrigatória Highway To Hell.
O show se fecha com T.N.T e a prolongada, improvisada e linda For Those About To Rock (We Salute You).

Resumindo tudo o que eu disse agora, um disco mais do que obrigatório a todos aqueles que gostam do equilibrio que o AC/DC faz ao vivo entre a música pesada mas com uma interação entre a banda e público digna de se pagar centenas de reais (euros, libras, dólares..) para assisti-los pelo menos uma vez.
(E pra quem tem ou já viu o DVD, tem ainda o strip-tease de Angus ahahaha)

Download Do Disco

Abraços Obesos!

domingo, 3 de outubro de 2010

Rebel Meets Rebel - Rebel Meets Rebel (2006)

Rebel Meets Rebel foi um projeto paralelo de banda americana de outlaw country com David Allan Coe nos vocais e guitarra, Dimebag Darrel como guitarrista e backing vocals, Rex Brown no baixo, e Vinnie Paul na bateria.
O álbum homônimo foi lançado em 2 de maio de 2006, sobre a marca próprio de Vinnie Paul, Big Vin Records, após o assassinato de Dimebag Darrel em 2004.

A junção perfeita entre o country e o thrash metal. Só assim eu consigo definir esse disco único e mais do que original criado, tocado, produzido, escrito e suado por membros do Pantera e com a lenda do country David Allan Coe.
O disco, que começou a ser gravado em 2003/2004 e que interrompido devido a morte do guitarrista Dimebag Darrel (R.I.P), mostra que no metal não tem que ter essas frescuras de headbanger que metal é metal e não pode se misturar com nada, eu diria que a tranquilidade de um estilo e a agressividade do outro se completam de uma forma magistral e te faz pensar "Por que caralhos não tinham pensado nisso antes?!"

O albúm abre com a "Nothin' To Lose" que começa com os slaps de Rex, harmonicos de Dime e os gemidos de alguma mulher que parece ser bem gostosa! Quando a música começa de fato, o som é bem thrash metal e parece ser mais um disco de metal, mas entra a voz de DAC (ele faz todos os vocais no disco) e ela dá um toque que na mesma hora você vê que aquilo lá vai ser um albúm muito diferente!
"Rebel Meets Rebel" segue o mesmo estilo, só que com uma pitada a mais de country nos arranjos, mas com o mesmo peso de metal e no fundo há um riff feito no violino (ou na guitarra imitando um violino, realmente não consegue distinguir, me perdoem) que realmente fica na sua cabeça o resto do dia! hahahaa
Logo em seguida vem a que, para mim, é a melhor do albúm inteiro e até mesmo das carreiras do Pantera e de DAC, "Cowboys Do More Dope" começa com uma introdução de piano típico daqueles de salloon que todo mundo simpatiza, sabe? E logo depois vem a pauleira com um pouco (muito) de country que te faz finalmente perceber que esse disco é realmente único e, de fato, muito especial. O solo dela, bem ao estilo Dimebag Darrel, é tão pesado e agressivo que você fica se perguntando se dá mesmo pra continuar com o andamento da música ao estilo country-metal quando ele acabar de solar..e eles conseguem com sucesso ao voltar do solo e entrar no refrão (que é mais pegajoso que aqueles Trident mastigado quando gruda na sua mão e num sai durante 2 semanas). A música fecha com o mesmo pianinho simpático que começa e se você não colocar ela pra ouvir pelo menos mais três vezes ao longo do dia, você não é normal!
O disco tem várias outras canções nas quais não vou ficar citando uma a uma ou esse post só sai depois das eleições, mas vale ressaltar "One Night Stands", "Arizona Rivers", "Cherokee Cry" e "N.Y.C Streets".

Download Do Disco

Abraços Obesos!

sábado, 2 de outubro de 2010

[Entrevista] - Eric Clapton 1968 (PT-BR)



Demorei um pouco pra achar de novo essa entrevista do mestre Clapton que tava meio escondida, mas ta ae, achei.
Nessa entrevista que foi feita em torno de 1968, Clapton fala um pouco dos timbres dele, da pegada, do equipamento e toca um pouco a sua Gibson The Fool maravilhosa para o jornalista ficar babando.
Entrevista da época do Cream, que mostra o Slowhand ainda cabeludo e com bigode (tá mais parecendo o Neil Peart do Rush do que ele próprio) e mostra que mesmo quando tinha espinha na cara ainda, já era um dos maiores guitarristas de todos os tempos.
Ele ainda fala das frases que ele sempre usa nos improvisos e do seu famoso "Woman Tone" e ainda mostra como pode transitar tanto nos solos mais lentos e "suaves" como também nos mais agressivos e pesados, ao estilo The Who como ele mesmo compara.

Abraços Obesos!

Hot Rats - Frank Zappa (1969)

Este é o primeiro álbum solo de Zappa após a dissociação do Mothers Of Invention.Reza a lenda que Zappa foi até sua gravadora,Reprise Records, e viu uma cena que o deixou extremamente chocado.Viu o mestre Duke Ellington pedindo um mísero adiantamento de 10 dólares sendo negado pelos chefões da grvadora.
Assim,o Mothers foi extinto e Zappa saiu à procura de novos músicos para seu trabalho solo.Os escolhidos foram os violinistas Don Harris e Jean-Luc Ponty, o tecladista Ian Underwood( único ex-Mothers a participar do álbum) e o chapa de longa data Captain Beefheart.

O álbum possui caracteríticas de um free-jazz,lembrando muito as famosas( e algumas intermináveis) jam sessions.è um álbum totalmente instrumental,com uma pequena participação de Beefheart em uma faixa.

A primeira música é "Peaches En Regalia",uma prévia da exuberância instrumental que o ouvinte encontrará no disco.Seu ataque furioso, demostrando a técnica estonteante de Zappa, Harris, Ponty e Underwood, até hoje soa impressionante, fazendo qualquer pessoa que goste de música e não a conheça parar, respirar fundo e perguntar que diabos está acontecendo.
 Depois vem "Willie The Pimp" com Captain Beefheart colocando seu vocal característico, que introduz um dos melhores solos gravados por Frank Zappa, com mais de sete minutos de duração. Zappa usa magistralmente o efeito wah-wah em uma explosão sonora que faz sua guitarra soar como várias em uma só.

Uma curiosidade engraçada do disco é a própria capa,em que todos acham que é o próprio Zappa.Na verdade,trata-se de Christine Frka,uma groupie que seguia Zappa desde sua época no Mothers Of Invention.

Download do disco

Abraços obesos!

Blitz - As Aventuras Da Blitz

BLITZ é uma banda de rock brasileiro. Foi uma das bandas precursoras do rock nacional. O grupo foi formado no Rio de Janeiro, em 1980. Integrado por Evandro Mesquita, guitarra e voz; Fernanda Abreu, backing vocal; Marcia Bulcão, backing vocal; Ricardo Barreto, guitarra; Antônio Pedro Fortuna, baixo; William "Billy" Forghieri, teclados; e Lobão (depois substituído por Juba), bateria.

Em 1982  lançaram o que para muitos é um discos mais importantes de rock do nosso país, "As Aventuras Da Blitz".
O disco é marcado pelas letras satíricas e os backing vocals de Fernanda Abreu e Marcia Bulcão que dão um toque realmente único para a banda e para esse disco em especial. A maiorias das pessoas conhecem pelo menos 5 músicas da Blitz e não sabem que foram eles quem a escreveram e tocaram, como é o caso de "Você Não Soube Me Amar", "A Dois Passos Do Paraíso", "Mais Uma De Amor (Geme Geme).

Uma curiosidade bem bizarra sobre esse clássico da nossa cultura musical, é que, na época em que foi lançado, o Brasil ainda vivia aquele período de censura e ditadura e blablabla..e as duas ultimas faixas do disco que são "Ela Quer Morar Comigo na Lua" e "(Cruel Cruel) Esquizofrenético Blues" foram vetadas por causa de suas letras que tinham umas palavras que (para a época) eram vulgares, até aí tudo bem né, zilhões de músicas foram vetadas também e isso num é curiosidade pra ninguém que entende pelo menos um pouco da história do Brasil...mas o que é bizarro nessa história toda, é que os caras censuraram as duas músicas quando já haviam feito mais de 10.000 (acho que é por ae)cópias do vinil! O que os gênios fizeram? Pegaram uma chave e começaram a riscar as duas últimas faixas de toodos os discos que já haviam saído.
Pra quem tem esse disco (que alguns dizem ser raro e caríssimo, mas eu, Hernan, encontrei por 5 REAU num sebo e o cara ainda estranhou por eu estar comprando um disco todo riscado) sabe que quando acaba a antepenultima faixa, é bom você tirar MUITO rápido a sua agulha do disco ou você terá um prejuízo de uns 60 mango ae com sua vitrola!

Enfim, um disco muito divertido e recomendado para todos que curtem um legítimo rock nacional made in the 80's.

Download Do Disco

Abraços Obesos!

[Vídeo] Novos Baianos - O Samba De Minha Terra




Uma das mais incríveis bandas do Brasil e que hoje em dia já está começando a cair em esquecimento pela grande maioria, sinto orgulho e vergonha ao mesmo tempo disso, orgulho por saber que uma banda dessas veio do meu país e vergonha de ter que explicar pra alguém quem eles foram quando me perguntam quem são os Novos Baianos..é realmente triste.

Fica ae pra vocês uma versão que eles fizeram para a música "O Samba De Minha Terra" do grande Dorival Caymmi que a escreveu inspirado nos sambas de roda da Bahia.
Abraços Obesos

The Super Super Blues Band (1968)

Em 1968 toda aquela onda do Blues raiz já estava abaixando e os Irmãos Chess da Chess records estavam ficando muito preocupados (e doentes) por causa disso.
Esse disco gravado e idealizado por Howlin' Wolf, Muddy Waters e Bo Diddley, provavelmente nasceu das noites de bebedeiras que os músicos tinham juntos discutindo sobre música, mulheres, passado e futuro em Chicago.
Deram ao projeto o nome de The Super Super Blues Band, e botaram pra foder nesse disco que deixa qualquer amante do blues de quatro!
Durante o disco da pra perceber que os caras se davam muito bem e ficavam dialogando entre si durante as músicas, parecendo tudo bem natural e discontraído.
Outra coisa que se nota é que o blues tocado no disco não é o mesmo que você encontra nos discos solo de cada artista, o blues rural e de raiz mesmo, o som desse é mais elétrico e cheio dos uivos de Howlin' Wolf que em algumas músicas chega mesmo a parecer os de um lobo.
As músicas também não tem a duração mais "comum" do blues, que é de 2 até 3 min., algumas chegam até os 9 minutos de duração só com improvisos de guitarra e voz, como em "Long Distance Call", e o tempo passa sem você nem perceber!
"Goin' Down Slow" é um blues mais lento, também cheio de improvisos e com um piano bem marcante e clássico que dá vontade de encostar os pés em algum lugar e fechar os olhos pra ficar numa boa sem nada pra encher o saco por um tempo..
O disco inteiro segue o estilo blues, mas de um jeito que só da pra explicar se você ouvir por você mesmo
A qualquer um que realmente curte um blues tocado e cantado pelos melhores de suas épocas!

Download do Disco

Senha: mississippimoan

Abraços obesos!

The Who - Tommy (1969)

Para abrir as postagens dos discos internacionais, vou começar com um que já é clichê e, no mínimo, obrigatório pra qualquer um que se considere um ouvinte da boa música , a ópera-rock Tommy dos ingleses do The Who.

Banda de rock britânica surgida em 1964. A formação original era composta por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). O grupo alcançou fama internacional, se tornou conhecido pelo dinamismo de suas apresentações e passou a ser considerado uma das maiores bandas de rock and roll de todos os tempos. Eles também são julgados pioneiros do estilo, popularizando entre outras coisas a ópera rock , sob a liderança de Pete Townshend.

Quando foi lançado em 1969, Tommy levou o Who ao sucesso mundial do dia para a noite, o disco conta a história de um garoto cego, surdo e mudo  por culpa de uma espécie de trauma  e que encontra um meio de ter contato com o seu mundo através de espelhos e do pinball. O disco, além de ter uma história maravilhosa criada pelo gênio Townshend, possui música da melhor qualidade possível que faz você querer ouvir esse clássico trocentas vezes e nunca enjoar, principalmente se você estiver com o LP em mãos!!

O albúm começa com a instrumental "Overture" de 5:00 min. que explica o desaparecimento do Captain Walker, pai de Tommy, durante a Primeira Guerra e que já deixa você meio que extasiado com os acordes, arranjos, pesos, instrumentos e etc. Sem dúvida uma das mais chamativas do albúm que segue com "It's a Boy" e "1921" que falam do nascimento de Tommy no dia em que a guerra termina e a outra fala da esperança da mãe, agora com um novo amante, para com um ano melhor para todos da família. Logo em seguida vem outra instrumental que segue o mesmo estilo da primeira, "Sparks" e uma de Sonny Boy Williamson, "Eyesight To The Blind", claro que todas estão dentro do contexto do albúm.
Há outros personagens, Kevin, primo de Tommy que adora tratar o primo feito lixo quando os pais deles não estão por perto, e o seu tio Ernie que é pedófilo (não precisa falar mais né?)

Tommy ganhou uma versão para os cinemas em 1975, dirigida por Ken Russel, que conta no elenco artistas como Jack Nicholson, Eric Clapton, Elton John, Tina Turner, Ann-Margret, Oliver Reed, entre outros.
O filme rendeu alguns prêmios e na época fez MUITO sucesso..e vale muito a pena assistir quem curte The Who e coisas do tipo. Mas um outro dia eu posto aqui os links para o filme, se eu achar..mas por enquanto fiquem com o disco que na minha opinião é o melhor já feito na história.

Download do Disco

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Made In Brazil - Made In Brazil(1974)





Formado em 1967, no bairro da Pompéia em São Paulo, de onde saíram outras grandes bandas como Mutantes e Tutti Frutti, o Made in Brazil é a banda mais antiga em atividade no Brasil.Teve mais de 200 formações diferentes e estão até no Guiness!!A formação desse disco é a seguinte: 

Oswaldo  Vecchione - Contrabaixo e vocal de fundo
Celso “Kim” Vecchione – Guitarra solo, Pedal wha wha e Fuzz, Violão de 12 cordas e Vocal de fundo
Cornélius – Vocalista
Junior – Bateria e percussão
Fenilli – Percussão, efeitos e vocal de fundo
Scavazzini – Teclados, piano e órgão


O disco já começa com a gritante "Anjo da Guarda",marcada,assim como todo o disco,pelos roucos vocais de Cornélius.Essa é também a música mais conhecida do disco.
Depois vem a faixa "Doce" com um riff marcante,um teclado violento que explode no final,fechando a música maravilhosamente.
A seguir vem "Intupiu o Trânsito",marcada em peso pelos metais
Ouvir esse álbum é saber que rock de grande qualidade já foi feito por aqui. E também lamentar que essas bandinhas sem vergonha de hoje em dia carreguem o nome de rock nacional. Quer rock and roll de verdade feito no Brasil? Então ouça este LP.

Para download dessa maravilhosa obra: Download do Disco

Um abraço obeso,os gordos Hernan e Bruno

Introdução

Criamos este blog com o intuito de falar de música em geral,sem priorizar nenhum estilo,gênero ou degrau!
Este blog será voltado exclusivamente para música e vinil...

Sempre teremos dicas de discos novos e antigos,acompanhados pelo canal no youtube DeixaTocar,um excelente vlog para os verdadeiros amantes do bom e velho disco de vinil.

Teremos também downloads de shows,discos de estúdio,ao vivo,bootlegs e entrevistas...

Um abraço obeso, os gordos Bruno e Hernan